segunda-feira, 27 de março de 2017

Marcos Amaro exibe Sobrevoo no Centro Cultural Correios, em São Paulo, até 18 de junho

Imagem: divulgação


O artista visual apresenta esculturas e assemblages inéditas compostas de materiais oriundos de resíduos aeronáuticos. A curadoria é de Ricardo Resende.

Imagem: Divulgação

Desde 4 de março é possível conhecer um pouco mais do trabalho escultórico do artista multimídia Marcos Amaro no Centro Cultural dos Correios, em São Paulo. O paulistano apresenta cerca de 20 obras de médias e grandes dimensões na individual “Sobrevoo”, composta de esculturas eassemblages (colagens com objetos e materiais tridimensionais), com curadoria de Ricardo Resende. 

“Desmonte, acúmulo e colagem” são a base do processo de criação das obras de Amaro, “um inventor que tem gosto de reinventar as coisas”, nas palavras do curador. O artista tem realizado desde 2015 exibições de suas esculturas e obras em diversos suportes dentro e fora do país. Atualmente, o artista está em cartaz no Museu de Arte Contemporânea de Campo Grande (MARCO), mostra que passou anteriormente por Sorocaba. A visita é gratuita e a exposição segue em cartaz até 18 de junho.

Aviões desconstruídos e transformados são a principal matéria-prima das criações apresentadas, quase todas recentes e nunca antes exibidas. Além dos pedaços de aeronaves, rígidos, tecidos surgem nos seus interstícios, trazendo um contraponto de suavidade e explicitando substratos de memória que ecoam no trabalho do artista: apaixonado por aviação, Amaro (que já pilotou e tem brevê) é filho de um aviador e de uma estilista. Mas a memória e acúmulo de materiais, muitas vezes retirados de outros objetos, deslocados e ressignificados, caso de pneus, turbinas e asas, são uma espécie de paixão pela aviação às avessas, como explica o curador. Nada ali é feito para voar novamente, destaca Ricardo Resende, e os pedaços de avião e outros materiais descartados, usados e envelhecidos, como feltro, madeira, ferro, plástico, pneu, cano, corda, skate, lâmpada fluorescente, água, colchão, aparelho de televisão, intercalados com amarrações e soldas, se transformam “em um amontoado de coisas organizadas, sem deixar de evidenciar o equilíbrio precário das peças, esculturas e instalações em seu estado bruto”, diz no texto da exposição.

Para Resende, as obras, de médias e grandes dimensões - chegam a ter mais de quatro metros de largura e cinco metros de altura, em alguns casos – resultam de “partes combinadas que constroem formas inusitadas, as quais, de tanta memória que carregam, ainda exalam cheiros, mesmo que eles já não existam mais nos restos do avião. Sente-se no ar o odor da querosene, do óleo queimado das turbinas, da poeira acumulada nos feltros e lonas que faz uso para criar suas ‘pinturas’ e esculturas matéricas”.

Resende destaca a presença da paixão e morte presentes no trabalho com as carcaças de aviões.“Mas o que faz, estranhamente, é dar sobrevida com afeto a estas máquinas agora inúteis, que foram voadoras algum dia”, pontua.

Representado pela GaleriaAndreaRehder Arte Contemporânea, participou de grandes feiras como ArtZurich (Suíça); ArtWynwood (EUA), SP-Arte (Brasil), CONTEXT NY (EUA), PARTE Feira de Arte Contemporânea SP (Brasil) e Scope Basel (Suíça). No mês de abril o artista expõe obras  na Galeria Luis Maluf e desenhos no Clube Atlético Paulistano.

Sobre Marcos Amaro
Marcos Amaro nasceu em São Paulo, em 1984. Vive e trabalha entre as cidades de São Paulo e Itu. Autodidata multimídia, a partir de 2008 aprofundou seus estudos em filosofia. Desenvolve sua obra com objetos aeronáuticos de grande e média proporção, sem intervençõesestetizantes. Colecionador, em 2012 criaa Fundação Marcos Amaro – FMA, com o intuito de dar acesso à sua coleção particular e à produção contemporânea de arte. Com esse mesmo objetivo, o artista está envolvido na construção do Museu da Escultura Contemporânea Latino-Americana (MESCLA), um espaço que deve ocupar cerca de 100 mil metros quadrados em uma área rural no interior de São Paulo.
Em sua obra artística, Marcos se apropria do resíduo matérico em estado bruto, incorporando a destruição, a descontextualização, o precário e a desconstrução como elementos de seu pensamento poético.

Sobre Ricardo Resende
Mestre em História da Arte pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (USP), Resende trabalhou de 1988 a 2002 entre o Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC-USP) e o Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP). Desde 1996, é curador do Projeto Leonilson. De 2005 a 2007, foi diretor do Museu de Arte Contemporânea do Centro Cultural Dragão do Mar de Arte e Cultura, em Fortaleza, no Ceará. Foi diretor do Centro de Artes Visuais da Fundação Nacional das Artes (Funarte), entre 2009 e 2010 e, na sequência, foi diretor-geral do Centro Cultural São Paulo (CCSP) por quatro anos. Em 2011 organizou três grandes mostras: a retrospectiva do artista Leonilson: Sob o Peso dos Meus Amores, no Itaú Cultural, em São Paulo; a retrospectiva do artista cearense Sérvulo Esmeraldo na Pinacoteca do Estado de São Paulo e a Mostra Arte Pará Ano 30, em Belém do Pará. Em 2013 organizou a I FotoBienalMASP. Em 2014,Resende assumiu o cargo de curador do Museu Bispo do Rosário, na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro.

AGENTE DE CULTURA
Com o objetivo de proporcionar o acesso de todos à cultura, os Correios promovem manifestações artísticas como artes visuais, música e humanidades em seus centros e espaços culturais em São Paulo (SP), Recife (PE), Salvador (BA), Fortaleza (CE), Juiz de Fora (MG) e Rio de Janeiro (RJ) e no Museu Nacional dos Correios em Brasília.
Desde 2013, o Centro Cultural Correios em São Paulo vem oferecendo ao público uma programação cultural diversificada, de qualidade e gratuita. O espaço ocupa uma área de 1.280m² do amplo Prédio Histórico dos Correios, que abriga também a Agência Central dos Correios de São Paulo, considerada a maior do país, e a Agência Filatélica D. Pedro II. Inaugurado em 1922, o Prédio Histórico é um dos cartões postais do centro de São Paulo, pelas suas dimensões arquitetônicas, tamanho e localização.
Há mais de 30 anos os Correios contribuem para a preservação, resgate e promoção das mais diversas expressões artísticas por meio de suas unidades culturais, desempenhando um importante papel na valorização da cultura, do turismo e da inclusão social.
Serviço:
Exposição: Sobrevoo – individual de Marcos Amaro
Abertura: 4 de março de 2017 a 18 de junho de 2017.
Local: Centro Cultural Correios.
Horário: de terça a domingo, das 11h às 17h.
Local: Centro Cultural Correios - Avenida São João, s/nº, Vale do Anhangabaú, São Paulo-SP.
Classificação etária: Livre para todos os públicos.
Entrada Franca.
Curadoria: Ricardo Resende

Informações: (11) 2102-3690.

Acesso para pessoas com deficiência.

Como chegar:
Metrô - Estação São Bento, saída para o Vale do Anhangabaú.
ASSESSORIA DE IMPRENSA DO CENTRO CULTURAL CORREIOS
Silvana Espíndola
Tel.: (11) 4313-8293 | E-mail: silvanaespindola@correios.com.br

Informações à imprensa Marcos Amaro:
Laila Abou

(11) 98106-8954 e (11) 99183-3223

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