quarta-feira, 30 de maio de 2018

Perspectivas visuais...Cenários abstratos de Marli Thomaz


Imagem: Divulgação
A artista e sua obra "Delírios da Natureza"

A abstração e a vivência da imagem realista, são paradigmas que não fazem mais tanto sentido no século XXI, onde a pintura alcança o seu limite, e transcende na informalidade da abstração.

Desde Gerhard Richter (pintor alemão), não se questiona mais se um pintor pode ser "realista fotográfico" ou "abstrato gestual"; o que importa é: como ele apresenta seu trabalho e como ele defende sua posição sobre o meio que escolheu”. Fátima Junqueira-Doutora em Poéticas Visuais pela Escola de Comunicação e Arte da Universidade de São Paulo (ECA USP).

No sentido da abstração sensível ou informal, onde a criação se faz naturalmente de forma mais livre, encontra-se a produção da artista Marli Thomaz, pois sentimentos e introspecção ao pintar, revelam suas memórias afetivas e registros conscientes de paisagens e cenários por ela experimentados. A artista, através de seu labore gestual, cria movimentos e cores in momentum, suas frenéticas pinceladas marcam uma identidade ímpar no seu campo bidimensional, que muitas vezes torna-se sua paleta, e o pincel ou a espátula uma extensão de sua reflexão, o que cineticamente faz surgir amplas áreas policromáticas que expressam suas emoções.
Neste instante, observa-se sobreposições de cores que interagem entre camadas de tintas, interrompendo a visualização de um primeiro e último plano, fazendo com que haja uma integração destes campos visuais, surgindo sutis relevos em faturas plásticas que ora velam, ora revelam os vestígios de seu primeiro contato com a superfície alva e, intuitivamente criam abstrações pictóricas subjetivas em que o tempo matérico auto reage revelando a alquimia da fusão de cores.
Suas perspectivas visuais trazem lembranças vividas in natura, e dão gênese a cenários abstratos contemporâneos, funcionando como uma assinatura artística de Marli Thomaz, tornando-os único em sua produção.
Eloir Jr.
Artista Visual, Curador
Colunista Cultural


Abstrações
Imagem: Divulgação


Sobre a Artista:
Marli Thomaz é curitibana, graduanda em Artes Visuais, cursando pintura pela Universidade Estadual do Paraná-EMBAP (Escola de Música e Belas Artes do Paraná). 
Seu primeiro contato com a cor acontece em 1975, década em que o mundo ainda vivenciava a psicodelia,  Marli se apaixona pela policromia artística através do pantone arquitetural. Mas a dedicação total em pintura no cenário profissional acontece em Porto Alegre-RS onde viveu alguns anos,  quando em 2009 inicia seus estudos em spatulée a óleo com a artista plástica Rosangela Nectoux. 
Após, retorna a capital das Araucárias, sua terra natal, e em 2012 inicia o Curso de  Estudo de Materias e Técnicas de Pintura, hoje Curso Permanente de Pintura, na Associação Cultural Solar do Rosário, com a Artista Visual e Orientadora em Arte Carla Schwab.  Ainda em 2012, durante esta busca pelo aprimoramento artístico, Marli rompe definitivamente com a pintura paisagística e dá origem a um trabalho gestual, abstrato e expressionista com dedicação ao estudo da cor e suas particularidades. Esta paixão pictórica a fez ingressar na graduação em 2016, e de lá para cá assumiu a atual produção abstrata.  Já em 2017, cursa desenho da figura humana com o artista e caricaturista Ari Vicentini.
Em quase uma década de dedicação as artes, somatizou em seu currículo cursos e experimentações, diversas exposições coletivas, e  uma obra em acervo no Quartel General, Comando da 5a. Divisão de Exército, no Pinheirinho em Curitiba-PR
Atualmente, além da graduação superior, participa também do Grupo de Pintura do Museu Alfredo Andersen orientado pelo professor e artista visual Luiz Lavalle. A ideia é continuar se profissionalizando, comenta Marli Thomaz.
Eloir Jr.



Currículo da Artista

DADOS PESSOAIS
Nome: Marli Silva Thomaz
Nome Artístico: Marli Thomaz
Naturalidade: Curitiba –PR / Nacionalidade: Brasileira
Fones: 41 99661-4682
E-mail: marlithomaz@terra.com.br
Blog/Site:

FORMAÇÃO
2018/2016 – Graduanda em Artes Visuais, superior em Pintura – Universidade Estadual do Paraná (EMBAP), Curitiba-PR

OUTRAS FORMAÇÕES
2018/2017 – Atelier de Pintura do Museu Alfredo Andersen, Curitiba-PR
2017 – Atelier de Pintura com o Professor Ari Vicentini, Curitiba-PR
2016/2015 – Prática da Cor: História, Ciência e Arte - UNESPAR/EMBAP, Curitiba-PR
2012/2011 – Estudo de Materiais e Técnicas de Pintura-Associação Cultural Solar do Rosário, Curitiba-PR
2011/2009 – Atelier de Pintura em spatulée a óleo com a artista plástica Rosangela Nectoux, Porto Alegre-RS

EXPOSIÇÕES COLETIVAS
2018 – IIa. SALÃO DE ARTES VISUAIS DE PINHAIS, de 06 a 29/06/2018, no Centro Cultural Wanda dos Santos Mallmann, Pinhais-PR
2018 – A PINTURA ENQUANTO PROCESSO (Curadoria: Luiz Lavalle), de 19/04 a
31/05/2018, no Espaço de Arte Francis Bacon, AMORC, Curitiba-PR
2017 – NOSSA MOSTRA – Galeria Belas Artes (Curadoria: Débora Santiago),
Fevereiro/2017, Curitiba-PR
2017 – PROCESSOS (Curadoria: Luiz Lavalle), de 05/10 a 06/11/2017, no Ahorta Café, Curititba-PR
2017 – PROCURA-SE (Curadoria: Fátima Junqueira), de 13/11 a 17/11/2017, na Galeria Belas Artes, Curitiba-PR
2017 – SEMANA DA CONSCIÊNCIA NEGRA (Curadoria: Patricia Gaulier), Curitiba-PR
2016 – Exposição de conclusão do curso Prática da Cor, coordenado pela profª Lilian Gassen, realizado pelo campus I – Escola de Música e Belas Artes do Paraná EMBAP da Universidade Estadual do Paraná, Curitiba-PR
2013 – IIIa. ARTE A GOSTO (Curadoria: Eloir Jr. e Kézia Talisin), de 09/09 a 10/10/2013, no Espaço Cultural da Fundação Mokiti Okada, Curitiba-PR
2013 – NÓS (Curadoria: Eloir Jr.), de 28/06 a 28/07/2013, na Casa da Praça, Castro-PR
2013 – PLURALIDADE (Curadoria: Eloir Jr. e Kézia Talisin), de 21/02 a 08/04/2013, no Espaço Cultural do Shopping Jardim das Américas, Curitiba-PR
2013 – PLURALIDADE (Curadoria: Eloir Jr. e Kézia Talisin), de 30/01 a 29/03/2013, no Doce Morena Cafés Especiais, Curitiba-Pr
2012 – PLURALIDADES (Curadoria: Carla Schwab), de 21/10 a 23/11/2012, no Auditório da Associação Cultural Solar do Rosário, Curitiba-PR
2012 – Encontro de Pintura em Tela da Região Heróis da Lapa no Comando da 5ª Região Militar e 5º Divisão de Exército, Curitiba-PR
2010 – XIX MOSTRA NACIONAL e III EXPOSIÇÃO LATINO-AMERICANA (Associação Gaúcha de Pintura), 06/2010, nas dependências do Hotel Everest, Porto Alegre-RS

ACERVOS NACIONAIS
Quartel General, Comando da 5a. Divisão de Exército, Pinheirinho em Curitiba-PR

Ponta Grossa recebe um dos maiores escritores do Paraná


 
Imagem: Divulgação


Como diz o ditado: “o bom filho a casa torna”. É assim que Luiz Arhtur Montes Ribeiro está se sentindo, voltando ao lar. Ele nasceu em Ponta Grossa, criado em duas famílias com raízes fortes na cidade, a Montes e Ribeiro, tradicionais agropecuaristas, comerciantes e educadores dos Campos Gerais.

O escritor, poeta e artista visual, Luiz Arthur Montes Ribeiro, vai lançar em Ponta Grossa, no próximo sábado, dia 2 de junho, o seu mais recente livro “Jardins Imaginários da minha Solidão”. Esse é um momento muito importante e feliz para o autor, por levar sua obra aos leitores da cidade onde cresceu e viveu, traz à mente, belas recordações da família e dos grandes amigos. Será um encontro memorável, aguardado com muito carinho pelo escritor.

A coletânea de poesias, “Jardins Imaginários da minha solidão”, foi criada em 2014 e encerrou um período importante na vida do poeta, de profunda dor, angústia e solidão, de sentimentos contraditórios, após o rompimento definitivo da alma com um único amor. A obra é uma despedida dos seus Jardins Imaginários, de momentos vividos, outros sonhados, que causaram prazer, também enlouqueceram, mas que agora voltam de forma calma e serena, apenas nas lembranças. O Livro foi publicado em português, inglês, espanhol e francês para comemorar os 25 anos de literatura de Luiz Arhtur.

E ir a Ponta Grossa lançar seu livro é muito especial, porque além de resgatar as memórias, Luiz Arthur também vai poder falar das famílias Montes/Ribeiro, com pessoas que conviveram e convivem com seus descendentes. Ao longo de anos de trabalho em favor, das artes, Luiz Arthur tem se dedicado também, a preservar a memória da sua família, tanto que criou o Instituto Montes Ribeiro, há 10, hoje com sede em Curitiba. O espaço tem mais de 2 mil itens, como fotos, documentos, peças, livros, prataria, louças e móveis, que pertenceram às duas famílias e foram catalogados e guardados com muito cuidado para se manterem conservados. Todos os objetos ficam em exposição permanente ao público.

Imagem: Divulgação
Sobre o Escritor e Poeta
Luiz Arthur Montes Ribeiro nasceu em Ponta Grossa e hoje vive e trabalha em Curitiba. Além da literatura, ele tem outras facetas artísticas, como a produção de telas em variadas técnicas, aquarelas, desenhos, objetos e instalações.  Nas obras abstratas, criadas com cores vivas e em grandes dimensões, o artista imprime de forma muito peculiar e única, a sua arte desenhada em palavras. No livro ‘’Jardins Imaginários da minha solidão’’ por exemplo, Luiz Arthur praticou toda a veia de artista visual, elaborando a ilustração completa da obra.

O escritor é graduado em Letras/Português, pós-graduado em Artes Plásticas pela Faculdade de Artes do Paraná, é Mestre em Educação pela PUC, Membro Efetivo do Centro de Letras do Paraná e do Centro de Letras de Paranaguá Leôncio Correia. Premiado em concursos de poesias e contos, Luiz Arthur teve participação efetiva na arte e cultura do Paraná, fundando o Fórum de Cultura do Paraná. Foi Curador Oficial do Centro Cultural Brasil-Espanha e Curador Chefe do Espaço de Arte e Cultura Telepar Brasil Telecom. Criou também o Instituto Montes Ribeiro, para preservar a história de duas famílias bastante importantes no desenvolvimento da Região dos Campos Gerais, no centro-sul do Paraná. E para trabalhar ainda mais pelas artes, ele lançou em 2017, Luiz Arthur Montes Ribeiro Galeria de Arte, que se consolidou como o novo espaço cultural de Curitiba, para dar visibilidade ainda maior, às suas obras e às dos artistas de todo o Estado.

SESSÃO DE AUTÓGRAFOS EM PONTA GROSSA
Lançamento – Livro “Jardins Imaginários da minha solidão”, 70 páginas, Editora InVerso
Data: 02/06/18
Local: Rua Tiradentes, 1029 – centro de Ponta Grossa
Telefone: (42) 3323-9052
Horário: das 10h às 13h
Editora: InVerso
Evento Gratuito
Contatos com o autor - (41) 99920-7349 e (41) 3044-0234
literatura@montesribeiro.com.br
contato@institutomontesribeiro.com.br



terça-feira, 15 de maio de 2018

Exposição “A Contribuição Histórica da Mulher Negra no Brasil”, coloca o espaço cultural IPO na 16ª Semana Nacional de Museus do IBRAM


Artistas e suas obras - Crédito: Katia Velo

O Espaço Cultural do Hospital IPO está participando da 16ª Semana Nacional de Museus, promovida pelo Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) com a realização da exposição coletiva “A Contribuição Histórica da Mulher Negra no Brasil” que reúne obras de 15 artistas plásticos curitibanos, sob a coordenação de Carla Schwab e Eloir Jr. 

A exposição foi aberta oficialmente nesta segunda-feira (14) com a presença dos autores das obras. A iniciativa celebra o Dia Internacional do Museu, que é comemorado no dia 18 de maio.

Divulgação

Segundo os coordenadores da exposição no IPO, a mostra busca resgatar a memória cultural que enriquece há séculos a expressão negra e permanecerá no espaço, com visitação gratuita, até 14 de junho. Ainda de acordo com eles, cada obra conta com um QR Code (endereço eletrônico) com o qual o público poderá obter informações complementares a respeito das obras. “O público poderá interagir com as obras buscando detalhes sobre as personalidades tratadas ou do ato cultural por meio do aparelho celular ou outro dispositivo móvel”, explica Eloir Jr.

Foto montagem divulgação

Obras
Fortes e liberais, artistas e guerreiras, amas de leite, escritoras, ativistas, mães e religiosas, todas as mulheres negras estão sendo muito bem retratadas em diferentes linguagens, técnicas e percepções artísticas de Ana Lectícia Mansur, Ari Vicentini, Bia Ferreira, Carla Schwab, Cecifrance Aquino, Celso Parubocz, EloirJr., Katia Velo, Kezia Talisin, Luciana Martins, Luiz Felix, Marcio Prodocimo, Oswaldo Fontoura Dias, Raquel Frota e Tania Leal.

Transcorridos 130 anos da assinatura da Lei Aurea, ainda observamos níveis de discriminação racial, porém a história nos narra a saga de personagens negras que exemplificam a incansável trajetória em busca de seus objetivos e direitos hoje adquiridos e relevantes para a construção do Brasil. Esta exposição tem como objetivo provocar a reflexão do visitante”, destaca Eloir Jr.

Serviço:
 Exposição “A Contribuição Histórica da Mulher Negra no Brasil”
Data: 13/05 a 14/06/2018 - Horário Livre
Local: Espaço Cultural IPO
Endereço: Rua Goiás, 60 - Água Verde / Térreo
Curitiba-PR

Crédito: Carla Schwab
Sobre o Espaço Cultural IPO 
Fundado há 4 anos, o Espaço Cultural IPO localiza-se na sede principal do Instituto Paranaense de Otorrinolaringologia em Curitiba-PR e tornou-se uma referência artística, humana, de sociabilização e inclusão social que valoriza a produção artística, procurando humanizar através da arte os que ali trabalham ou vem em busca de saúde.  Em 2017, durante as comemorações dos três anos de fundação do Espaço Cultural, a Instituição que o sedia também comemorou 25 anos, e em alusão a estas datas,  lançou um livro artístico bilingue catalogando os artistas que por lá apresentaram seus trabalhos.


segunda-feira, 7 de maio de 2018

Espaço Cultural IPO recebe exposição da 16ª Semana Nacional de Museus


Foto montagem - Artistas e suas obras


A Contribuição Histórica da Mulher Negra no Brasil

Dentro da 16ª edição da Semana Nacional de Museus, promovida pelo IBRAM (Instituto Brasileiro de Museus), 15 artistas curitibanos, coordenados pelos artistas visuais Carla Schwab e Eloir Jr., apresentam a exposição coletiva ”A Contribuição Histórica da Mulher Negra no Brasil”, no Espaço Cultural IPO. 

Divulgação

A mostra busca resgatar esta memória cultural que enriquece há séculos a expressão negra, e será inaugurada durante a semana de museus, celebrando o dia internacional do Museu em 18/05, permanecendo por 30 dias. 

Dentro do tema sugerido, a hiperconexão, acontecerá através do próprio público que irá interagir com as obras, obtendo informações através de QR Code que estarão disponíveis em cada trabalho apresentado, informando um breve relato histórico da personalidade ou ato cultural, gerando assim novos públicos , pois de imediato, tais informações serão compartilhadas a partir de um telefone celular ou qualquer outro dispositivo móvel, alcançando através do mesmo, um grande número de visitantes virtuais.

Obras - Foto montagem

Sobre as obras em exposição:
Transcorridos 130 anos da assinatura da Lei Aurea, ainda observamos alguma discriminação quanto a raça, porém a história nos narra a saga de personalidades negras que exempleficam a incansável trajetória em busca de seus objetivos e direitos, hoje adquiridos e relevantes para a construção do Brasil.
Fortes e liberais, artistas e guerreiras, amas de leite, escritoras, ativistas, mães e religiosas, todas negras, todas mulheres, capazes como quaisquer outras de seu gênero, e que conquistaram seu espaço através de ações e atitudes que marcaram a história nacional são muito bem retratadas em diferentes linguagens, técnicas e percepções artísticas pelo grupo de artistas.

Artistas participantes: Ana Lectícia Mansur, Ari Vicentini, Bia Ferreira, Carla Schwab, Cecifrance Aquino, Celso Parubocz, EloirJr., Katia Velo, Kezia Talisin, Luciana Martins, Luiz Felix, Marcio Prodocimo, Oswaldo Fontoura Dias, Raquel Frota e Tania Leal.


Foto: Divulgação
Sobre o Espaço Cultural IPO:
Fundado há 4 anos, o Espaço Cultural IPO localiza-se na sede principal do Instituto Paranaense de Otorrinolaringologia em Curitiba-PR, e tornou-se uma referência artística, humana, de sociabilização e inclusão social que valoriza a produção artística, procurando humanizar através da arte os que ali trabalham ou vem em busca de saúde. Em 2017, durante as comemorações dos 03 anos de fundação do Espaço Cultural, a Instituição que o sedia também comemorou 25 anos, e em alusão a estas datas, lançou um livro artístico bilingue catalogando os artistas que por lá apresentaram seus trabalhos.

Serviço:
Exposição “A Contribuição Histórica da Mulher Negra no Brasil”
De: 13/05 a 14/06/2018 
Horário Livre
Local: Espaço Cultural IPO
Endereço: Rua Goiás, 60 - Água Verde
Térreo
41 – 3314-1500
Curitiba-PR
Entrada franca

sábado, 5 de maio de 2018

A CONTRIBUIÇÃO HISTÓRICA DA MULHER NEGRA NO BRASIL - Artistas e suas obras

Divulgação


Quinze artistas coordenados pelos artistas visuais Eloir Jr. e Carla Schwab, apresentam a exposição coletiva ”A CONTRIBUIÇÃO HISTÓRICA DA MULHER NEGRA NO BRASIL”.
Criada para a 16a. Semana Nacional de Museus promovida pelo Instituto Brasileiro de Museus/IBRAM, a mostra em itinerância cultural já foi apresentada no Espaço Cultural IPO em Curitiba, na Casa da Cultura de Colombo-PR, no Espaço Cultural da Câmara Municipal de Ponta Grossa-PR, Museu Municipal Atílio Rocco em SJP-PR e, estará em cartaz de Março a Maio de 2019 no Espaço Histórias Grupo Boticário, onde homenageará o dia internacional da Mulher, aniversário do Espaço Histórias e brindará o Jubileu de Prata Dourada(42 anos) do Grupo Boticário.
A mostra busca resgatar a memória cultural que enriquece há séculos a expressão negra.

Conheça os artistas participantes e suas obras:
Nossa Senhora Aparecida” - Obra da artista Ana Lectícia Mansur – Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
Entre aguadas e camadas de tintas que compõem um fundo absoluto e contemporâneo, a artista faz surgir a padroeira da fé brasileira na mais privilegiada das linguagens artísticas, a arte naïf. Nossa Senhora Aparecida, a mãe negra do Brasil vestida em túnica exclusivamente criada pela artista na cor vermelha, é devocionalmente agraciada na obra de Ana Lectícia Mansur, cujo trabalho artístico culmina com o tricentenário do encontro da imagem pelos pescadores Domingos Garcia, Felipe Pedroso e João Alves.

A Benzedeira” - Obra do Artista e caricaturista Ari Vicentini - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

A obra retrata uma representante de comunidade afrodescendente do Feixo, na Lapa-PR
Mesmo com o avanço da medicina no século XXI e o surgimento de novas técnicas de tratamento farmacológico, ainda há pessoas que procuram o aconchego e as rezas destas magas das comunidades negras.
A fé e a crença popular munem estas pessoas a procura destas tradicionais mulheres que resistem ao tempo e conseguem manifestar sua divindade através de gestos, ações, conhecimento sobre ervas medicinais, simpatias e a própria oralidade sagrada que é proferida a quem necessita. Há um respeito histórico e popular ao dom recebido e oferecido, e ainda maior de quem vai em busca de uma cura.


ZEZÉ MOTTA-Senhora Liberdade” – Obra da Artista e poeta Bia Ferreira - Trrabalho em óleo e mista sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

A obra criada por Bia Ferreira, retrata a grande atriz brasileira Zezé Motta, resgatando na técnica mista e óleo sobre tela, um pouco da trajetória desta importante ícone da teledramaturgia brasileira.
Maria José Motta de Oliveira, conhecida como Zezé Motta, é considerada uma das atrizes mais importantes da Teledramaturgia brasileira. Começou a carreira em 1967, estrelando a peça “Roda-Viva” de Chico Buarque. Em 1969 atuou em “Fígaro, fígaro”, “Arena canta Zumbi” e “A Vida escrachada de Joana Martini e Baby Stompanato”. Em 1974, atuou em “Godspell” e em 1999 participou do filme “Orfeu”. A carreira de cantora teve início em 1971, em casas noturnas paulistas. De 1975 a 1979, lançou três LPs. Nos anos 1980, lançou mais 03 discos. Como cantora destacou-se com a música “Senhora Liberdade”. Ganhou vários prêmios pela atuação no cinema e na televisão, mas seu ápice foi desempenhando o papel de “Chica da Silva”, tanto no cinema, como, mais tarde, na televisão. Além disso, participa esporadicamente de discussões sobre o papel dos negros na teledramaturgia.

Origem” - Obra da artista visual e orientadora de artes Carla Schwab - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 90x80cm, ano 2018.

Tramas e Rendas compõem a assinatura artística da artista e orientadora de Artes Carla Schwab, e dentro deste milenar trabalho manual, a artista faz surgir a identidade negra, a beleza, sutileza e toda a “Origem” de hábitos e costumes de centenas de tribos africanas que influenciaram a cultura brasileira. A policromia rendada por pincéis, evidencia as características de um gigante continente, multifacetado pela riqueza e detalhamento das tramas que emolduram o rosto de impactante beleza negra.

Peito Preto” - Obra da Artista Cecifrance Aquino - Trabalho em acrílica e mista sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

A cultura materna europeia estabelecida no Brasil no século XIX, tão pobre de amor e conhecimento, escolhe como modelo ideal utilizar-se de amas africanas, trazidas para amamentar os filhos das damas e cuidar deles. A mãe via a maternidade como um fardo indigno que atrapalhava o que lhe cabia: o bom gerenciamento da casa.
Escravas eram vendidas como amas e seus próprios bebês ignorados.
Logo o negócio de amas-de-leite tornou-se altamente rentável...E com a abolição logo surgiram as babás... século XX, afrodescendentes, mal pagas, sem vínculo empregatício , doando suas vidas na criação de filhos alheios: escravas contemporâneas?
A obra em questão apresenta fotos de Albert Henschel, fotógrafo alemão que se estabeleceu em Pernambuco tornando-se um dos primeiros profissionais da área no século XIX. Entre anúncios em busca de escravas, esta produção, quase uma assemblage, propõe num misto de caos e azulejaria de influência portuguesa (encontrada na época em construções de São Luiz do Maranhão e algumas cidades do Nordeste) resgatar num flash, mais esta injustiça e desvantagem histórica da mulher negra no Brasil.

Drª Vera Lúcia Laranjeira Manoel” - Obra do artista e curador Celso Parubocz - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

Homenagem a Drª Vera Lúcia Laranjeira Manoel, Advogada da Cidade de Ponta Grossa, responsável pela manutenção do Clube Literário 13 de maio em Ponta Grossa, bem como a preservação da mais antiga Manifestação Cultural de nossa Cidade: O Carnaval. O artista vê
na imagem desta Mulher Guerreira um símbolo de que não podemos deixar a vitimização tomar conta dos nossos jovens, precisamos sim motivá-los a lutar para adquirirem sempre mais qualidade de Vida e um Mundo melhor.

Babuszka Santa Escrava Anastácia” - Obra do artista e curador Eloir Jr. - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 90x60cm, ano 2018.

Dentro de sua assinatura artística, as tradicionais matrioszkas e Babuszkas, o artista retrata um ícone da fé e da cultura afro-brasileira.
Cultuada como santa e heroína, a escrava Anastácia é considerada uma das mais importantes personalidades religiosas negras da história escravista do Brasil. Sua existência foi um combinação de luta com bravura, resistência, doçura, beleza e fé. Em versões populares e antigas escritas ou registros, narram sobre uma bela mulher negra de olhos azuis, que não cedeu aos apelos sexuais de seu senhor e, por isso, foi estuprada e recebeu a mordaça de folha de flandres e a gargantilha de ferro. Anastácia nasceu em 12 de maio de 1740, viveu na Bahia e em Minas Gerais e foi levada ao Rio de Janeiro, sua data e local de morte são incertos, mas sabe-se que seus restos mortais encontram-se na Igreja do Rosário no centro da capital fluminense. A luta de Anastácia contra a escravidão e assédios transformou-se em exemplo e até hoje sua força inspira a fé de milhares de devotos que comemoram seu dia em 12 de maio.


Uma Cabeça Cheia de Cores” - Obra da Artista, Professora e Colunista Katia Velo - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

"Não sou livre enquanto outra mulher for prisioneira, mesmo que as correntes dela sejam diferentes das minhas."Com a frase da escritora americana Audre Lorde, Marielle encerrou o encontro com as mulheres do movimento, Jovens Negras Movendo as Estruturas, um pouco antes de ser assassinada com quatro . O preconceito já traduz a incapacidade de compreender o outro. Preconceito (pré-conceito) opinião, julgamento, análise sem conhecimento. Violência só gera violência, redundante, mas fatídico. Qualquer intervenção em um momento crítico pode ser necessária, mas não resolve o que a motiva. No Brasil, o desemprego, a miséria, a desigualdade social, o descaso com a educação, a falta de oportunidade e a roubalheira sem precedentes dos políticos, nos conduz a um pensamento coletivo do tipo “se eles fazem, por que eu também não posso?”. Não adianta só construir mais presídios, colocar mais policiais (ou soldados) nas ruas, criar mais leis. Você até pode tentar estancar o sangue colocando um torniquete, mas o problema continua e só vai piorar. Os próximos passos: amputação e, consequentemente, morte. Devemos e podemos mudar! Que a justiça, igualdade e oportunidade possam ser a tríade do nosso Brasil! Não importa a cor, cargo, opção sexual, sexo, religião, um crime é um crime! Preconceito é crime! Basta!



Selma Alves” - Obra da Artista Kézia Talisin – Trabalho em acrílica e colagem de papel sobre tela, com de 88x75 cm, ano 2018
A tela "SELMA ALVES" foi inspirada nesta personalidade natural de Nova Esperança-PR, residente em Paranaguá desde 1990, que após a realização na profissão de magistério, foi em busca do sonho de menina negra e pobre - "uma escola cheia de crianças". Há dez anos as primeiras realizações do projeto em meio a inúmeras dificuldades começaram a se concretizar. Hoje, o Colégio atende 450 alunos do maternal ao ensino médio, 42 funcionários efetivos e 10 indiretos. Superando o desafio de aceitar-se e acreditar em si mesma, além do preconceito, racismo e descrédito.


Miss Brasil 2016, Raissa Santana” – Obra da artista e arquiteta Luciana Martins - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

Em spatulée, entre sutis faturas plásticas e o próprio gestual, evidencia-se um pantone de verdes, onde a artista e arquiteta Luciana Martins, faz surgir a rainha da beleza negra nacional, Raissa Santana, representando o Estado do Paraná, foi eleita a miss Brasil 2016, é escolhida por Luciana, para exaltar o encanto das afrodescendentes que aqui se eternizam.
Raissa Oliveira Santana, nasceu em Itaberaba-BA em 06/07/1995, aos seis anos mudou com sua família para Umuarama no Paraná, onde reside até hoje. Raissa se tornou a segunda mulher negra a ser eleita nacionalmente como Miss, depois de exatos 30 anos da vitória da gaúcha Deise Nunes.

Quarto de Despejo” - Obra do artista Luiz Felix - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

O gestual contemporaneo do artista, com desenhos de linha, hachuras e aguadas de cor, ilustram a conceituada escritora negra, Carolina Maria de Jesus e sua obra, Quarto de despejo: Diário de uma favela.
Carolina Maria de Jesus (1914/1977) nasceu em uma família extremamente pobre, trabalhou desde muito cedo para auxiliar no sustento da casa. Com isso, acabou não frequentando a escola, além de dois anos. Mudou-se para São Paulo, indo morar na favela, para sustentar a si e seus filhos, tornou-se catadora de papel. Guardava alguns desses papéis, para registrar seu cotidiano na favela, denunciando a realidade excludente em que viviam os negros. Em 1960, foi descoberta pelo jornalista Audálio Dantas, que conheceu seus escritos. Assim, ela escreveu o livro Quarto de Despejos, que vendeu mais de 100 mil exemplares.
Tornou-se uma escritora reconhecida, particularmente fora do país, sendo incluída na antologia de escritoras negras, publicada em 1980 pela Randon House, em Nova York. (Fonte: GGN, o Jornal de todos os Brasis)


Black Power” – obra do artista Márcio Prodócimo - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

Com figuração ímpar e muito própria de sua assinatura artística, Márcio Prodócimo ilustra o seu cenário pictórico da pop art, e nesta linguagem o artista cria a obra que homenageia as mulheres negras da música brasileira.
O poder e a força da madeixa negra cultuada no Brasil a partir da década de 1970, é minuciosamente elaborada em notas musicais.



Escravas do Consumo” - obra do artista e designer Oswaldo Fontoura Dias - Trabalho em acrílica e mista sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

A conscientização em questões de responsabilidade social e sustentabilidade são contextos foco no labore do artista e designer Oswaldo Fontoura Dias, que utiliza em suas obras diversos materiais recicláveis. Neste trabalho, o artista integra embalagens cobertas em acrílicas sobre prancha rígida, a figura de uma mulher negra, censurada com um código de barras na face, nos propondo a reflexão do consumo de uma sociedade escravocrata do Brasil colonial.


Todas” – Obra da artista Raquel Frota - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

De forte impacto gestual e visual, entre camadas de tintas e vestígios pictóricos, a artista Raquel Frota batiza sua obra com signos e nomes próprios de dezessete personalidades negras que contribuíram para a história nacional brasileira. Entre Dandara, rainha dos Palmares e Anastácia ícone da fé, Carolina Maria de Jesus, a escritora, Zeferina e Maria Felipa, Adelina, Marielle entre outras, estão os martírios e as lutas, conquistas e méritos, bem como a expressão cultural e conhecimentos conquistados por estas negras mulheres, dignas Ahosi do reino de Daomé.


Ama de Leite” – Obra da artista Tania Leal - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

O Universo feminino é o tema pictórico preferido da artista Tania Leal, nele se encontra suas belas figurações, e nesta obra “Ama de Leite”, a artista exalta a doçura, a beleza e o aleitamento materno que as mulheres negras nutriam aos filhos da sociedade branca. Na história da colonização brasileira, os próprios colonizadores europeus, não viam a amamentação em sua cultura, como uma atividade nobre a mulher branca. Recorreram de início as índias que aqui habitavam, e tão logo foram culturalmente rejeitadas, sendo as mulheres negras escravizadas, as mais capazes para amamentarem e cuidarem de seus filhos. E durante este período de colonização, as escravas negras com ou sem filhos, eram comercializadas para este fim. 

Crédito das imagens: Grupo Boticário






























Crédito: Prefeitura Municipal de SJP-PR


Quinze artistas coordenados pelos artistas visuais Eloir Jr. e Carla Schwab, apresentam a exposição coletiva ”A CONTRIBUIÇÃO HISTÓRICA DA MULHER NEGRA NO BRASIL”, no Museu Municipal Atílio Rocco
São José dos Pinhais-PR
A mostra busca resgatar a memória cultural que enriquece há séculos a expressão negra, e permanece até Janeiro de 2019
Conheça os artistas participantes e suas obras:

Nossa Senhora Aparecida” - Obra da artista Ana Lectícia Mansur – Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
Entre aguadas e camadas de tintas que compõem um fundo absoluto e contemporâneo, a artista faz surgir a padroeira da fé brasileira na mais privilegiada das linguagens artísticas, a arte naïf. Nossa Senhora Aparecida, a mãe negra do Brasil vestida em túnica exclusivamente criada pela artista na cor vermelha, é devocionalmente agraciada na obra de Ana Lectícia Mansur, cujo trabalho artístico culmina com o tricentenário do encontro da imagem pelos pescadores Domingos Garcia, Felipe Pedroso e João Alves.

A Benzedeira” - Obra do Artista e caricaturista Ari Vicentini - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

A obra retrata uma representante de comunidade afrodescendente do Feixo, na Lapa-PR
Mesmo com o avanço da medicina no século XXI e o surgimento de novas técnicas de tratamento farmacológico, ainda há pessoas que procuram o aconchego e as rezas destas magas das comunidades negras.
A fé e a crença popular munem estas pessoas a procura destas tradicionais mulheres que resistem ao tempo e conseguem manifestar sua divindade através de gestos, ações, conhecimento sobre ervas medicinais, simpatias e a própria oralidade sagrada que é proferida a quem necessita. Há um respeito histórico e popular ao dom recebido e oferecido, e ainda maior de quem vai em busca de uma cura.


ZEZÉ MOTTA-Senhora Liberdade” – Obra da Artista e poeta Bia Ferreira - Trrabalho em óleo e mista sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

A obra criada por Bia Ferreira, retrata a grande atriz brasileira Zezé Motta, resgatando na técnica mista e óleo sobre tela, um pouco da trajetória desta importante ícone da teledramaturgia brasileira.
Maria José Motta de Oliveira, conhecida como Zezé Motta, é considerada uma das atrizes mais importantes da Teledramaturgia brasileira. Começou a carreira em 1967, estrelando a peça “Roda-Viva” de Chico Buarque. Em 1969 atuou em “Fígaro, fígaro”, “Arena canta Zumbi” e “A Vida escrachada de Joana Martini e Baby Stompanato”. Em 1974, atuou em “Godspell” e em 1999 participou do filme “Orfeu”. A carreira de cantora teve início em 1971, em casas noturnas paulistas. De 1975 a 1979, lançou três LPs. Nos anos 1980, lançou mais 03 discos. Como cantora destacou-se com a música “Senhora Liberdade”. Ganhou vários prêmios pela atuação no cinema e na televisão, mas seu ápice foi desempenhando o papel de “Chica da Silva”, tanto no cinema, como, mais tarde, na televisão. Além disso, participa esporadicamente de discussões sobre o papel dos negros na teledramaturgia.

Origem” - Obra da artista visual e orientadora de artes Carla Schwab - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 90x80cm, ano 2018.

Tramas e Rendas compõem a assinatura artística da artista e orientadora de Artes Carla Schwab, e dentro deste milenar trabalho manual, a artista faz surgir a identidade negra, a beleza, sutileza e toda a “Origem” de hábitos e costumes de centenas de tribos africanas que influenciaram a cultura brasileira. A policromia rendada por pincéis, evidencia as características de um gigante continente, multifacetado pela riqueza e detalhamento das tramas que emolduram o rosto de impactante beleza negra.

Peito Preto” - Obra da Artista Cecifrance Aquino - Trabalho em acrílica e mista sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

A cultura materna europeia estabelecida no Brasil no século XIX, tão pobre de amor e conhecimento, escolhe como modelo ideal utilizar-se de amas africanas, trazidas para amamentar os filhos das damas e cuidar deles. A mãe via a maternidade como um fardo indigno que atrapalhava o que lhe cabia: o bom gerenciamento da casa.
Escravas eram vendidas como amas e seus próprios bebês ignorados.
Logo o negócio de amas-de-leite tornou-se altamente rentável...E com a abolição logo surgiram as babás... século XX, afrodescendentes, mal pagas, sem vínculo empregatício , doando suas vidas na criação de filhos alheios: escravas contemporâneas?
A obra em questão apresenta fotos de Albert Henschel, fotógrafo alemão que se estabeleceu em Pernambuco tornando-se um dos primeiros profissionais da área no século XIX. Entre anúncios em busca de escravas, esta produção, quase uma assemblage, propõe num misto de caos e azulejaria de influência portuguesa (encontrada na época em construções de São Luiz do Maranhão e algumas cidades do Nordeste) resgatar num flash, mais esta injustiça e desvantagem histórica da mulher negra no Brasil.

Drª Vera Lúcia Laranjeira Manoel” - Obra do artista e curador Celso Parubocz - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

Homenagem a Drª Vera Lúcia Laranjeira Manoel, Advogada da Cidade de Ponta Grossa, responsável pela manutenção do Clube Literário 13 de maio em Ponta Grossa, bem como a preservação da mais antiga Manifestação Cultural de nossa Cidade: O Carnaval. O artista vê
na imagem desta Mulher Guerreira um símbolo de que não podemos deixar a vitimização tomar conta dos nossos jovens, precisamos sim motivá-los a lutar para adquirirem sempre mais qualidade de Vida e um Mundo melhor.

Babuszka Santa Escrava Anastácia” - Obra do artista e curador Eloir Jr. - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 90x60cm, ano 2018.

Dentro de sua assinatura artística, as tradicionais matrioszkas e Babuszkas, o artista retrata um ícone da fé e da cultura afro-brasileira.
Cultuada como santa e heroína, a escrava Anastácia é considerada uma das mais importantes personalidades religiosas negras da história escravista do Brasil. Sua existência foi um combinação de luta com bravura, resistência, doçura, beleza e fé. Em versões populares e antigas escritas ou registros, narram sobre uma bela mulher negra de olhos azuis, que não cedeu aos apelos sexuais de seu senhor e, por isso, foi estuprada e recebeu a mordaça de folha de flandres e a gargantilha de ferro. Anastácia nasceu em 12 de maio de 1740, viveu na Bahia e em Minas Gerais e foi levada ao Rio de Janeiro, sua data e local de morte são incertos, mas sabe-se que seus restos mortais encontram-se na Igreja do Rosário no centro da capital fluminense. A luta de Anastácia contra a escravidão e assédios transformou-se em exemplo e até hoje sua força inspira a fé de milhares de devotos que comemoram seu dia em 12 de maio.


Uma Cabeça Cheia de Cores” - Obra da Artista, Professora e Colunista Katia Velo - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

"Não sou livre enquanto outra mulher for prisioneira, mesmo que as correntes dela sejam diferentes das minhas."Com a frase da escritora americana Audre Lorde, Marielle encerrou o encontro com as mulheres do movimento, Jovens Negras Movendo as Estruturas, um pouco antes de ser assassinada com quatro . O preconceito já traduz a incapacidade de compreender o outro. Preconceito (pré-conceito) opinião, julgamento, análise sem conhecimento. Violência só gera violência, redundante, mas fatídico. Qualquer intervenção em um momento crítico pode ser necessária, mas não resolve o que a motiva. No Brasil, o desemprego, a miséria, a desigualdade social, o descaso com a educação, a falta de oportunidade e a roubalheira sem precedentes dos políticos, nos conduz a um pensamento coletivo do tipo “se eles fazem, por que eu também não posso?”. Não adianta só construir mais presídios, colocar mais policiais (ou soldados) nas ruas, criar mais leis. Você até pode tentar estancar o sangue colocando um torniquete, mas o problema continua e só vai piorar. Os próximos passos: amputação e, consequentemente, morte. Devemos e podemos mudar! Que a justiça, igualdade e oportunidade possam ser a tríade do nosso Brasil! Não importa a cor, cargo, opção sexual, sexo, religião, um crime é um crime! Preconceito é crime! Basta!



Selma Alves” - Obra da Artista Kézia Talisin – Trabalho em acrílica e colagem de papel sobre tela, com de 88x75 cm, ano 2018
A tela "SELMA ALVES" foi inspirada nesta personalidade natural de Nova Esperança-PR, residente em Paranaguá desde 1990, que após a realização na profissão de magistério, foi em busca do sonho de menina negra e pobre - "uma escola cheia de crianças". Há dez anos as primeiras realizações do projeto em meio a inúmeras dificuldades começaram a se concretizar. Hoje, o Colégio atende 450 alunos do maternal ao ensino médio, 42 funcionários efetivos e 10 indiretos. Superando o desafio de aceitar-se e acreditar em si mesma, além do preconceito, racismo e descrédito.


Miss Brasil 2016, Raissa Santana” – Obra da artista e arquiteta Luciana Martins - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

Em spatulée, entre sutis faturas plásticas e o próprio gestual, evidencia-se um pantone de verdes, onde a artista e arquiteta Luciana Martins, faz surgir a rainha da beleza negra nacional, Raissa Santana, representando o Estado do Paraná, foi eleita a miss Brasil 2016, é escolhida por Luciana, para exaltar o encanto das afrodescendentes que aqui se eternizam.
Raissa Oliveira Santana, nasceu em Itaberaba-BA em 06/07/1995, aos seis anos mudou com sua família para Umuarama no Paraná, onde reside até hoje. Raissa se tornou a segunda mulher negra a ser eleita nacionalmente como Miss, depois de exatos 30 anos da vitória da gaúcha Deise Nunes.

Quarto de Despejo” - Obra do artista Luiz Felix - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

O gestual contemporaneo do artista, com desenhos de linha, hachuras e aguadas de cor, ilustram a conceituada escritora negra, Carolina Maria de Jesus e sua obra, Quarto de despejo: Diário de uma favela.
Carolina Maria de Jesus (1914/1977) nasceu em uma família extremamente pobre, trabalhou desde muito cedo para auxiliar no sustento da casa. Com isso, acabou não frequentando a escola, além de dois anos. Mudou-se para São Paulo, indo morar na favela, para sustentar a si e seus filhos, tornou-se catadora de papel. Guardava alguns desses papéis, para registrar seu cotidiano na favela, denunciando a realidade excludente em que viviam os negros. Em 1960, foi descoberta pelo jornalista Audálio Dantas, que conheceu seus escritos. Assim, ela escreveu o livro Quarto de Despejos, que vendeu mais de 100 mil exemplares.
Tornou-se uma escritora reconhecida, particularmente fora do país, sendo incluída na antologia de escritoras negras, publicada em 1980 pela Randon House, em Nova York. (Fonte: GGN, o Jornal de todos os Brasis)


Black Power” – obra do artista Márcio Prodócimo - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

Com figuração ímpar e muito própria de sua assinatura artística, Márcio Prodócimo ilustra o seu cenário pictórico da pop art, e nesta linguagem o artista cria a obra que homenageia as mulheres negras da música brasileira.
O poder e a força da madeixa negra cultuada no Brasil a partir da década de 1970, é minuciosamente elaborada em notas musicais.



Escravas do Consumo” - obra do artista e designer Oswaldo Fontoura Dias - Trabalho em acrílica e mista sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

A conscientização em questões de responsabilidade social e sustentabilidade são contextos foco no labore do artista e designer Oswaldo Fontoura Dias, que utiliza em suas obras diversos materiais recicláveis. Neste trabalho, o artista integra embalagens cobertas em acrílicas sobre prancha rígida, a figura de uma mulher negra, censurada com um código de barras na face, nos propondo a reflexão do consumo de uma sociedade escravocrata do Brasil colonial.


Todas” – Obra da artista Raquel Frota - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

De forte impacto gestual e visual, entre camadas de tintas e vestígios pictóricos, a artista Raquel Frota batiza sua obra com signos e nomes próprios de dezessete personalidades negras que contribuíram para a história nacional brasileira. Entre Dandara, rainha dos Palmares e Anastácia ícone da fé, Carolina Maria de Jesus, a escritora, Zeferina e Maria Felipa, Adelina, Marielle entre outras, estão os martírios e as lutas, conquistas e méritos, bem como a expressão cultural e conhecimentos conquistados por estas negras mulheres, dignas Ahosi do reino de Daomé.


Ama de Leite” – Obra da artista Tania Leal - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.


O Universo feminino é o tema pictórico preferido da artista Tania Leal, nele se encontra suas belas figurações, e nesta obra “Ama de Leite”, a artista exalta a doçura, a beleza e o aleitamento materno que as mulheres negras nutriam aos filhos da sociedade branca. Na história da colonização brasileira, os próprios colonizadores europeus, não viam a amamentação em sua cultura, como uma atividade nobre a mulher branca. Recorreram de início as índias que aqui habitavam, e tão logo foram culturalmente rejeitadas, sendo as mulheres negras escravizadas, as mais capazes para amamentarem e cuidarem de seus filhos. E durante este período de colonização, as escravas negras com ou sem filhos, eram comercializadas para este fim. 









Crédito das imagens: Katia Velo e equipe do Museu


























Quinze artistas coordenados pelos artistas visuais Eloir Jr. e Carla Schwab, apresentam a exposição coletiva ”A CONTRIBUIÇÃO HISTÓRICA DA MULHER NEGRA NO BRASIL”
no Espaço Cultural da Câmara Municipal de Ponta Grossa-PR
A mostra busca resgatar a memória cultural que enriquece há séculos a expressão negra, e permanece até 07 de Setembro de 2018.

Conheça os artistas participantes e suas obras:



Nossa Senhora Aparecida” - Obra da artista Ana Lectícia Mansur – Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
Entre aguadas e camadas de tintas que compõem um fundo absoluto e contemporâneo, a artista faz surgir a padroeira da fé brasileira na mais privilegiada das linguagens artísticas, a arte naïf. Nossa Senhora Aparecida, a mãe negra do Brasil vestida em túnica exclusivamente criada pela artista na cor vermelha, é devocionalmente agraciada na obra de Ana Lectícia Mansur, cujo trabalho artístico culmina com o tricentenário do encontro da imagem pelos pescadores Domingos Garcia, Felipe Pedroso e João Alves.



A Benzedeira” - Obra do Artista e caricaturista Ari Vicentini - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

A obra retrata uma representante de comunidade afrodescendente do Feixo, na Lapa-PR
Mesmo com o avanço da medicina no século XXI e o surgimento de novas técnicas de tratamento farmacológico, ainda há pessoas que procuram o aconchego e as rezas destas magas das comunidades negras.
A fé e a crença popular munem estas pessoas a procura destas tradicionais mulheres que resistem ao tempo e conseguem manifestar sua divindade através de gestos, ações, conhecimento sobre ervas medicinais, simpatias e a própria oralidade sagrada que é proferida a quem necessita. Há um respeito histórico e popular ao dom recebido e oferecido, e ainda maior de quem vai em busca de uma cura.



ZEZÉ MOTTA-Senhora Liberdade” – Obra da Artista e poeta Bia Ferreira - Trrabalho em óleo e mista sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

A obra criada por Bia Ferreira, retrata a grande atriz brasileira Zezé Motta, resgatando na técnica mista e óleo sobre tela, um pouco da trajetória desta importante ícone da teledramaturgia brasileira.
Maria José Motta de Oliveira, conhecida como Zezé Motta, é considerada uma das atrizes mais importantes da Teledramaturgia brasileira. Começou a carreira em 1967, estrelando a peça “Roda-Viva” de Chico Buarque. Em 1969 atuou em “Fígaro, fígaro”, “Arena canta Zumbi” e “A Vida escrachada de Joana Martini e Baby Stompanato”. Em 1974, atuou em “Godspell” e em 1999 participou do filme “Orfeu”. A carreira de cantora teve início em 1971, em casas noturnas paulistas. De 1975 a 1979, lançou três LPs. Nos anos 1980, lançou mais 03 discos. Como cantora destacou-se com a música “Senhora Liberdade”. Ganhou vários prêmios pela atuação no cinema e na televisão, mas seu ápice foi desempenhando o papel de “Chica da Silva”, tanto no cinema, como, mais tarde, na televisão. Além disso, participa esporadicamente de discussões sobre o papel dos negros na teledramaturgia.



Origem” - Obra da artista visual e orientadora de artes Carla Schwab - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 90x80cm, ano 2018.

Tramas e Rendas compõem a assinatura artística da artista e orientadora de Artes Carla Schwab, e dentro deste milenar trabalho manual, a artista faz surgir a identidade negra, a beleza, sutileza e toda a “Origem” de hábitos e costumes de centenas de tribos africanas que influenciaram a cultura brasileira. A policromia rendada por pincéis, evidencia as características de um gigante continente, multifacetado pela riqueza e detalhamento das tramas que emolduram o rosto de impactante beleza negra.



Peito Preto” - Obra da Artista Cecifrance Aquino - Trabalho em acrílica e mista sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

A cultura materna europeia estabelecida no Brasil no século XIX, tão pobre de amor e conhecimento, escolhe como modelo ideal utilizar-se de amas africanas, trazidas para amamentar os filhos das damas e cuidar deles. A mãe via a maternidade como um fardo indigno que atrapalhava o que lhe cabia: o bom gerenciamento da casa.
Escravas eram vendidas como amas e seus próprios bebês ignorados.
Logo o negócio de amas-de-leite tornou-se altamente rentável...E com a abolição logo surgiram as babás... século XX, afrodescendentes, mal pagas, sem vínculo empregatício , doando suas vidas na criação de filhos alheios: escravas contemporâneas?
A obra em questão apresenta fotos de Albert Henschel, fotógrafo alemão que se estabeleceu em Pernambuco tornando-se um dos primeiros profissionais da área no século XIX. Entre anúncios em busca de escravas, esta produção, quase uma assemblage, propõe num misto de caos e azulejaria de influência portuguesa (encontrada na época em construções de São Luiz do Maranhão e algumas cidades do Nordeste) resgatar num flash, mais esta injustiça e desvantagem histórica da mulher negra no Brasil.



Drª Vera Lúcia Laranjeira Manoel” - Obra do artista e curador Celso Parubocz - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

Homenagem a Drª Vera Lúcia Laranjeira Manoel, Advogada da Cidade de Ponta Grossa, responsável pela manutenção do Clube Literário 13 de maio em Ponta Grossa, bem como a preservação da mais antiga Manifestação Cultural de nossa Cidade: O Carnaval. O artista vê
na imagem desta Mulher Guerreira um símbolo de que não podemos deixar a vitimização tomar conta dos nossos jovens, precisamos sim motivá-los a lutar para adquirirem sempre mais qualidade de Vida e um Mundo melhor.



Babuszka Santa Escrava Anastácia” - Obra do artista e curador Eloir Jr. - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 90x60cm, ano 2018.

Dentro de sua assinatura artística, as tradicionais matrioszkas e Babuszkas, o artista retrata um ícone da fé e da cultura afro-brasileira.
Cultuada como santa e heroína, a escrava Anastácia é considerada uma das mais importantes personalidades religiosas negras da história escravista do Brasil. Sua existência foi um combinação de luta com bravura, resistência, doçura, beleza e fé. Em versões populares e antigas escritas ou registros, narram sobre uma bela mulher negra de olhos azuis, que não cedeu aos apelos sexuais de seu senhor e, por isso, foi estuprada e recebeu a mordaça de folha de flandres e a gargantilha de ferro. Anastácia nasceu em 12 de maio de 1740, viveu na Bahia e em Minas Gerais e foi levada ao Rio de Janeiro, sua data e local de morte são incertos, mas sabe-se que seus restos mortais encontram-se na Igreja do Rosário no centro da capital fluminense. A luta de Anastácia contra a escravidão e assédios transformou-se em exemplo e até hoje sua força inspira a fé de milhares de devotos que comemoram seu dia em 12 de maio.



Uma Cabeça Cheia de Cores” - Obra da Artista, Professora e Colunista Katia Velo - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

"Não sou livre enquanto outra mulher for prisioneira, mesmo que as correntes dela sejam diferentes das minhas."Com a frase da escritora americana Audre Lorde, Marielle encerrou o encontro com as mulheres do movimento, Jovens Negras Movendo as Estruturas, um pouco antes de ser assassinada com quatro . O preconceito já traduz a incapacidade de compreender o outro. Preconceito (pré-conceito) opinião, julgamento, análise sem conhecimento. Violência só gera violência, redundante, mas fatídico. Qualquer intervenção em um momento crítico pode ser necessária, mas não resolve o que a motiva. No Brasil, o desemprego, a miséria, a desigualdade social, o descaso com a educação, a falta de oportunidade e a roubalheira sem precedentes dos políticos, nos conduz a um pensamento coletivo do tipo “se eles fazem, por que eu também não posso?”. Não adianta só construir mais presídios, colocar mais policiais (ou soldados) nas ruas, criar mais leis. Você até pode tentar estancar o sangue colocando um torniquete, mas o problema continua e só vai piorar. Os próximos passos: amputação e, consequentemente, morte. Devemos e podemos mudar! Que a justiça, igualdade e oportunidade possam ser a tríade do nosso Brasil! Não importa a cor, cargo, opção sexual, sexo, religião, um crime é um crime! Preconceito é crime! Basta!



Selma Alves” - Obra da Artista Kézia Talisin – Trabalho em acrílica e colagem de papel sobre tela, com de 88x75 cm, ano 2018
A tela "SELMA ALVES" foi inspirada nesta personalidade natural de Nova Esperança-PR, residente em Paranaguá desde 1990, que após a realização na profissão de magistério, foi em busca do sonho de menina negra e pobre - "uma escola cheia de crianças". Há dez anos as primeiras realizações do projeto em meio a inúmeras dificuldades começaram a se concretizar. Hoje, o Colégio atende 450 alunos do maternal ao ensino médio, 42 funcionários efetivos e 10 indiretos. Superando o desafio de aceitar-se e acreditar em si mesma, além do preconceito, racismo e descrédito.



Miss Brasil 2016, Raissa Santana” – Obra da artista e arquiteta Luciana Martins - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

Em spatulée, entre sutis faturas plásticas e o próprio gestual, evidencia-se um pantone de verdes, onde a artista e arquiteta Luciana Martins, faz surgir a rainha da beleza negra nacional, Raissa Santana, representando o Estado do Paraná, foi eleita a miss Brasil 2016, é escolhida por Luciana, para exaltar o encanto das afrodescendentes que aqui se eternizam.
Raissa Oliveira Santana, nasceu em Itaberaba-BA em 06/07/1995, aos seis anos mudou com sua família para Umuarama no Paraná, onde reside até hoje. Raissa se tornou a segunda mulher negra a ser eleita nacionalmente como Miss, depois de exatos 30 anos da vitória da gaúcha Deise Nunes.



Quarto de Despejo” - Obra do artista Luiz Felix - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

O gestual contemporaneo do artista, com desenhos de linha, hachuras e aguadas de cor, ilustram a conceituada escritora negra, Carolina Maria de Jesus e sua obra, Quarto de despejo: Diário de uma favela.
Carolina Maria de Jesus (1914/1977) nasceu em uma família extremamente pobre, trabalhou desde muito cedo para auxiliar no sustento da casa. Com isso, acabou não frequentando a escola, além de dois anos. Mudou-se para São Paulo, indo morar na favela, para sustentar a si e seus filhos, tornou-se catadora de papel. Guardava alguns desses papéis, para registrar seu cotidiano na favela, denunciando a realidade excludente em que viviam os negros. Em 1960, foi descoberta pelo jornalista Audálio Dantas, que conheceu seus escritos. Assim, ela escreveu o livro Quarto de Despejos, que vendeu mais de 100 mil exemplares.
Tornou-se uma escritora reconhecida, particularmente fora do país, sendo incluída na antologia de escritoras negras, publicada em 1980 pela Randon House, em Nova York. (Fonte: GGN, o Jornal de todos os Brasis)



Black Power” – obra do artista Márcio Prodócimo - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

Com figuração ímpar e muito própria de sua assinatura artística, Márcio Prodócimo ilustra o seu cenário pictórico da pop art, e nesta linguagem o artista cria a obra que homenageia as mulheres negras da música brasileira.
O poder e a força da madeixa negra cultuada no Brasil a partir da década de 1970, é minuciosamente elaborada em notas musicais.



Escravas do Consumo” - obra do artista e designer Oswaldo Fontoura Dias - Trabalho em acrílica e mista sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

A conscientização em questões de responsabilidade social e sustentabilidade são contextos foco no labore do artista e designer Oswaldo Fontoura Dias, que utiliza em suas obras diversos materiais recicláveis. Neste trabalho, o artista integra embalagens cobertas em acrílicas sobre prancha rígida, a figura de uma mulher negra, censurada com um código de barras na face, nos propondo a reflexão do consumo de uma sociedade escravocrata do Brasil colonial.



Todas” – Obra da artista Raquel Frota - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

De forte impacto gestual e visual, entre camadas de tintas e vestígios pictóricos, a artista Raquel Frota batiza sua obra com signos e nomes próprios de dezessete personalidades negras que contribuíram para a história nacional brasileira. Entre Dandara, rainha dos Palmares e Anastácia ícone da fé, Carolina Maria de Jesus, a escritora, Zeferina e Maria Felipa, Adelina, Marielle entre outras, estão os martírios e as lutas, conquistas e méritos, bem como a expressão cultural e conhecimentos conquistados por estas negras mulheres, dignas Ahosi do reino de Daomé.



Ama de Leite” – Obra da artista Tania Leal - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.


O Universo feminino é o tema pictórico preferido da artista Tania Leal, nele se encontra suas belas figurações, e nesta obra “Ama de Leite”, a artista exalta a doçura, a beleza e o aleitamento materno que as mulheres negras nutriam aos filhos da sociedade branca. Na história da colonização brasileira, os próprios colonizadores europeus, não viam a amamentação em sua cultura, como uma atividade nobre a mulher branca. Recorreram de início as índias que aqui habitavam, e tão logo foram culturalmente rejeitadas, sendo as mulheres negras escravizadas, as mais capazes para amamentarem e cuidarem de seus filhos. E durante este período de colonização, as escravas negras com ou sem filhos, eram comercializadas para este fim. 


Espaço Cultural da Câmara Municipal de Ponta Grossa-PR
Imagens: Divulgação












Quinze artistas curitibanos, coordenados pelos artistas visuais Eloir Jr. e Carla Schwab, apresentam a exposição coletiva ”A CONTRIBUIÇÃO HISTÓRICA DA MULHER NEGRA NO BRASIL”, na Casa da Cultura de Colombo-PR. A mostra busca resgatar esta memória cultural que enriquece há séculos a expressão negra, e permanece de 03 a 30 de Julho de 2018.
Conheça os artistas participantes e suas obras:


Nossa Senhora Aparecida” - Obra da artista Ana Lectícia Mansur – Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

Entre aguadas e camadas de tintas que compõem um fundo absoluto e contemporâneo, a artista faz surgir a padroeira da fé brasileira na mais privilegiada das linguagens artísticas, a arte naïf. Nossa Senhora Aparecida, a mãe negra do Brasil vestida em túnica exclusivamente criada pela artista na cor vermelha, é devocionalmente agraciada na obra de Ana Lectícia Mansur, cujo trabalho artístico culmina com o tricentenário do encontro da imagem pelos pescadores Domingos Garcia, Felipe Pedroso e João Alves.

A Benzedeira” - Obra do Artista e caricaturista Ari Vicentini - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

A obra retrata uma representante de comunidade afrodescendente do Feixo, na Lapa-PR
Mesmo com o avanço da medicina no século XXI e o surgimento de novas técnicas de tratamento farmacológico, ainda há pessoas que procuram o aconchego e as rezas destas magas das comunidades negras.
A fé e a crença popular munem estas pessoas a procura destas tradicionais mulheres que resistem ao tempo e conseguem manifestar sua divindade através de gestos, ações, conhecimento sobre ervas medicinais, simpatias e a própria oralidade sagrada que é proferida a quem necessita. Há um respeito histórico e popular ao dom recebido e oferecido, e ainda maior de quem vai em busca de uma cura.


ZEZÉ MOTTA-Senhora Liberdade” – Obra da Artista e poeta Bia Ferreira - Trrabalho em óleo e mista sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

A obra criada por Bia Ferreira, retrata a grande atriz brasileira Zezé Motta, resgatando na técnica mista e óleo sobre tela, um pouco da trajetória desta importante ícone da teledramaturgia brasileira.
Maria José Motta de Oliveira, conhecida como Zezé Motta, é considerada uma das atrizes mais importantes da Teledramaturgia brasileira. Começou a carreira em 1967, estrelando a peça “Roda-Viva” de Chico Buarque. Em 1969 atuou em “Fígaro, fígaro”, “Arena canta Zumbi” e “A Vida escrachada de Joana Martini e Baby Stompanato”. Em 1974, atuou em “Godspell” e em 1999 participou do filme “Orfeu”. A carreira de cantora teve início em 1971, em casas noturnas paulistas. De 1975 a 1979, lançou três LPs. Nos anos 1980, lançou mais 03 discos. Como cantora destacou-se com a música “Senhora Liberdade”. Ganhou vários prêmios pela atuação no cinema e na televisão, mas seu ápice foi desempenhando o papel de “Chica da Silva”, tanto no cinema, como, mais tarde, na televisão. Além disso, participa esporadicamente de discussões sobre o papel dos negros na teledramaturgia.


Origem” - Obra da artista visual e orientadora de artes Carla Schwab - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 90x80cm, ano 2018.

Tramas e Rendas compõem a assinatura artística da artista e orientadora de Artes Carla Schwab, e dentro deste milenar trabalho manual, a artista faz surgir a identidade negra, a beleza, sutileza e toda a “Origem” de hábitos e costumes de centenas de tribos africanas que influenciaram a cultura brasileira. A policromia rendada por pincéis, evidencia as características de um gigante continente, multifacetado pela riqueza e detalhamento das tramas que emolduram o rosto de impactante beleza negra.


Peito Preto” - Obra da Artista Cecifrance Aquino - Trabalho em acrílica e mista sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

A cultura materna europeia estabelecida no Brasil no século XIX, tão pobre de amor e conhecimento, escolhe como modelo ideal utilizar-se de amas africanas, trazidas para amamentar os filhos das damas e cuidar deles. A mãe via a maternidade como um fardo indigno que atrapalhava o que lhe cabia: o bom gerenciamento da casa.
Escravas eram vendidas como amas e seus próprios bebês ignorados.
Logo o negócio de amas-de-leite tornou-se altamente rentável...E com a abolição logo surgiram as babás... século XX, afrodescendentes, mal pagas, sem vínculo empregatício , doando suas vidas na criação de filhos alheios: escravas contemporâneas?
A obra em questão apresenta fotos de Albert Henschel, fotógrafo alemão que se estabeleceu em Pernambuco tornando-se um dos primeiros profissionais da área no século XIX. Entre anúncios em busca de escravas, esta produção, quase uma assemblage, propõe num misto de caos e azulejaria de influência portuguesa (encontrada na época em construções de São Luiz do Maranhão e algumas cidades do Nordeste) resgatar num flash, mais esta injustiça e desvantagem histórica da mulher negra no Brasil.


Drª Vera Lúcia Laranjeira Manoel” - Obra do artista e curador Celso Parubocz - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

Homenagem a Drª Vera Lúcia Laranjeira Manoel, Advogada da Cidade de Ponta Grossa, responsável pela manutenção do Clube Literário 13 de maio em Ponta Grossa, bem como a preservação da mais antiga Manifestação Cultural de nossa Cidade: O Carnaval. O artista vê
na imagem desta Mulher Guerreira um símbolo de que não podemos deixar a vitimização tomar conta dos nossos jovens, precisamos sim motivá-los a lutar para adquirirem sempre mais qualidade de Vida e um Mundo melhor.


Babuszka Santa Escrava Anastácia” - Obra do artista e curador Eloir Jr. - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 90x60cm, ano 2018.

Dentro de sua assinatura artística, as tradicionais matrioszkas e Babuszkas, o artista retrata um ícone da fé e da cultura afro-brasileira.
Cultuada como santa e heroína, a escrava Anastácia é considerada uma das mais importantes personalidades religiosas negras da história escravista do Brasil. Sua existência foi um combinação de luta com bravura, resistência, doçura, beleza e fé. Em versões populares e antigas escritas ou registros, narram sobre uma bela mulher negra de olhos azuis, que não cedeu aos apelos sexuais de seu senhor e, por isso, foi estuprada e recebeu a mordaça de folha de flandres e a gargantilha de ferro. Anastácia nasceu em 12 de maio de 1740, viveu na Bahia e em Minas Gerais e foi levada ao Rio de Janeiro, sua data e local de morte são incertos, mas sabe-se que seus restos mortais encontram-se na Igreja do Rosário no centro da capital fluminense. A luta de Anastácia contra a escravidão e assédios transformou-se em exemplo e até hoje sua força inspira a fé de milhares de devotos que comemoram seu dia em 12 de maio.


Uma Cabeça Cheia de Cores” - Obra da Artista, Professora e Colunista Katia Velo - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

"Não sou livre enquanto outra mulher for prisioneira, mesmo que as correntes dela sejam diferentes das minhas."Com a frase da escritora americana Audre Lorde, Marielle encerrou o encontro com as mulheres do movimento, Jovens Negras Movendo as Estruturas, um pouco antes de ser assassinada com quatro . O preconceito já traduz a incapacidade de compreender o outro. Preconceito (pré-conceito) opinião, julgamento, análise sem conhecimento. Violência só gera violência, redundante, mas fatídico. Qualquer intervenção em um momento crítico pode ser necessária, mas não resolve o que a motiva. No Brasil, o desemprego, a miséria, a desigualdade social, o descaso com a educação, a falta de oportunidade e a roubalheira sem precedentes dos políticos, nos conduz a um pensamento coletivo do tipo “se eles fazem, por que eu também não posso?”. Não adianta só construir mais presídios, colocar mais policiais (ou soldados) nas ruas, criar mais leis. Você até pode tentar estancar o sangue colocando um torniquete, mas o problema continua e só vai piorar. Os próximos passos: amputação e, consequentemente, morte. Devemos e podemos mudar! Que a justiça, igualdade e oportunidade possam ser a tríade do nosso Brasil! Não importa a cor, cargo, opção sexual, sexo, religião, um crime é um crime! Preconceito é crime! Basta!


Selma Alves” - Obra da Artista Kézia Talisin – Trabalho em acrílica e colagem de papel sobre tela, com de 88x75 cm, ano 2018
A tela "SELMA ALVES" foi inspirada nesta personalidade natural de Nova Esperança-PR, residente em Paranaguá desde 1990, que após a realização na profissão de magistério, foi em busca do sonho de menina negra e pobre - "uma escola cheia de crianças". Há dez anos as primeiras realizações do projeto em meio a inúmeras dificuldades começaram a se concretizar. Hoje, o Colégio atende 450 alunos do maternal ao ensino médio, 42 funcionários efetivos e 10 indiretos. Superando o desafio de aceitar-se e acreditar em si mesma, além do preconceito, racismo e descrédito.


Miss Brasil 2016, Raissa Santana” – Obra da artista e arquiteta Luciana Martins - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

Em spatulée, entre sutis faturas plásticas e o próprio gestual, evidencia-se um pantone de verdes, onde a artista e arquiteta Luciana Martins, faz surgir a rainha da beleza negra nacional, Raissa Santana, representando o Estado do Paraná, foi eleita a miss Brasil 2016, é escolhida por Luciana, para exaltar o encanto das afrodescendentes que aqui se eternizam.
Raissa Oliveira Santana, nasceu em Itaberaba-BA em 06/07/1995, aos seis anos mudou com sua família para Umuarama no Paraná, onde reside até hoje. Raissa se tornou a segunda mulher negra a ser eleita nacionalmente como Miss, depois de exatos 30 anos da vitória da gaúcha Deise Nunes.


Quarto de Despejo” - Obra do artista Luiz Felix - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

O gestual contemporaneo do artista, com desenhos de linha, hachuras e aguadas de cor, ilustram a conceituada escritora negra, Carolina Maria de Jesus e sua obra, Quarto de despejo: Diário de uma favela.
Carolina Maria de Jesus (1914/1977) nasceu em uma família extremamente pobre, trabalhou desde muito cedo para auxiliar no sustento da casa. Com isso, acabou não frequentando a escola, além de dois anos. Mudou-se para São Paulo, indo morar na favela, para sustentar a si e seus filhos, tornou-se catadora de papel. Guardava alguns desses papéis, para registrar seu cotidiano na favela, denunciando a realidade excludente em que viviam os negros. Em 1960, foi descoberta pelo jornalista Audálio Dantas, que conheceu seus escritos. Assim, ela escreveu o livro Quarto de Despejos, que vendeu mais de 100 mil exemplares.
Tornou-se uma escritora reconhecida, particularmente fora do país, sendo incluída na antologia de escritoras negras, publicada em 1980 pela Randon House, em Nova York. (Fonte: GGN, o Jornal de todos os Brasis)


Black Power” – obra do artista Marcio Prodocimo - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

Com figuração ímpar e muito própria de sua assinatura artística, Márcio Prodócimo ilustra o seu cenário pictórico da pop art, e nesta linguagem o artista cria a obra que homenageia as mulheres negras da música brasileira.
O poder e a força da madeixa negra cultuada no Brasil a partir da década de 1970, é minuciosamente elaborada em notas musicais.


Escravas do Consumo” - obra do artista e designer Oswaldo Fontoura Dias - Trabalho em acrílica e mista sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

A conscientização em questões de responsabilidade social e sustentabilidade são contextos foco no labore do artista e designer Oswaldo Fontoura Dias, que utiliza em suas obras diversos materiais recicláveis. Neste trabalho, o artista integra embalagens cobertas em acrílicas sobre prancha rígida, a figura de uma mulher negra, censurada com um código de barras na face, nos propondo a reflexão do consumo de uma sociedade escravocrata do Brasil colonial.


Todas” – Obra da artista Raquel Frota - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

De forte impacto gestual e visual, entre camadas de tintas e vestígios pictóricos, a artista Raquel Frota batiza sua obra com signos e nomes próprios de dezessete personalidades negras que contribuíram para a história nacional brasileira. Entre Dandara, rainha dos Palmares e Anastácia ícone da fé, Carolina Maria de Jesus, a escritora, Zeferina e Maria Felipa, Adelina, Marielle entre outras, estão os martírios e as lutas, conquistas e méritos, bem como a expressão cultural e conhecimentos conquistados por estas negras mulheres, dignas Ahosi do reino de Daomé.


Ama de Leite” – Obra da artista Tania Leal - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.


O Universo feminino é o tema pictórico preferido da artista Tania Leal, nele se encontra suas belas figurações, e nesta obra “Ama de Leite”, a artista exalta a doçura, a beleza e o aleitamento materno que as mulheres negras nutriam aos filhos da sociedade branca. Na história da colonização brasileira, os próprios colonizadores europeus, não viam a amamentação em sua cultura, como uma atividade nobre a mulher branca. Recorreram de início as índias que aqui habitavam, e tão logo foram culturalmente rejeitadas, sendo as mulheres negras escravizadas, as mais capazes para amamentarem e cuidarem de seus filhos. E durante este período de colonização, as escravas negras com ou sem filhos, eram comercializadas para este fim. 

Panorama Expositivo
Casa da Cultura de Colombo-PR - Imagem: Divulgação

Crédito: Carla Schwab 

Crédito: Carla Schwab

Crédito: Carla Schwab

Crédito: Carla Schwab

Crédito: Carla Schwab

Crédito: Carla Schwab

Crédito: Carla Schwab

Crédito: Carla Schwab










Logo divulgação

16ª SEMANA NACIONAL DE MUSEUS
Promovida pelo IBRAM (Instituto Brasileiro de Museus)
Quinze artistas curitibanos, coordenados pelos artistas visuais Eloir Jr. e Carla Schwab, apresentam a exposição coletiva ”A CONTRIBUIÇÃO HISTÓRICA DA MULHER NEGRA NO BRASIL”, no Espaço Cultural IPO. A mostra busca resgatar esta memória cultural que enriquece há séculos a expressão negra.
Conheça os artistas participantes e o conceito de suas obras:


Nossa Senhora Aparecida” - Obra da artista Ana Lectícia Mansur – Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
Entre aguadas e camadas de tintas que compõem um fundo absoluto e contemporâneo, a artista faz surgir a padroeira da fé brasileira na mais privilegiada das linguagens artísticas, a arte naïf. Nossa Senhora Aparecida, a mãe negra do Brasil vestida em túnica exclusivamente criada pela artista na cor vermelha, é devocionalmente agraciada na obra de Ana Lectícia Mansur, cujo trabalho artístico culmina com o tricentenário do encontro da imagem pelos pescadores Domingos Garcia, Felipe Pedroso e João Alves.


A Benzedeira” - Obra do Artista e caricaturista Ari Vicentini - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

A obra retrata uma representante de comunidade afrodescendente do Feixo, na Lapa-PR
Mesmo com o avanço da medicina no século XXI e o surgimento de novas técnicas de tratamento farmacológico, ainda há pessoas que procuram o aconchego e as rezas destas magas das comunidades negras.
A fé e a crença popular munem estas pessoas a procura destas tradicionais mulheres que resistem ao tempo e conseguem manifestar sua divindade através de gestos, ações, conhecimento sobre ervas medicinais, simpatias e a própria oralidade sagrada que é proferida a quem necessita. Há um respeito histórico e popular ao dom recebido e oferecido, e ainda maior de quem vai em busca de uma cura.


ZEZÉ MOTTA-Senhora Liberdade” – Obra da Artista e poeta Bia Ferreira - Trrabalho em óleo e mista sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

A obra criada por Bia Ferreira, retrata a grande atriz brasileira Zezé Motta, resgatando na técnica mista e óleo sobre tela, um pouco da trajetória desta importante ícone da teledramaturgia brasileira.
Maria José Motta de Oliveira, conhecida como Zezé Motta, é considerada uma das atrizes mais importantes da Teledramaturgia brasileira. Começou a carreira em 1967, estrelando a peça “Roda-Viva” de Chico Buarque. Em 1969 atuou em “Fígaro, fígaro”, “Arena canta Zumbi” e “A Vida escrachada de Joana Martini e Baby Stompanato”. Em 1974, atuou em “Godspell” e em 1999 participou do filme “Orfeu”. A carreira de cantora teve início em 1971, em casas noturnas paulistas. De 1975 a 1979, lançou três LPs. Nos anos 1980, lançou mais 03 discos. Como cantora destacou-se com a música “Senhora Liberdade”. Ganhou vários prêmios pela atuação no cinema e na televisão, mas seu ápice foi desempenhando o papel de “Chica da Silva”, tanto no cinema, como, mais tarde, na televisão. Além disso, participa esporadicamente de discussões sobre o papel dos negros na teledramaturgia.


Origem” - Obra da artista visual e orientadora de artes Carla Schwab - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 90x80cm, ano 2018.

Tramas e Rendas compõem a assinatura artística da artista e orientadora de Artes Carla Schwab, e dentro deste milenar trabalho manual, a artista faz surgir a identidade negra, a beleza, sutileza e toda a “Origem” de hábitos e costumes de centenas de tribos africanas que influenciaram a cultura brasileira. A policromia rendada por pincéis, evidencia as características de um gigante continente, multifacetado pela riqueza e detalhamento das tramas que emolduram o rosto de impactante beleza negra.


Peito Preto” - Obra da Artista Cecifrance Aquino - Trabalho em acrílica e mista sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

A cultura materna europeia estabelecida no Brasil no século XIX, tão pobre de amor e conhecimento, escolhe como modelo ideal utilizar-se de amas africanas, trazidas para amamentar os filhos das damas e cuidar deles. A mãe via a maternidade como um fardo indigno que atrapalhava o que lhe cabia: o bom gerenciamento da casa. Escravas eram vendidas como amas e seus próprios bebês ignorados. Logo o negócio de amas-de-leite tornou-se altamente rentável...E com a abolição logo surgiram as babás... século XX, afrodescendentes, mal pagas, sem vínculo empregatício , doando suas vidas na criação de filhos alheios: escravas contemporâneas? A obra em questão apresenta fotos de Albert Henschel, fotógrafo alemão que se estabeleceu em Pernambuco tornando-se um dos primeiros profissionais da área no século XIX. Entre anúncios em busca de escravas, esta produção, quase uma assemblage, propõe num misto de caos e azulejaria de influência portuguesa (encontrada na época em construções de São Luiz do Maranhão e algumas cidades do Nordeste) resgatar num flash, mais esta injustiça e desvantagem histórica da mulher negra no Brasil.


Drª Vera Lúcia Laranjeira Manoel” - Obra do artista e curador Celso Parubocz - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

Homenagem a Drª Vera Lúcia Laranjeira Manoel, Advogada da Cidade de Ponta Grossa, responsável pela manutenção do Clube Literário 13 de maio em Ponta Grossa, bem como a preservação da mais antiga Manifestação Cultural de nossa Cidade: O Carnaval. O artista vê
na imagem desta Mulher Guerreira um símbolo de que não podemos deixar a vitimização tomar conta dos nossos jovens, precisamos sim motivá-los a lutar para adquirirem sempre mais qualidade de Vida e um Mundo melhor.


Babuszka Santa Escrava Anastácia” - Obra do artista e curador Eloir Jr. - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 90x60cm, ano 2018.

Dentro de sua assinatura artística, as tradicionais matrioszkas e Babuszkas, o artista retrata um ícone da fé e da cultura afro-brasileira.
Cultuada como santa e heroína, a escrava Anastácia é considerada uma das mais importantes personalidades religiosas negras da história escravista do Brasil. Sua existência foi um combinação de luta com bravura, resistência, doçura, beleza e fé. Em versões populares e antigas escritas ou registros, narram sobre uma bela mulher negra de olhos azuis, que não cedeu aos apelos sexuais de seu senhor e, por isso, foi estuprada e recebeu a mordaça de folha de flandres e a gargantilha de ferro. Anastácia nasceu em 12 de maio de 1740, viveu na Bahia e em Minas Gerais e foi levada ao Rio de Janeiro, sua data e local de morte são incertos, mas sabe-se que seus restos mortais encontram-se na Igreja do Rosário no centro da capital fluminense. A luta de Anastácia contra a escravidão e assédios transformou-se em exemplo e até hoje sua força inspira a fé de milhares de devotos que comemoram seu dia em 12 de maio.


Uma Cabeça Cheia de Cores” - Obra da Artista, Professora e Colunista Katia Velo - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

"Não sou livre enquanto outra mulher for prisioneira, mesmo que as correntes dela sejam diferentes das minhas."Com a frase da escritora americana Audre Lorde, Marielle encerrou o encontro com as mulheres do movimento, Jovens Negras Movendo as Estruturas, um pouco antes de ser assassinada com quatro . O preconceito já traduz a incapacidade de compreender o outro. Preconceito (pré-conceito) opinião, julgamento, análise sem conhecimento. Violência só gera violência, redundante, mas fatídico. Qualquer intervenção em um momento crítico pode ser necessária, mas não resolve o que a motiva. No Brasil, o desemprego, a miséria, a desigualdade social, o descaso com a educação, a falta de oportunidade e a roubalheira sem precedentes dos políticos, nos conduz a um pensamento coletivo do tipo “se eles fazem, por que eu também não posso?”. Não adianta só construir mais presídios, colocar mais policiais (ou soldados) nas ruas, criar mais leis. Você até pode tentar estancar o sangue colocando um torniquete, mas o problema continua e só vai piorar. Os próximos passos: amputação e, consequentemente, morte. Devemos e podemos mudar! Que a justiça, igualdade e oportunidade possam ser a tríade do nosso Brasil! Não importa a cor, cargo, opção sexual, sexo, religião, um crime é um crime! Preconceito é crime! Basta!




Selma Alves” - Obra da Artista Kézia Talisin – Trabalho em acrílica e colagem de papel sobre tela, com de 88x75 cm, ano 2018
A tela "SELMA ALVES" foi inspirada nesta personalidade natural de Nova Esperança-PR, residente em Paranaguá desde 1990, que após a realização na profissão de magistério, foi em busca do sonho de menina negra e pobre - "uma escola cheia de crianças". Há dez anos as primeiras realizações do projeto em meio a inúmeras dificuldades começaram a se concretizar. Hoje, o Colégio atende 450 alunos do maternal ao ensino médio, 42 funcionários efetivos e 10 indiretos. Superando o desafio de aceitar-se e acreditar em si mesma, além do preconceito, racismo e descrédito.


Miss Brasil 2016, Raissa Santana” – Obra da artista e arquiteta Luciana Martins - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

Em spatulée, entre sutis faturas plásticas e o próprio gestual, evidencia-se um pantone de verdes, onde a artista e arquiteta Luciana Martins, faz surgir a rainha da beleza negra nacional, Raissa Santana, representando o Estado do Paraná, foi eleita a miss Brasil 2016, é escolhida por Luciana, para exaltar o encanto das afrodescendentes que aqui se eternizam.
Raissa Oliveira Santana, nasceu em Itaberaba-BA em 06/07/1995, aos seis anos mudou com sua família para Umuarama no Paraná, onde reside até hoje. Raissa se tornou a segunda mulher negra a ser eleita nacionalmente como Miss, depois de exatos 30 anos da vitória da gaúcha Deise Nunes.


Quarto de Despejo” - Obra do artista Luiz Felix - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

O gestual contemporaneo do artista, com desenhos de linha, hachuras e aguadas de cor, ilustram a conceituada escritora negra, Carolina Maria de Jesus e sua obra, Quarto de despejo: Diário de uma favela.
Carolina Maria de Jesus (1914/1977) nasceu em uma família extremamente pobre, trabalhou desde muito cedo para auxiliar no sustento da casa. Com isso, acabou não frequentando a escola, além de dois anos. Mudou-se para São Paulo, indo morar na favela, para sustentar a si e seus filhos, tornou-se catadora de papel. Guardava alguns desses papéis, para registrar seu cotidiano na favela, denunciando a realidade excludente em que viviam os negros. Em 1960, foi descoberta pelo jornalista Audálio Dantas, que conheceu seus escritos. Assim, ela escreveu o livro Quarto de Despejos, que vendeu mais de 100 mil exemplares.
Tornou-se uma escritora reconhecida, particularmente fora do país, sendo incluída na antologia de escritoras negras, publicada em 1980 pela Randon House, em Nova York. (Fonte: GGN, o Jornal de todos os Brasis)


Black Power” – obra do artista Márcio Prodócimo - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

Com figuração ímpar e muito própria de sua assinatura artística, Márcio Prodócimo ilustra o seu cenário pictórico da pop art, e nesta linguagem o artista cria a obra que homenageia as mulheres negras da música brasileira.
O poder e a força da madeixa negra cultuada no Brasil a partir da década de 1970, é minuciosamente elaborada em notas musicais.



Escravas do Consumo” - obra do artista e designer Oswaldo Fontoura Dias - Trabalho em acrílica e mista sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

A conscientização em questões de responsabilidade social e sustentabilidade são contextos foco no labore do artista e designer Oswaldo Fontoura Dias, que utiliza em suas obras diversos materiais recicláveis. Neste trabalho, o artista integra embalagens cobertas em acrílicas sobre prancha rígida, a figura de uma mulher negra, censurada com um código de barras na face, nos propondo a reflexão do consumo de uma sociedade escravocrata do Brasil colonial.


Todas” – Obra da artista Raquel Frota - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

De forte impacto gestual e visual, entre camadas de tintas e vestígios pictóricos, a artista Raquel Frota batiza sua obra com signos e nomes próprios de dezessete personalidades negras que contribuíram para a história nacional brasileira. Entre Dandara, rainha dos Palmares e Anastácia ícone da fé, Carolina Maria de Jesus, a escritora, Zeferina e Maria Felipa, Adelina, Marielle entre outras, estão os martírios e as lutas, conquistas e méritos, bem como a expressão cultural e conhecimentos conquistados por estas negras mulheres, dignas Ahosi do reino de Daomé.


Ama de Leite” – Obra da artista Tania Leal - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

O Universo feminino é o tema pictórico preferido da artista Tania Leal, nele se encontra suas belas figurações, e nesta obra “Ama de Leite”, a artista exalta a doçura, a beleza e o aleitamento materno que as mulheres negras nutriam aos filhos da sociedade branca. Na história da colonização brasileira, os próprios colonizadores europeus, não viam a amamentação em sua cultura, como uma atividade nobre a mulher branca. Recorreram de início as índias que aqui habitavam, e tão logo foram culturalmente rejeitadas, sendo as mulheres negras escravizadas, as mais capazes para amamentarem e cuidarem de seus filhos. E durante este período de colonização, as escravas negras com ou sem filhos, eram comercializadas para este fim.


PANORAMA EXPOSITIVO - ESPAÇO CULTURAL IPO


 






Serviço:
Exposição “A Contribuição Histórica da Mulher Negra no Brasil”
De: 13/05 a 14/06/2018 - Horário Livre
Local: Espaço Cultural IPO
Endereço: Rua Goiás, 60 - Água Verde
Térreo
41 – 3314-1500
Curitiba-PR
Entrada franca