Imagem: Divulgação
Box, que também celebra os 100 anos do Samba,
estará disponível a partir de 25 de novembro em lojas físicas e digitais, além
de plataformas de streaming
Se Assoprar, Posso Acender de Novo, cantava
Adoniran Barbosa na música “Já Fui Uma Brasa”, lançada no final de sua
carreira, quando os ritmos da Jovem Guarda ameaçavam tomar o lugar do samba no
cenário musical brasileiro.
E Adoniran estava certo! Sua brasa foi assoprada e
acendeu de novo em 2016, quando Cassio Pardini, produtor de cinema e sócio da
Latina Estudio, encontrou um legado inédito com partituras nunca antes
musicadas do cantor e paulista. O produtor musical Lucas Mayer, do selo
DaFne Music, então deu vida à obra, por meio de um mergulho no universo do
Adoniran.
A partir daí surge o disco e DVD “Se Assoprar,
Posso Acender de Novo”, que apesar de utilizar como título o verso de uma
música que Adoniran cantava ao final de sua vida, reúne somente canções
inéditas. São 14 faixas interpretadas por importantes e ecléticos ícones da
música brasileira. Junto com as mídias lançadas, está no ar o portal www.adoniranbarbosa.com.brque reúne todas as novidades
oficiais do cantor e compositor.
“Fico muito feliz ao ver, finalmente, gravadas as
músicas que estão editadas desde 1990, logo após o Juvenal Fernandes, grande
amigo do meu pai, me procurar com muitos papeizinhos rabiscados com a letra
inconfundível do Adoniran”, afirma a filha Maria Helena Rubinato Rodrigues de
Sousa sobre a autenticidade das obras inéditas do pai.
"Tinha a expectativa de encontrar apenas uma
partitura, mas me surpreendi com essa incrível quantidade de composições.
Quando o Lucas as musicou, ficamos encantados e surpresos com a qualidade da
obra”, confessa Pardini, que assina a produção do DVD.
No dia 25 de novembro, em meio às comemorações de
100 anos do samba, será lançado o box “Se Assoprar, Posso Acender de Novo” com
CD e DVD, pois o pai do samba paulista não poderia ficar de fora dessa
homenagem. O produto, disponível apenas em formato de combo, poderá ser
encontrado em lojas físicas e digitais pelo Brasil, bem como em todas as
plataformas de streaming.
“O álbum não é apenas um disco de Samba”, afirma
Lucas Mayer. Mas, como assim? Isso por que o intérprete do personagem paulista
João Rubinato não era apenas um compositor de Samba. “Suas poesias e crônicas
falam de uma São Paulo em constante mudança com uma linguagem muito simples e
tocante, que o fez transitar facilmente por diferentes públicos, e a superação
é um tema muito recorrente nessas canções”, explica Pardini. O artista encarava
sua cidade como algo miscigenado e em tudo enxergava estórias, mesmo das coisas
mais simples como sovar uma massa de pizza, ou de uma menina que passava por
ele em uma fila da lotação.
Esse disco é sobre o que ele escrevia e como
os artistas enxergam essas poesias com seus próprios olhos e ouvidos. “Meu
papel foi roupar aquilo que saía pronto nas vozes de cada um, de cada
interpretação que surgia daquelas frases do grande cronista”, finaliza Lucas.
***confira o vídeo teaser do projeto***
O DVD captura as gravações em estúdio de todas as
faixas do disco e é uma codireção de Lucas Mayer (DaFne Music) e Pedro Serrano.
Este último escreveu e dirigiu o premiado curta “Dá Licença de Contar”, baseado
em personagens e locais célebres narrados em algumas das músicas do Adoniran.
Foi a bem sucedida experiência desse projeto, entre os festivais e a crítica
audiovisual, que incentivou a procura pelo acervo inédito do Adoniran. O
resultado disso é uma plataforma em celebração ao artista que inclui, além do
CD/DVD, um documentário biográfico e longa-metragem de ficção com lançamento
previsto para 2017 e uma exposição do Acervo particular da família de Adoniran,
todos esses trabalhos sob responsabilidade da Latina Estudio. Os fãs poderão
acompanhar novidades sobre todos esses projetos no portal www.adoniranbarbosa.com.br
O disco se tornou uma miscigenação musical:
levou-se em consideração ritmos musicais admirados pelo compositor como tango,
valsa e bolero, juntamente com a influência dos próprios artistas convidados,
que trouxeram identidade própria ao disco.
Ney Matogrosso, Criolo, Fernanda Takai, Kiko
Zambianchi, Criolo, Liniker, Simoninha e a dupla folk Versos Que Compomos na
Estrada são alguns dos intérpretes que fizeram a obra de Adoniran se aventurar
por outros caminhos.
Logo na faixa um do disco, uma boa surpresa,
Fernanda Takai e Leo Cavalcanti, tocando juntos pela primeira vez e a
participação mais que especial de Seu Cléusio, cavaquista do grupo Talismã,
último conjunto que acompanhou Adoniran no final de sua carreira.
Criolo, que prontamente escolheu a música "Até
Amanhã", talvez por tratar-se de uma crítica social, passeia pelo samba,
trazendo identidade a sua interpretação.
A última faixa é a única totalmente instrumental e
une Lulinha Alencar, Nicolas Krassik e Gabriel Selvage, fazendo um gipsy jazz
manuche gravado ao vivo! Além das interpretações, essas músicas retomam
importantes parcerias entre Adoniran e compositores que, ao lado do poeta,
foram essenciais para a cultura musical brasileira como Pepe Ávila, Paulinho
Nogueira, Zaé Junior, Antonio Rago, entre outros.
“O Ney cantou de uma forma dramática e única, e fez
de "Passou" uma canção que também foi sua. Por telefone ele
me disse: Lucas, quero cantar essa música muito mais lento do que você me
mostrou. Baixamos então 60bpms e depois ainda mais 8 na hora de gravar. De um
samba alegre fomos a um tango que com a interpretação do Gabriel Selvage no
violão de 7 cordas, traz lágrimas aos olhos de quem ouve. Mas como o próprio
Ney afirmou: não é uma canção triste, é uma canção de superação. E dessa superação
vem a beleza", comenta Lucas Mayer produtor do disco e que também assina a
direção do DVD.
Ficha técnica
CD: produzido por Lucas Mayer nos estúdios
DaHouse (SP), Plugin (SP), S de Samba (SP) e Sonido (RJ). Mixado por Niper
Boaventura e masterizado por Rodrigo Deltoro no DaHouse Studio em São Paulo.
Produção executiva de Cassiano Derenji.
DVD: produzido por Latina Estudio. Codireção:
Lucas Mayer e Pedro Serrano. Produção: Cassio Pardini e Claudio Cao Quintas.
Produção Executiva: Iris Fuzaro. Câmeras: David Rosseto, Lucas Mayer, Pedro
Serrano e Iris Fuzaro. Edição e finalização: David Rosseto e Gabriel Peixoto.
MÚSICOS QUE FIZERAM ESTA OBRA POSSÍVEL
André Bachur: bandolim em NINGUÉM PODE NEGAR e SÓ
VIVO DE NOITE.
Bruno Serroni: violoncelo em PASSOU.
Cassiano Derenji: palmas em ATÉ AMANHÃ.
Cléusio de Oliveira: cavaquinho em O ROSTINHO DE
MARIA.
Deka Silva: pandeiro, cavaquinho e violão em FOI NA
MOSCA e cavaquinho em ATÉ AMANHÃ.
Diego Calderoni: trombone em O ROSTINHO DE MARIA,
NINGUÉM PODE NEGAR, O BARZINHO, SÓ VIVO DE NOITE, PROCISSÃO DE AMOR, O SOL E A
LUA e FOI NA MOSCA.
Dilson Laguna: guitarra em O BARZINHO e FOI NA
MOSCA.
Iris Fuzaro: coro em RECEITA DE PIZZA e
ENCALACRADO.
Fred Penteado, Sergio Barba e Alysson Bruno:
percussão em ENCALACRADO.
Gabriel Selvage: violões e arranjos de violões em O
ROSTINHO DE MARIA, PASSOU, NINGUÉM PODE NEGAR, SÓ VIVO DE NOITE, RECEITA DE
PIZZA, MESSIAS, O SOL E A LUA e ENCALACRADO.
Kabe Pinheiro: percussão em O ROSTINHO DE MARIA,
PASSOU, NINGUÉM PODE NEGAR, O BARZINHO, SÓ VIVO DE NOITE, PROCISSÃO DE AMOR,
RECEITA DE PIZZA e ATÉ AMANHÃ.
Lívia Humaire: coro em ENCALACRADO.
Letycia Oliveira coro em ENCALACRADO, NINGUÉM PODE
NEGAR e O BARZINHO.
Lucca Zambonini: trompas em NAQUELE TEMPO.
Luiza Caspary e Alana Moraes: coro em NINGUÉM PODE
NEGAR e O BARZINHO.
Lulinha Alencar: acordeon em PASSOU, O MUNDO VAI
MAL, RECEITA DE PIZZA, MESSIAS e NAQUELE TEMPO.
Markus Thomas: arranjos vocais em todas as canções
e violões em PROCISSÃO DE AMOR e NAQUELE TEMPO.
Maurício Pazz: cavaquinho e violão tenor em
ENCALACRADO.
Meno Del Picchia: contrabaixo em PASSOU e NINGUÉM
PODE NEGAR.
Michel Lima: arranjo de harmonia e Rhodes em FOI NA
MOSCA.
Nahor Gomes: trompete e flugel em O ROSTINHO DE
MARIA, O BARZINHO, SÓ VIVO DE NOITE, FOI NA MOSCA e ATÉ AMANHÃ.
Nicolas Krassik: violino em PASSOU, RECEITA DE
PIZZA, MESSIAS e NINGUÉM PODE NEGAR e assovio em NINGUÉM PODE NEGAR.
Niper Boaventura: coro em RECEITA DE PIZZA e palmas
em ATÉ AMANHÃ.
Paulinho Silva: percussão em NINGUÉM PODE NEGAR.
Pedro Grabriel: poesia citada por Gero Camilo em
PROCISSÃO DE AMOR.
Pedro Serrano, Cassio Pardini, Cao Quintas, Leo
Mello e Daniel Zago: coro em RECEITA DE PIZZA.
Peter Mesquita: contrabaixo em O MUNDO VAI MAL, FOI
NA MOSCA e ATÉ AMANHÃ.
Raphael Miranda: bateria em O BARZINHO.
Ricardo Perito: cavaquinho em O ROSTINHO DE MARIA,
NINGUÉM PODE NEGAR, SÓ VIVO DE NOITE e RECEITA DE PIZZA.
Tato Cunha: flautas em O MUNDO VAI MAL, NINGUÉM
PODE NEGAR, SÓ VIVO DE NOITE, RECEITA DE PIZZA, FOI NA MOSCA, NAQUELE TEMPO e
ATÉ AMANHÃ, sax em O BARZINHO e arranjo de metais em O BARZINHO, O ROSTINHO DE
MARIA e SÓ VIVO DE NOITE.
Tiganá Macedo: percussão em O ROSTINHO DE MARIA.
Ubaldo Versolato: clarinete em O ROSTINHO DE MARIA,
SÓ VIVO DE NOITE, FOI NA MOSCA e ENCALACRADO e sax em O BARZINHO, FOI NA MOSCA
e ATÉ AMANHÃ.
Vanessa Moreno: coro em NINGUÉM PODE NEGAR, RECEITA
DE PIZZA e ATÉ AMANHÃ.
Wonder Bettin: mandolin em O MUNDO VAI MAL e coro
em RECEITA DE PIZZA.
Yassir Chediak: violas em O MUNDO VAI MAL.
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