Na quinta-feira passada, dia 3 de julho, inaugurou a exposição “Influência Klimtiana”, assinada pela artista plástica Kézia Talisin. Inspirada no artista austríaco Gustav Klimt, a série busca trazer reflexões sobre a arte decorativa apresentada atualmente, com o objetivo de abrir novas possibilidades artísticas – da mesma forma feita por Klimt em sua época, que soube explorar o simbolismo decorativo.
Para criar suas composições, Kézia utilizou uma série de materiais reaproveitados como garrafas pet, tecidos variados como a chita, e embalagens de sabonete. Sob a influência de Klimt, Kézia conta que esta foi a primeira vez em que a artista utilizou tinta dourada. “Fiz uma seleção de telas de Klimt de diversas fases que mais me atraíram, e a partir delas extraí janelas do que me cativava. Deste momento, comecei a pinçar alguns ícones dos quais eu achei referência do meu trabalho, tais como o arabesco, entre outras ondulações, flores, triângulos, quadrados e retângulos”, explica a artista sobre o ponto de partida da concepção das obras.
Kézia Talisin já expôs anteriormente no Quintana Café e Restaurante, e atualmente possui um espaço fixo no local no qual os clientes podem adquirir uma série de produtos especiais feitos pela artista como canecas, imãs de geladeira, pequenas telas, entre outros. A mostra segue em cartaz até 20 de agosto, aberta todos os dias, entre 11h30 e 16 horas – horário de funcionamento normal do restaurante.
Sobre a artista
Kézia conta que o interesse pela Educação Artística começou cedo, desde a época de escola – mesmo não tendo levado em conta à época. “Até que se passaram anos e, em 2007, iniciei ‘Ateliê de Pintura – Curso de matérias e técnicas’ e não parei mais”, explica. Seu primeiro ano como artista foi repleto de experiências, até que Kézia conseguisse definir sua linha de trabalho. “Na primeira série, desenvolvi fundos geométricos e inserção de alguns ícones como flores, círculos e arabescos, utilizados até hoje no meu trabalho”, conta a artista. Kézia ingressou no grupo de arte contemporânea Art.con. desde o início de 2008, e a partir deste momentou começou a expor seu trabalho em mostras coletivas e individuais.
Sobre o Quintana
Um local que mistura cultura, arte, sustentabilidade e gastronomia saudável. Assim definimos o Quintana Café e Restaurante, espaço aberto desde 2008 que traz uma culinária repleta de alma, ingredientes saborosos, frescos e orgânicos, e um cuidado especial com todos os aspectos que este universo compreende. A casa, aberta todos os dias para o almoço e café da tarde, oferece uma mesa gastronômica com inspirações na culinária de diversas partes do mundo, entre elas a cozinha europeia, asiática, oriental e americana. Além disso, serve também um cardápio à la carte, com opções para almoço, lanches rápidos, sobremesas, entre outros. O Quintana também possui serviço de eventos e catering, que pode ser feito na casa ou externamente, em horários diversos. Assim é o Quintana, uma experiência que ultrapassa os limites do paladar.
Serviço:
“Influência Klimtiana”
de Kézia Talisin.
De 3 de julho a 20 de agosto
no Quintana Café e Restaurante. Av. Batel, 1440 – Batel – Curitiba – Paraná. Aberto todos os dias, das 11h30 às 16 horas
Telefone: (41) 3078-6044.
A Artista Kézia Talisin
Obras da Exposição Influência Klimtiana
Leitura das obras da Série Influência Klimtiana de Kézia Talisin
Em continuidade de seu trabalho onde marca sua
assinatura e referencial artístico em arabescos, a artista cria a série
“Influência Klimtiana”. Onde Gustav Klimt (1862-1918), artista austríaco que se
consagrou na arte decorativa e nos retratos femininos através de uma pintura
ornamental do estilo art noveau, servem
de total inspiração nesta mostra cultural.
“Por meio de uma linguagem contemporânea procuro trazer reflexões sobre
a arte decorativa apresentada atualmente no intuito de abrir caminhos para
novas possibilidades artísticas. Tal como Klimt que na sua época sabia explorar
bem o simbolismo decorativo”, diz a artista.
Em sua influência Klimtiana, Kézia Talisin sugere
no bidimensional, janelas pictóricas coloridas que nos convidam à um passeio
pela Viena do século XIX e início do século XX, numa seleção iconográfica e
simbolista que caracterizaram Klimt e inspira a artista no seu gestual. Tais
elementos de morfologia geométrica são uma constante nesta fase, bem como as
técnicas artísticas, porém com o uso de materiais recicláveis como tecidos e
embalagens de higiene pessoal que compõem o último plano de suas obras,
resultando em arte contemporânea com teor sustentável, mero paradoxo artístico
com Klimt em uma de suas fases entre realidade e ilusão, metáfora que sugere a
frente de seu tempo.
Outra constante neste momento de Kézia Talisin é o
uso da natureza morta através da figuração arbórea, intitulada por Gustav Klimt
como Árvore da Vida, um símbolo feminino e importante em todas as culturas, com
seus galhos em caracóis atingindo o céu e profundas raízes na terra, outra
metáfora artística em relação ao universo feminino pintado por Klimt.
Em influência Klimtiana a artista
tem como objetivo principal a apreciação do público para com uma arte
ornamental, decorativa, colorida e rica em elementos iconográficos.
Curadoria e texto: Eloir Jr.
Ass.Curatorial: Kézia
Talisin
BIOGRAFIA ARTÍSTICA
Kézia Talisin, maringaense radicada em Curitiba desde
o início da década de 1980, é artista visual pós graduada em Artes Visuais da
Cultura à Criação pelo SENAC–PR.; Educação, Desenvolvimento e Meio Ambiente
pela UFPR; Planejamento e Organização de Eventos pela UNICURITIBA e Bacharel em
Turismo pela Universidade Tuiuti do Paraná.
Atualmente é monitora docente do Curso de materiais e
técnicas de pintura na Associação Cultural Solar do Rosário, turma Professora e
Artista Visual Carla Schwab e assistente curatorial desde 2012 nas mostras do
Grupo de arte contemporânea Art.Con e Óia Nóis, do qual participa desde sua
fundação em 2008.
Em dezembro de 2012 a artista iniciou atividades em ateliê
próprio instalado no bairro Bom Retiro em Curitiba - PR.
Em
seu percurso artístico destacam-se acervos nacionais e internacionais e
exposições coletivas, individuais, instalações artísticas e salões de arte em
espaços culturais oficiais pelo Estado do Paraná e no Brasil e alguns países
europeus, dentre eles, duas exposições coletivas nas cidades francesas de Saint
Thibault des Vignes e Var-Sur-Marne.
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