quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Raimundos relembra sua história em duas noites históricas

Imagem: Divulgação

Gravação do Acústico aconteceu em Curitiba, nos dia 17 e 18 de novembro, e contou com participações de Dinho Ouro Preto, Ivete Sangalo, Alexandre Carlo (Natiruts), Marcão (Charlie Brown Jr.) , Oriente e Fred Castro

Desde que foi anunciada, em julho, a gravação do Acústico, gerou grande expectativa nos fãs: qual será o repertório? Como serão os arranjos? Como a banda vai transportar o peso de suas canções e a energia de suas performances ao vivo para versões acústicas? E a expectativa só crescia a cada detalhe dos ensaios que era divulgado, a participação do público na escolha do repertório e os convidados especiais. O público participou ativamente da votação na internet e entre as 10 canções selecionadas não podiam faltar “Puteiro em João Pessoa” e “Esporrei na Manivela”.

Imagem: Divulgação


E, finalmente, chegou a hora! Nos dias 17 e 18 de novembro, fãs de todo o país lotaram o Teatro Positivo, em Curitiba, para ver de perto mais um capítulo da história de um dos maiores expoentes do rock nacional. E assim que a banda pisou no palco, a platéia foi ao delírio. E a cada acorde, riff, refrão e imagem exibida no enorme painel de Led assinado por Jodele Larcher, era visível a completa interação entre banda e público. Essa completa comunhão transformou as duas noites de gravação em uma inesquecível celebração, fazendo com que todos se emocionassem e os fãs se sentissem parte essencial nessa história. Foi um momento para realmente ficar na história dos "mininus" de Brasília.

Acompanhados por Marcão, ex-guitarrista do Charlie Brown Jr, no violão, Jorge Bittar, no piano, e Renato Azambuja, na percussão, os Raimundos abriram o show com"Gordelícia", do álbum Cantigas de Roda. Os novos arranjos para os antigos sucessos dos Raimundos também foram enriquecidos com a participação de Alexandre Brasolim e Juliane Weingartner (violinos), Samuel Pessatti e Péricles Gomes (cellos), Felippe Pipeta (trompete), Pedro Vithor (sax barítono) e Will (trombone).

Ao contrário do que se espera de um acústico, o público pulou do começo ao fim nas duas noites. Afinal isso aqui é Rock 'n'Roll! Na sequência  “Palhas do Coqueiro”, “O Pão da Minha Prima” e “Papeau Nuky Doe”. O repertório, que mesclou canções de todas as fases da carreira dos Raimundos,  também contou com “Rapante”, “Sereia da Pedreira”, “El Mariachi”, "Opa Peraí Caceta" e “Nega Jurema”.
Rick, filho mais velho de Digão, participou de  "I Saw You Saying". Ao ver o filho ao piano, Digão não conteve a emoção e foi às lagrimas nas duas noites de gravação. Outro momento marcante foi a participação de Fred Castro, baterista da formação original, em "Selim" e "Cintura Fina". Apesar de mais tranquilo na segunda noite, a emoção dele e dos ex-companheiros de banda era visível.
Os outros convidados se dividiram nas duas noites de apresentação. Na primeira noite, a banda Oriente, de Niterói, dividiu o palco com os Raimundos em "Dubmundos" e incendiou o teatro com muita energia. Em "Liberdade de Expressão" foi a vez de Alexandre Carlo (Natiruts) subir ao palco e emocionar os fãs com seu timbre de voz marcante.

No dia 18, Dinho Ouro Preto cantou "Mulher de Fases", faixa constante no repertório dos shows do Capital Inicial. A participação que mais gerou expectativa foi a de Ivete Sangalo. A cantora baiana foi só elogios à banda e esbanjou simpatia em "Baculejo" e "A Mais Pedida". Ivete ainda se arriscou na bateria em uma jam e ganhou a todos com seu carisma.
Nem as repetições, comuns em gravações ao vivo, esfriaram os fãs. Muito pelo contrário! Cada repetição era encarada com um bis, um presente, e o público participava de forma entusiasmada.
Para fechar as duas noites, a banda escolheu as pesadas – e mais votadas pelo público -  “Puteiro em João Pessoa”, “Esporrei na Manivela” e “Eu Quero Ver o Oco”. Mas, mesmo deixando as distorções e guitarras de lado, as versões acústicas mantiveram o peso característico das canções e da banda ao vivo.


O Acústico, que tem lançamento previsto para o primeiro trimestre de 2017, pela Som Livre, traz a alma de uma banda, suas canções e seu público. A alma de uma banda que não entrega os pontos e se reinventa a cada novo trabalho. Uma banda que tem lugar de honra na história do rock nacional e nos corações de seus fãs.

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