quinta-feira, 16 de outubro de 2014

AZULEJARIA PICTÓRICA DE KÉZIA TALISIN NO CAFÉ BISA BASÍLIO


O elegante Café Bisa Basílio no Água Verde em Curitiba, inaugurou no dia 03 de Outubro, a Exposição individual " AZULEJARIA PICTÓRICA" da artista plástica Kézia Talisin.

SOBRE SUA SÉRIE ARTÍSTICA:

Entre os movimentos islâmicos em arabescos, tema principal e assinatura da artista visual Kézia Talisin, a mesma encontra-se em uma odisséia pictórica pelo oriente, onde sua nova série tem início na antiga Pérsia com a azulejaria.
O Azulejo, do árabe “Al zuleyche” é um maravilhoso elemento decorativo de formas variadas, uma pequena placa de barro cozida ao calor indireto e extremo com detalhes decorativos muito particulares ao local de origem. Trazido pelos árabes inicialmente à Itália e península ibérica, os azulejos chegaram ao Brasil colonial pela costa nordeste através dos portugueses e holandeses e fizeram parte da arquitetura cultural em painéis, monumentos e fachadas de grandes sobrados.
Ladrilho vidrado, em linguagem da arte do fogo, encontra-se a azulejaria, uma temática explorada pela artista, que traduz em suas telas os detalhes desta influência mourisca na parte setentrional do nosso país.
Suas inspirações invadem geometricamente o bidimensional em estilo de produção mudéjar em alfardões e maiólica ou majólicas, onde nesta técnica o detalhamento é introduzido após o cozimento da peça e depois vidrada que paradoxalmente a artista pinta sobre tela e se ocupa do verniz para tal acabamento.
O azulejo ultrapassou largamente a mera função utilitária e ornamental e atingiu o estatuto transcendente de arte, e nesta intervenção poética encontra-se a série criada pela artista.




Al zuleyche: Em árabe e pode ser traduzida como pedra polida ou pedra semi-preciosa que provém do adjetivo azul.

Mudéjar: Técnica de azulejaria desenvolvida pelos mouros na península ibérica com detalhamento em decoração geométrica e vegetalista.

Alfardões: Exemplares hexagonais chamados alfardones (em português, alfardões). A mistura dos desenhos muçulmanos e cristãos, estes de feição gótica, continuou a ocorrer nas manifestações artísticas, dando origem ao convencionado estilo mudéjar.

Maiólicas ou Majólicas: Técnica revolucionária que permite a pintura direta sobre a peça cozida. 

Texto: Eloir Jr.
Artista Plástico
Curador

SERVIÇO:

























SOBRE A ARTISTA:

Kézia Talisin, Maringaense radicada em Curitiba-PR-Brasil desde o início da década de 1980, é artista visual pós graduada em Artes Visuais Da cultura a criação pelo SENAC – PR.; Educação, desenvolvimento e meio ambiente pela UFPR; Planejamento e organização de eventos pela UNICURITIBA e Bacharel em turismo pela Universidade Tuiuti do Paraná.

 Desde 2007 freqüenta o Ateliê permanente de técnicas de pintura da Associação Cultural Solar do Rosário, momento este em que iniciou o labore de suas criações e experimentações que são oriundas de seu interesse em artes desde a infância.
Durante este período de produção, a artista “debutou” com sua série Primavera (2008), buscou signos e cores numa “Passagem do tempo” (2009), dinâmica pictórica, estética e arte-objeto em “Sinuosidades” (2010), tornou contemporâneo a vintage Art-nouveau na série Arabescos (2011) e imortalizou como assinatura própria a infinitabilidade dos movimentos circulares em arabescos interagindo no bidimensional com interferências plástica e matérica seus “Ornatos Pop” (2012) e que a cada momento artístico nos surpreende em “innovatia”. 

Suas produções artísticas são constantes e propiciam a gênese de novos elementos e técnicas, bem como o uso sustentável de algumas de suas figurações em papéis e tecidos inutilizados pelo cotidiano, o que tornam cada vez mais contemporâneo e atemporal seus trabalhos.

Kézia Talisin expõe suas obras em salões de arte, mostras individuais e coletivas nos principais espaços culturais do Estado do Paraná e pelo Brasil possui imagens e artigos impressos sobre suas séries, selo postal artístico emitido pela ECT-Brasil, participação no Salon des amateurs-Centro Cultural Marc Brinon na cidade francesa de Saint Thibault dês Vignes e entre estas possui acervos nacional e internacional.   

Sua construção pictórica caminha junto com a monitoria docente em pintura na Associação Cultural Solar do Rosário, classe da Professora e artista visual Carla Schwab e assistência curatorial desde 2012 nas mostras do Grupo de arte contemporânea Art.Con e Óia Nóis, do qual participa ativamente desde sua fundação em 2008.

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