Imagem: Divulgação
Artista mineiro radicado em Porto Alegre é o único
brasileiro convidado a expor individualmente na 21ª edição do Salon
International D’Art Contemporain do Louvre. Mostra apresenta obras
inéditas da sérieMemórias, com técnica desenvolvida pelo próprio artista, aCupergrafia.
Catálogo da exposição será lançado no dia 21 de outubro, em edição trilingue
Entre os dias 20 e 22 de outubro, o artista
visual Claudio Cupertino realiza exposição individual no 21º
Salão Internacional de Arte Contemporânea de Paris, que acontece no Louvre,
no pavilhão destinado a mostras temporárias e feiras. Em Voo Diáfano
da Cupergrafia no Louvre, o artista – único brasileiro a expor individualmente
no Salão – apresenta dez obras inéditas da série Memórias, em
que utiliza a cupergrafia – técnica desenvolvida pelo próprio
artista, a partir da litografia.
Além das pinturas da série, a exposição apresenta
duas instalações/performance, em que o artista “descola” a pintura da tela
e a exibe sem suporte. Somam-se às obras, dois retratos da amiga Julia Coufal
Willms, recentemente produzidos com as mesmas técnicas. No dia 21, acontece o
lançamento de umcatálogo trilíngue (português, francês e inglês) sobre a
obra de Cupertino.
Com curadoria de Cézar Prestes, as obras
escolhidas para a exposição remetem às memórias de infância do artista e
homenageiam também o pai da aviação, Santos Dumont. Utilizando tinta acrílica e
folhas de ouro, Cupertino trabalha sobrepondo camadas de tinta para criar uma
atmosfera diáfana em suas telas. Essa técnica, que o artista nomeou de cupergrafia,
parte do processo básico da litografia e tornou-se a marca de seu trabalho. Os
elementos figurativos da série Memórias são os aviões de papel, que
remetem de uma forma lúdica e poética à infância humilde do artista, vivida no
interior de uma pequena cidade de Minas Gerais. Ao mesmo tempo, os aviões de
papel de Cupertino relacionam-se com os voos de Santos Dumont sobre Paris em
1901, quando o pai da aviação circundou a Torre Eiffel com seu dirigível. No
que diz respeito ao seu processo de trabalho, Cupertino apresenta mais uma
evolução: a pintura agora revela uma inusitada autonomia em relação à tela e
ganha vida fora dela. “Inquieto, Cupertino agora questiona a materialidade da
pintura e interage com sua criação, transformando essa pintura eventualmente em
performance. (a pintura) Pode ser exibida repousando sobre o suporte ou
centímetros à frente dele, revelando dois lados do mesmo fazer artístico –
diversos e uníssonos ao mesmo tempo, um conjunto que se funde: matéria + arte,
como corpo e espírito”, afirma o curador.
No ano que vem o artista vai ganhar um documentário
sobre sua vida e obra, com direção e produção do cineasta Matheus Ruas,
co-fundador da produtora StudioFly e documentarista do History Channel, autor
do premiado documentário Guerra do Paraguai. As cenas finais do
documentário sobre Claudio Cupertino serão gravadas em outubro, durante a
exposição em Paris, pela equipe europeia. O lançamento está previsto para o
segundo bimestre de 2018.
Claudio Cupertino nasceu em Viçosa/MG. Vive e
trabalha em Porto Alegre/RS há 12 anos.
Entre as diversas exposições de que já participou,
destacam-se: duas exibições no Salão Internacional de Arte Contemporânea do
Louvre, Bienal de Veneza, Bienal da Finlândia, ArteBasel Miami e exposição na
Sede da ONU em Nova York, onde recentemente recebeu o Prêmio Gold,
concedido pela Organização da Nações Unidas.
Sua obra é conhecida em 18 países da Europa e
também nos Estados Unidos. O artista tem peças em galerias de Nova York,
Miami, Paris, Londres, Berlim, Frankfurt, Roma e Viena, além do Brasil.
Seu interesse pela pintura começou na década de
1990, com pequenas impressões com pedras e esponjas, técnica que utiliza até
hoje. Iniciou o processo de construção de sua identidade pictórica sobre papel
e hoje pinta em tela, com a mesma poética. A cor passou a inundar as obras e
sua paleta de tons faz parte determinante da sua identidade, seja em propostas
com marcas contrastantes ou quase monocromáticas, onde a textura fala mais
alto. Inquieto, Cupertino desenvolveu uma técnica própria a partir da
litografia: a cupergrafia.
Um documentário sobre sua vida e obra está sendo
produzido e dirigido pelo cineasta Matheus Ruas, co-fundador da produtora
StudioFly e documentarista do History Channel, autor do premiado documentário Guerra
do Paraguai. O lançamento está previsto para o segundo bimestre de 2018.
Sobre o Salon International d’Art Contemporain
de Louvre
De 20 a 22 de outubro de 2017, o ART Shopping celebra a
21ª edição do Salão de Arte Contemporânea Internacional, que reúne cerca de 700
artistas e galerias de todo o mundo do mundo. Esta 21º edição é sinônimo de
mais de 10 anos de exposições. Mais uma vez, o salão afirma seu DNA:
acessibilidade para conhecer e adquirir obras de arte contemporânea de artistas
de todo o mundo. Pintura, escultura, arte digital, fotografia e arte urbana são
as linguagens apresentadas nessa edição, que deve atrair de 15.000 a 20.000
visitantes. http://www.artshopping-expo.com/
Serviço
Exposição Vôo Diáfano da Cupergrafia no Louvre,
de Claudio Cupertino
Salon International D’Art Contemporain de Paris -
Art Shopping Paris
Curadoria: Cézar Prestes
De 20 a 22 de outubro de 2017
Abertura para convidados: dia 20, sexta-feira,
das 19h às 22h
Visitação: dia 21 (sábado), das 10h à 20h e
dia 22 (domingo), das 10h à 19h
Ingressos: 10€ (inteira) / 7€ (reduzida) /
entrada franca para estudantes e menores de 12 anos
Local: Carrousel du Louvre - 99,
rue Rivoli, 75001 Paris
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