terça-feira, 3 de maio de 2022

Exposição Silêncios revela em traços e cores as incertezas que o período de confinamento trouxe às pessoas

 

Crédito: Divulgação

Por Emanuelle Spack

Os últimos dois anos foram diferentes e inconstantes, pois a pandemia trouxe muitas mudanças e circunstâncias incertas para todos nós. Há pessoas que continuaram na ativa incansavelmente e há aquelas que se beneficiaram desse período para estudar, refletir, mudar algo em si, exercer outras atividades que até então não exerciam, e assim por diante. A exposição coletiva Silêncios revela um pouco disso, ela propõem uma reflexão sobre o período de confinamento. Essa produção foi desenvolvida nesses últimos dois anos, momento em que os artistas buscaram na arte o refúgio para passar esse período tão difícil. Ela constituiu-se no lar e traz para o visitante a perspectiva de um olhar contemplativo sobre objetos afetivos ao redor da casa. Está aberta para visitação no Espaço de Arte Francis Bacon até o dia 27 de maio.

Mais de 20 pinturas sobre tela, 10 colagens e uma instalação com mais de 50 desenhos e aquarelas de tamanhos variados compõem o ambiente que tem a curadoria do professor de pintura e desenho do Museu Alfredo Andersen, em Curitiba, Luiz Lavalle. Ele explica que para idealizar essa mostra foram estudados vários artistas contemporâneos que exploram a temática da casa, entre eles o artista curitibano João Paulo de Carvalho, que foi usado como referência nos trabalhos. “A exposição corresponde à produção dos artistas do ateliê do Museu Casa Alfredo Andersen, sob minha orientação no período pandêmico. As produções correspondem a pinturas de médio e pequeno formato, em suma monocromáticas, desenvolvidas a partir de cenas de interiores, em torno da casa e objetos afetivos, retratando a ausência, o silêncio e a transitoriedade do tempo.”

Essa exposição se enquadra no contexto da arte contemporânea porque explora suportes diferentes, além da pintura tradicional, como colagens, desenhos, poesias, anotações e uma instalação coletiva de grandes dimensões. E a mensagem que o grupo de artistas quer transmitir revela muito mais do que os olhos podem ver. “Essas obras refletem o universo pessoal de cada artista, suas incertezas, medos, crenças e também a esperança em dias melhores. A exposição é como um grande diário coletivo aberto e desmembrado, propondo uma visão otimista de mundo, onde o coletivo e a arte são fundamentais para o desenvolvimento humano”, finaliza Lavalle.

Artistas:

Adriana Joaquim

Andrea Gotti

Anna Petraglia

Claudete Farhat

Graciela Scandurra

Graziela Borche

Káthia Coelho

Miriam Saad

Nori Roseira

Regina J. Oleski

Rosângela Soares Pinto

Sissi Kleuser

Sônia M. Romaniuk

Sobre o curador:

Lavalle é graduado em Educação Artística com habilitação em Artes Plásticas pela FAP. Tem pós-graduação em Artes Visuais pelo SENAC. É professor de pintura e desenho no Museu Alfredo Andersen. Como artista visual, pesquisa as linguagens da pintura, desenho e fotografia.

Serviço

Exposição Silêncios

Local: Espaço de Arte Francis Bacon – Ordem Rosacruz (AMORC)

Endereço: Rua Nicarágua, 2620 - Bacacheri - 82515-260 - Curitiba, Paraná.

Entrada: Franca

Data: até 27 de maio de 2022.

Horário: de terça a sexta-feira das 13h30 às 17h. O Espaço não abre nos feriados.




Crédito: Divulgação



Espaço Cultural do Hospital IPO inaugura a exposição Camaleão, do artista Sérgio Pires

 

Créditos: Carla Schwab e Ana Lecticia Mansur


A mais recente produção de Sérgio Pires é livre de regras do passado. Leda, mãe de Helena de Tróia, em nova Ilíada. Botticelli, em “O Renascimento de Vênus”. Os sete, tão antigos quanto a humanidade, pecados capitais. Um artista camaleão – versátil, adaptável e submisso à água – interpreta em aquarela temas e obras clássicas e as apresenta impressas em acrílico, unindo, nesta mostra, tradição e contemporaneidade.

Sérgio cria e aquarela como sente. Suas criações também saem do papel e passeiam por raquetes, mochilas e malas de bordo. A arte produzida hoje, acompanhando nossa forma de pensar, pode incorporar novas ideias, ações e materiais em sua produção.

Sérgio Póvoa Pires é arquiteto e urbanista formado pela Universidade Federal do Paraná. Com especialização em Planejamento Urbano na Alemanha e em Qualidade e Produtividade no Japão, exerce diversos ofícios, entre eles o de professor, consultor e palestrante internacional. Como designer de joias, já foi premiado em vários concursos. Começou sua carreira aos cinco anos, desenhando e pintando. Camaleão, virou aquarelista.

Ana Lecticia Mansur artista plástica e curadora


Serviço:


Artista Sérgio Póvoa Pires

Exposição “Camaleão”

De 28 de abril à 25 de julho de 2022

Curadoria de Ana Lecticia Mansur e Carla Schwab

Espaço Cultural IPO

Rua Goiás, 60 – Água Verde - Curitiba-PR

Térreo

Entrada franca



Créditos: Carla Schwab e Ana Lecticia Mansur