Imagem: Divulgação
Trailer:
A construção
psicológica de uma assassina em massa
Não haverá
cabine trabalharemos com o link do filme.
PRESSBOOK
SINOPSE E
INTENÇÃO
Olga Hepnarováera
uma jovem, lésbica e solitária, de uma família emocionalmente distante, e que
não conseguiu desempenhar o papel que a sociedade desejava dela. Seu
comportamento paranoico e sua incapacidade de se conectar a outras pessoas
levaram-na ao limite quando ela tinha apenas 22 anos de idade. A história
daúltima mulher executada na Tchecoslováquia.
O filme mostra
o ser humano por trás da assassina em massa sem glorificar nem minimizar o
terrível crime que ela cometeu. Guiada por suas cartas, mergulhamos na psique
de Olga e testemunhamos o agravamento de sua solidão e alienação ao reconstruir
os eventos que levaram a suas ações desastrosas.
O mal faz
parte do ser humano. Embora a história se passe na década de 70, jovens de todo
mundo, hoje, ainda enfrentam problemas por não pertencer a um grupo, por serem
diferentes e são intimidados por causa de sua raça, gênero ou orientação
sexual.
EQUIPE
Direção e
RoteiroTomásWeinreb e Petr Kazda
Argumento Roman
Cílek
ProdutoresTomás
Weinreb, Petr Kazda, Vojtech Fric, Marcin Kurek, Sylwester Banaszkiewicz, Marian
Urban
Direção
de FotografiaAdam Sikora
Montagem Vojtech
Fric
Direção
de ArteAlexander Kozák
Figurino Aneta
Grnáková
Cabelo e
MaquiagemAlina Janerka
Som Richard
Müller
ProduçãoBlack
Balance, love.Frame, Media Brigade, Alef Film e Arizona Productions
Distribuição
NacionalSupo Mungam Films
ELENCO
Michalina
Olszanska como Olga
Martin Pechlát
como Miroslav
Klára
Melíšková como mãe de Olga
Marika Šoposká
como Jtika
Juraj Nvota
como Advogado Kovár
Marta Mazurek
como Alena
Zuzana Stavná
como irmã de Olga
BIOGRAFIA E FILMOGRAFIADOS DIRETORES
TomásWeinreb
(nascido em 1982) & Petr Kazda (nascido em 1978) formaram-se no Independent
Film College em Pisek e também na Film School of the Academy of Perfoming Arts
(FAMU) em Praga, respetivamente do departamento de cinema documental e roteiro.
Trabalharam juntos em muitos curtas-metragens de ficção e documentais exibidos
em vários festivais internacionais. Eu, Olga Hepnarová é o primeiro
longa-metragem da dupla e foi o Filme de Abertura da mostra Panorama do
Festival de Berlim.
Antero (2003
curta-metragem) / Story of Unborn Child (2005 curta-metragem) / Eclipse
(2016 curta-metragem) / Jan 007 (2007 curta-metragem) / Everythings is
Crap (2009 curta-metragem) / I&Me (2009 curta-metragem) / Many Men and Many
Women (2009 curta-metragem) / Playoff (2011 curta-metragem) / Eu, Olga
Hepnarová (2016)
FESTIVAIS E
PRÊMIOS
Festival du Film Subversif de Metz(Prêmio do Júri e Prêmio do
Júri Jovem)
Melbourne
International Film Festival
Reykjavik
International Film Festival
ART FILM FEST Košice(Prêmio de Melhor Atriz)
Mostra
internacional de Cinema de São Paulo
Seville
European Film Festival
Cairo
International Film Festival
Minsk
International Film Festival (Melhor Direção e Melhor Atriz)
Tarkovsky
Film Festival -Zerkalo (Grande Prêmio da Crítica Jovem)
CRÍTICAS
"Um filme
forte, perturbador, que se recusa a julgar as ações de sua protagonista"
Studio
Ciné Live
"Eu, Olga
Hepnarová é um filme pesado, mas que proporciona profundas reflexões acerca das
estruturas sociais vigentes e suas consequências."
Cinéfilos
"Eu, Olga
Hepnarová é um filme intenso, que causa desconforto e vem daísua beleza. São
desconfortos necessários. Um exercício de empatia."
Lado M
"Impactante"
O Estado
de São Paulo
"É uma
concretização da união entre a psicologia e o cinema"
Quarto
Ato
"Extraordinária
fábula em preto e branco de Tomás Weinreb e Petr Kazda."
Carta
Capital
"Biografia
austera de uma assassina em massa"
The
Irish Times
"Os
diretores deEu, Olga Hepnarovádeixam sua marca no desenvolvimento de uma
personagem tão ambígua quanto seu legado."
Cine
Festivais
"Olszanska
tem uma presença magnetizante."
Variety
"Os
diretores entregaram uma estreia excepcionalmente madura e cativante."
Cineuropa
"Através
da verdadeira história de Olga Hepnarová, o filme ilumina de forma interessante
a construção psicológica dos assassinos em massa."
Les
Fiches du Cinéma
"Michalina
Olszanska, com ares de uma Natalie Portman eslava, incorpora perfeitamente a
modernidade de controle da personagem"
Première
NOTA DOS
DIRETORES
Filmamos a
história sombria de Olga Hepnarová como um drama existencial cujo personagem
principal ousa a viver por seu próprio código moral.
É uma história
de anti-detetive, onde dizemos desde o começo que Olga Hepnarová cometeu um
assassinato múltiplo. Isto nos dá a chance de focar no nível existencial da
história e perguntar por que ela fez o que fez.
Esta dimensão
é sublinhada pelo fato do personagem de Olga Hepnarová estar em cada cena do
filme.
O filme é filmado
em preto e branco e de um modo estilisticamente simples. Não é um filme retrô,
mas uma abordagem moderna em preto e branco para uma imagem macia e cinza. Nós
focamos no personagem principal e em seu rosto, mesmo quando no decorrer da
história Olga encontra muitos outros personagens que compõem a sociedade.
O ritmo é mais
lento, a edição focada, mantendo as coisas juntas.
O que importa
na história que nos é apresentada não é o próprio ato de homicídiomúltiplo, mas
o contexto e os eventos precedentes que levaram a ele. O objetivo final da
violência e a própria forma que aconteceu assim como areivindicaçãoideológica
dada pela própria jovem ainda são importantes no mundo de hoje: "Não me
arrependo do que aconteceu na rua. Não era minha intenção matar aquelas pessoas
em particular, não me importava quem iria morrer. Era o princípio que
importava, e eu queria cumprí-lo."
Qual é a
diferença entre um jovem que atira em metade de sua escola em algum lugar da
América ou Europa, e Olga Hepnarová, uma jovem tcheca de 22 anos que dirigiu um
caminhão sobre um grupo de pessoas? Eles não experimentaram a mesmafrustração,
indiferença no seus ambientes sociais e sentimentos de alienação? Eles não são
os mesmos com seus repetidos gritos por ajuda? O destino de cada um não está
mais perto do que se pode esperar? As suas motivações não são realmente as
mesmas? Essa semelhança não prova que o caso "daquela garota com o
caminhão", como era dito na época, possui um significado alterado pelo
tempo e aplicável em qualquer lugar, permanecendo como o pão diário dos
criminologistas? Como é possível que tais casos ainda aconteçam hoje e todas as
instituições, organizações, igrejas, ciência médica avançada e psicologia,
todos mecanismos criados para prevenir acidentes falhem repetidamente?
Sem dúvida,
Olga Hepnarováera diferente. Ela cresceu tímida e tentou se manter discreta,
com cabeça baixa e seus lábios envoltos em um sorriso secreto. Era o fato de
ela ser diferente que a colocava em constante conflito com os outros. Ela ficou
distante, doente e frustrada, mas a sociedade em que vivia tinha os mesmos
atributos.
Mesmo que
nossa época seja de democracia e liberdade, fenômenos iguais parecem continuar
aparecendo. Mesmo hoje, um sentimento de melancolia persiste em toda a
sociedade. Em um ambiente relativamente próspero, existe um sentimento de
solidão e alienação no meio de cidades lotadas. Em um nível individual, os
sentimentos de ser diferente ou intimidado são perpetuados, bem como os
elementos de racismo e assédio. Não é visível que os fenômenos sociais de hoje,
como a popularidade generalizada dos animais de estimação, explicam uma
deterioração das relações interpessoais? Não é apenas uma questão de tempo até
que o próximo indivíduo ou grupo do mesmo tipo como Olga Hepnarová aparecerá?
"Eu sou
uma "Prügelknabe" (vítima de perseguição - bullying). Eu gostaria de
pedir que parassem de gerar essas criaturas. Porque assim, mais ninguém
pensaria como eu e faria o que eu fiz." - este foi um dos motivos que Olga
Hepnarová usou para se defender na corte.
Não esqueçamos
que os crimes do indivíduo são sempre muito mais aparentes do que os crimes
cometidos pela sociedade de que todos somos parte. Nós nos escondemos na
multidão com mais freqüência do que defendemos os direitos do indivíduo. Isto é
tão verdadeiro hoje como era há anos atrás.
A história de
Olga Hepnarová é a de uma pessoa solitária que se define em oposição à maioria,
uma história na qual ninguém ganha e ninguém é derrotado.
Ninguém deve
tirar o direito de isolamento, mas há uma grande diferença se alguém escolhe o
isolamento ou se é forçado a fazê-lo pela sociedade. Ainda não há resposta para
a questão de saber se Olga Hepnarová foi atraída para a solidão por causa de si
mesma e simplesmente falhou ou se ela foi forçada a isso por seu ambiente
emocional e adverso. Uma sociedade que trata os indivíduos assim como a si
mesma injustamente está doente e cria pessoas doentes.
O filme,
entretanto, não glorifica o ato de Olga Hepnarová. O filme gostaria de
transmitir que ninguém tem o direito de aumentar esse sofrimento - nem o
indivíduo (ato de Olga Hepnarová), nem a sociedade (a execução dela).
O filme também
está tentando encontrar as causas dessa tragédia - aquelas que podemos evitar
hoje (mais psicologia empática, aumento da tolerância das minorias sexuais, a
codependência emocional de crianças e pais ...) e aqueles que não podemos mudar
(o mal é parte integrante dos seres humanos).
Na história de
Olga gostaríamos de enfatizar acima de tudo a frieza e crueldade na sociedade
como um todo. As pessoas se tratam com indiferença, sem empatia e compreensão,
interessadas apenas em si mesmas. Por isso, oquequeremos salientar é que, em
relação ao ato Olga Hepnarová, a culpa e responsabilidade são compartilhados
por todos os que entram em sua história.
Conectado ao
sentimento de isolamento e solidão é como Olga Hepnarová, depois de um certo
ponto na história, quando ela já não pode tolerar a falta de empatia ao seu
redor, se afasta por conta própria para o bem. Ela traz à existência Sandy
Winiferová e esconde nela os últimos fragmentos restantes de sua moralidade.
Sandy, ao contrário de Olga, está limpa.
O mundo
torna-se assim uma massa abstrata e sem emoções para Hepnarová, com o qual ela
pode lidar da mesma maneira abstrata e sem emoção. Ou com base na situação que
provoca a manipulação de seu ambiente e é destinado a criar ódio contra ela e,
assim, confirmar seus pensamentos. Ou com espaço infinito para um jogo que leva
ao - aparentemente irracional - assassinato em massa.
TomásWeinreb e
Petr Kazd
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