Crédito: Juan Guerra
A mostra reúne mais de 90 obras, produzidas em
diferentes técnicas de reprodução gráfica
A CAIXA Cultural Curitiba apresenta, de 7 de
novembro de 2018 a 6 de janeiro de 2019, a exposição Emblemas
da Cultura Brasileira: Retrospectiva da obra gráfica de Claudio
Tozzi. A mostra tem o caráter retrospectivo, visto que se trata de
uma visão panorâmica da obra gráfica do artista, nos últimos 50
anos. Apresenta soluções técnicas coerentes com cada fase de sua
produção pictórica, utilizando variados processos de
reprodução gráfica: serigrafia, xerox, litografia, gravura em
metal, zinc off-set e digitografia. Na abertura da exposição, dia 6
de novembro, às 19h30, o público terá a oportunidade de fazer
uma visita guiada sob a orientação do artista
Claudio Tozzi.
Olhar
Crédito: Divulgação
A produção de Tozzi tem absoluta coerência de
linguagem entre sua pintura e o meio de reprodução utilizado em
cada fase. Assim as cores chapadas dos astronautas e multidões da
década de 60 são reproduzidas pelo processo de serigrafia. Os
parafusos mais simbólicos e contidos exigem uma técnica mais
intimista: a gravura em metal. “Em meu trabalho havia a intenção
de se aproximar da linguagem dos meios de comunicação de massa e se
apropriar de imagens do mundo urbano, sempre com a intenção de
modificar seu significado, de propor uma sintaxe diferente para criar
uma nova mensagem: criar novos objetos”, disse Claudio Tozzi.
Atualmente, sua produção exige técnicas e superposições de
retículas gráficas que permitem ao expectador uma percepção mais
ampla da forma e da cor através da somatória ótica de retículas
com variações de seus matizes.
A mostra é resultado de uma pesquisa do curador e
historiador Manuel Neves, realizada na École dês hautes Etudes em
Sciences Sociais em Paris, que investigou a produção da arte
brasileira na segunda metade da década de 60, onde a obra de Claudio
Tozzi ocupa destacado lugar. A pesquisa em idioma francês (ainda não
publicada no Brasil) que tem como título: “Image Pop: Pop art
presence et negation dans l’art brésilien des années soixante“,
foi editada na Europa pela Édition Universitaires Européennes,
Sarrebruck. Segundo o curador Manuel Neves, Claudio Tozzi é um
artista fundamental na cena contemporânea brasileira. Sua obra, como
a dos artistas mais importantes de sua geração, articula uma
mudança radical no estatuto da imagem artística, tomando e
reprogramando os modelos visuais projetados pelos meios de
comunicação e a indústria do espetáculo, para produzir uma obra
figurativa, chamada genericamente no mundo anglo-saxão pop art.
As imagens referentes à exposição englobam toda
a produção de Tozzi em suas diversas fases: multidões, bandido da
luz vermelha, astronautas, parafusos, cor pigmento luz, recortes até
a mais recente - territórios.
O artista
Nasceu em São Paulo, onde vive. Estudou no
Colégio de Aplicação da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências
Humanas da Universidade de São Paulo (1956 a 1962) e na Faculdade de
Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (1964 a 1969),
onde trabalha como professor. É Doutor pela Faculdade de Arquitetura
e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP).
Participou de várias exposições coletivas,
entre elas: Jovem Arte Contemporânea no Museu de Arte Contemporânea
da Universidade de São Paulo; Panorama da Arte Brasileira no Museu
de Arte Moderna de São Paulo; Brasil 500 anos – Arte
Contemporânea; Arte e Sociedade; Subversão dos Meios no Centro
Cultural Itaú; The World Goes Pop na Tate Modern (Londres);
International Pop no Walker Art Center, Dallas Museum of Art e
Philadelphia Museum of Art e nas Bienais de São Paulo, Veneza,
Paris, Medelin (Colômbia), Havana, Makurazaki (Japão) e do
Mercosul.
Realizou exposições individuais no Museu da Casa
Brasileira em São Paulo, Museu de Arte Moderna no Rio de Janeiro,
Museu Andrade Muricy em Curitiba, Museu de Arte Moderna de Cascavel,
Museu de Arte Moderna de Londrina e em diversas galerias no Brasil e
no Exterior: Museo D’Arte Contemporânea Villa Croce, Cecilia
Brunson Projects e Gary Nader Art Centre. Fez exposição-tese de
doutorado no Museu Brasileiro de Escultura pela FAUUSP.
Recebeu vários prêmios dentre os quais Prêmio
de viagem ao Exterior, no Salão Nacional; Press Prize Awards 2016 –
Artes Plásticas Miami, Fort Landerdale; Prêmio Trajetória 2016,
Associação Brasileira de Críticos de Arte. Venceu o concurso
para realizar um painel de 600m2 em um edifício na Av. Angélica, e
painel para a capela no Campus da FIEO. Realizou painéis em espaços
públicos, como Zebra na Praça da República, nas estações Sé e
Barra Funda do Metrô, no Edifício 2222 na Avenida Dr. Arnaldo, no
TRT Barra Funda, na Faculdade de Direito da USP-Ribeirão Preto, no
campus USP-Zona Leste, no Centro de Convenções da USP, na sede do
PNUD (UNESCO) em Brasília e em uma grande área das Avenidas 23 de
Maio e Bandeirantes, todas na cidade de São Paulo.
Incentivo à cultura
A CAIXA investiu mais de R$ 385 milhões em
cultura nos últimos cinco anos. Em 2018, nas unidades da CAIXA
Cultural em Brasília, Curitiba, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro,
Salvador e São Paulo, está prevista a realização de 244 projetos
de Artes Visuais, Cinema, Dança, Música, Teatro e Vivências.
A CAIXA Cultural Curitiba oferece, desde 2004, uma
programação diversificada, com opções gratuitas ou a preços
populares, estimulando a inclusão e a cidadania. O espaço, situado
no centro da capital, conta com duas galerias, um teatro, uma sala de
oficinas e tem 70 atrações previstas na programação de 2018.
Serviço:
Artes Visuais: Emblemas da Cultura
Brasileira: Retrospectiva da obra gráfica de Claudio Tozzi
Local: CAIXA Cultural Curitiba - Galeria
Térreo - Rua Conselheiro Laurindo, 280, Centro - Curitiba (PR)
Abertura: 6 de novembro de 2018 às 19h30
Visitação: 7 de novembro de 2018 a 6 de
janeiro de 2019
Horário: terça a sábado, das 10h às 20h,
e domingo, das 10h às 19h
Entrada franca
Classificação etária: Livre para todos os
públicos
Informações: (41) 2118-5114/5427
Patrocínio: CAIXA e Governo Federal
Convite
Divulgação
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