Divulgação
Quinze artistas coordenados pelos artistas visuais Eloir Jr. e Carla Schwab, apresentam a exposição coletiva ”A CONTRIBUIÇÃO HISTÓRICA DA MULHER NEGRA NO BRASIL”.
Criada
para a 16a. Semana Nacional de Museus promovida pelo Instituto
Brasileiro de Museus/IBRAM, a mostra em itinerância cultural já foi
apresentada no Espaço Cultural IPO em Curitiba, na Casa da Cultura
de Colombo-PR, no Espaço Cultural da Câmara Municipal de Ponta
Grossa-PR, Museu Municipal Atílio Rocco em SJP-PR e, estará em
cartaz de Março a Maio de 2019 no Espaço Histórias Grupo Boticário, onde homenageará o dia internacional da Mulher,
aniversário do Espaço Histórias e brindará o Jubileu de Prata
Dourada(42 anos) do Grupo Boticário.
A mostra busca resgatar a memória cultural que enriquece há séculos a expressão negra.
Conheça os artistas participantes e suas obras:
“Nossa Senhora Aparecida” - Obra da artista Ana Lectícia Mansur – Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
Entre aguadas e camadas de tintas que compõem um fundo absoluto e contemporâneo, a artista faz surgir a padroeira da fé brasileira na mais privilegiada das linguagens artísticas, a arte naïf. Nossa Senhora Aparecida, a mãe negra do Brasil vestida em túnica exclusivamente criada pela artista na cor vermelha, é devocionalmente agraciada na obra de Ana Lectícia Mansur, cujo trabalho artístico culmina com o tricentenário do encontro da imagem pelos pescadores Domingos Garcia, Felipe Pedroso e João Alves.
“A Benzedeira” - Obra do Artista e caricaturista Ari Vicentini - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
A obra retrata uma representante de comunidade afrodescendente do Feixo, na Lapa-PR
Mesmo com o avanço da medicina no século XXI e o surgimento de novas técnicas de tratamento farmacológico, ainda há pessoas que procuram o aconchego e as rezas destas magas das comunidades negras.
A fé e a crença popular munem estas pessoas a procura destas tradicionais mulheres que resistem ao tempo e conseguem manifestar sua divindade através de gestos, ações, conhecimento sobre ervas medicinais, simpatias e a própria oralidade sagrada que é proferida a quem necessita. Há um respeito histórico e popular ao dom recebido e oferecido, e ainda maior de quem vai em busca de uma cura.
“ZEZÉ MOTTA-Senhora Liberdade” – Obra da Artista e poeta Bia Ferreira - Trrabalho em óleo e mista sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
A obra criada por Bia Ferreira, retrata a grande atriz brasileira Zezé Motta, resgatando na técnica mista e óleo sobre tela, um pouco da trajetória desta importante ícone da teledramaturgia brasileira.
Maria José Motta de Oliveira, conhecida como Zezé Motta, é considerada uma das atrizes mais importantes da Teledramaturgia brasileira. Começou a carreira em 1967, estrelando a peça “Roda-Viva” de Chico Buarque. Em 1969 atuou em “Fígaro, fígaro”, “Arena canta Zumbi” e “A Vida escrachada de Joana Martini e Baby Stompanato”. Em 1974, atuou em “Godspell” e em 1999 participou do filme “Orfeu”. A carreira de cantora teve início em 1971, em casas noturnas paulistas. De 1975 a 1979, lançou três LPs. Nos anos 1980, lançou mais 03 discos. Como cantora destacou-se com a música “Senhora Liberdade”. Ganhou vários prêmios pela atuação no cinema e na televisão, mas seu ápice foi desempenhando o papel de “Chica da Silva”, tanto no cinema, como, mais tarde, na televisão. Além disso, participa esporadicamente de discussões sobre o papel dos negros na teledramaturgia.
“Origem” - Obra da artista visual e orientadora de artes Carla Schwab - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 90x80cm, ano 2018.
Tramas e Rendas compõem a assinatura artística da artista e orientadora de Artes Carla Schwab, e dentro deste milenar trabalho manual, a artista faz surgir a identidade negra, a beleza, sutileza e toda a “Origem” de hábitos e costumes de centenas de tribos africanas que influenciaram a cultura brasileira. A policromia rendada por pincéis, evidencia as características de um gigante continente, multifacetado pela riqueza e detalhamento das tramas que emolduram o rosto de impactante beleza negra.
“Peito Preto” - Obra da Artista Cecifrance Aquino - Trabalho em acrílica e mista sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
A cultura materna europeia estabelecida no Brasil no século XIX, tão pobre de amor e conhecimento, escolhe como modelo ideal utilizar-se de amas africanas, trazidas para amamentar os filhos das damas e cuidar deles. A mãe via a maternidade como um fardo indigno que atrapalhava o que lhe cabia: o bom gerenciamento da casa.
Escravas eram vendidas como amas e seus próprios bebês ignorados.
Logo o negócio de amas-de-leite tornou-se altamente rentável...E com a abolição logo surgiram as babás... século XX, afrodescendentes, mal pagas, sem vínculo empregatício , doando suas vidas na criação de filhos alheios: escravas contemporâneas?
A obra em questão apresenta fotos de Albert Henschel, fotógrafo alemão que se estabeleceu em Pernambuco tornando-se um dos primeiros profissionais da área no século XIX. Entre anúncios em busca de escravas, esta produção, quase uma assemblage, propõe num misto de caos e azulejaria de influência portuguesa (encontrada na época em construções de São Luiz do Maranhão e algumas cidades do Nordeste) resgatar num flash, mais esta injustiça e desvantagem histórica da mulher negra no Brasil.
“Drª Vera Lúcia Laranjeira Manoel” - Obra do artista e curador Celso Parubocz - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
Homenagem a Drª Vera Lúcia Laranjeira Manoel, Advogada da Cidade de Ponta Grossa, responsável pela manutenção do Clube Literário 13 de maio em Ponta Grossa, bem como a preservação da mais antiga Manifestação Cultural de nossa Cidade: O Carnaval. O artista vê
na imagem desta Mulher Guerreira um símbolo de que não podemos deixar a vitimização tomar conta dos nossos jovens, precisamos sim motivá-los a lutar para adquirirem sempre mais qualidade de Vida e um Mundo melhor.
“Babuszka Santa Escrava Anastácia” - Obra do artista e curador Eloir Jr. - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 90x60cm, ano 2018.
Dentro de sua assinatura artística, as tradicionais matrioszkas e Babuszkas, o artista retrata um ícone da fé e da cultura afro-brasileira.
Cultuada como santa e heroína, a escrava Anastácia é considerada uma das mais importantes personalidades religiosas negras da história escravista do Brasil. Sua existência foi um combinação de luta com bravura, resistência, doçura, beleza e fé. Em versões populares e antigas escritas ou registros, narram sobre uma bela mulher negra de olhos azuis, que não cedeu aos apelos sexuais de seu senhor e, por isso, foi estuprada e recebeu a mordaça de folha de flandres e a gargantilha de ferro. Anastácia nasceu em 12 de maio de 1740, viveu na Bahia e em Minas Gerais e foi levada ao Rio de Janeiro, sua data e local de morte são incertos, mas sabe-se que seus restos mortais encontram-se na Igreja do Rosário no centro da capital fluminense. A luta de Anastácia contra a escravidão e assédios transformou-se em exemplo e até hoje sua força inspira a fé de milhares de devotos que comemoram seu dia em 12 de maio.
“Uma Cabeça Cheia de Cores” - Obra da Artista, Professora e Colunista Katia Velo - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
"Não sou livre enquanto outra mulher for prisioneira, mesmo que as correntes dela sejam diferentes das minhas."Com a frase da escritora americana Audre Lorde, Marielle encerrou o encontro com as mulheres do movimento, Jovens Negras Movendo as Estruturas, um pouco antes de ser assassinada com quatro . O preconceito já traduz a incapacidade de compreender o outro. Preconceito (pré-conceito) opinião, julgamento, análise sem conhecimento. Violência só gera violência, redundante, mas fatídico. Qualquer intervenção em um momento crítico pode ser necessária, mas não resolve o que a motiva. No Brasil, o desemprego, a miséria, a desigualdade social, o descaso com a educação, a falta de oportunidade e a roubalheira sem precedentes dos políticos, nos conduz a um pensamento coletivo do tipo “se eles fazem, por que eu também não posso?”. Não adianta só construir mais presídios, colocar mais policiais (ou soldados) nas ruas, criar mais leis. Você até pode tentar estancar o sangue colocando um torniquete, mas o problema continua e só vai piorar. Os próximos passos: amputação e, consequentemente, morte. Devemos e podemos mudar! Que a justiça, igualdade e oportunidade possam ser a tríade do nosso Brasil! Não importa a cor, cargo, opção sexual, sexo, religião, um crime é um crime! Preconceito é crime! Basta!
“Selma Alves” - Obra da Artista Kézia Talisin – Trabalho em acrílica e colagem de papel sobre tela, com de 88x75 cm, ano 2018
A tela "SELMA ALVES" foi inspirada nesta personalidade natural de Nova Esperança-PR, residente em Paranaguá desde 1990, que após a realização na profissão de magistério, foi em busca do sonho de menina negra e pobre - "uma escola cheia de crianças". Há dez anos as primeiras realizações do projeto em meio a inúmeras dificuldades começaram a se concretizar. Hoje, o Colégio atende 450 alunos do maternal ao ensino médio, 42 funcionários efetivos e 10 indiretos. Superando o desafio de aceitar-se e acreditar em si mesma, além do preconceito, racismo e descrédito.
“Miss Brasil 2016, Raissa Santana” – Obra da artista e arquiteta Luciana Martins - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
Em spatulée, entre sutis faturas plásticas e o próprio gestual, evidencia-se um pantone de verdes, onde a artista e arquiteta Luciana Martins, faz surgir a rainha da beleza negra nacional, Raissa Santana, representando o Estado do Paraná, foi eleita a miss Brasil 2016, é escolhida por Luciana, para exaltar o encanto das afrodescendentes que aqui se eternizam.
Raissa Oliveira Santana, nasceu em Itaberaba-BA em 06/07/1995, aos seis anos mudou com sua família para Umuarama no Paraná, onde reside até hoje. Raissa se tornou a segunda mulher negra a ser eleita nacionalmente como Miss, depois de exatos 30 anos da vitória da gaúcha Deise Nunes.
“Quarto de Despejo” - Obra do artista Luiz Felix - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
O gestual contemporaneo do artista, com desenhos de linha, hachuras e aguadas de cor, ilustram a conceituada escritora negra, Carolina Maria de Jesus e sua obra, Quarto de despejo: Diário de uma favela.
Carolina Maria de Jesus (1914/1977) nasceu em uma família extremamente pobre, trabalhou desde muito cedo para auxiliar no sustento da casa. Com isso, acabou não frequentando a escola, além de dois anos. Mudou-se para São Paulo, indo morar na favela, para sustentar a si e seus filhos, tornou-se catadora de papel. Guardava alguns desses papéis, para registrar seu cotidiano na favela, denunciando a realidade excludente em que viviam os negros. Em 1960, foi descoberta pelo jornalista Audálio Dantas, que conheceu seus escritos. Assim, ela escreveu o livro Quarto de Despejos, que vendeu mais de 100 mil exemplares.
Tornou-se uma escritora reconhecida, particularmente fora do país, sendo incluída na antologia de escritoras negras, publicada em 1980 pela Randon House, em Nova York. (Fonte: GGN, o Jornal de todos os Brasis)
“Black Power” – obra do artista Márcio Prodócimo - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
Com figuração ímpar e muito própria de sua assinatura artística, Márcio Prodócimo ilustra o seu cenário pictórico da pop art, e nesta linguagem o artista cria a obra que homenageia as mulheres negras da música brasileira.
O poder e a força da madeixa negra cultuada no Brasil a partir da década de 1970, é minuciosamente elaborada em notas musicais.
“Escravas do Consumo” - obra do artista e designer Oswaldo Fontoura Dias - Trabalho em acrílica e mista sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
A conscientização em questões de responsabilidade social e sustentabilidade são contextos foco no labore do artista e designer Oswaldo Fontoura Dias, que utiliza em suas obras diversos materiais recicláveis. Neste trabalho, o artista integra embalagens cobertas em acrílicas sobre prancha rígida, a figura de uma mulher negra, censurada com um código de barras na face, nos propondo a reflexão do consumo de uma sociedade escravocrata do Brasil colonial.
“Todas” – Obra da artista Raquel Frota - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
De forte impacto gestual e visual, entre camadas de tintas e vestígios pictóricos, a artista Raquel Frota batiza sua obra com signos e nomes próprios de dezessete personalidades negras que contribuíram para a história nacional brasileira. Entre Dandara, rainha dos Palmares e Anastácia ícone da fé, Carolina Maria de Jesus, a escritora, Zeferina e Maria Felipa, Adelina, Marielle entre outras, estão os martírios e as lutas, conquistas e méritos, bem como a expressão cultural e conhecimentos conquistados por estas negras mulheres, dignas Ahosi do reino de Daomé.
“Ama de Leite” – Obra da artista Tania Leal - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
O Universo feminino é o tema pictórico preferido da artista Tania Leal, nele se encontra suas belas figurações, e nesta obra “Ama de Leite”, a artista exalta a doçura, a beleza e o aleitamento materno que as mulheres negras nutriam aos filhos da sociedade branca. Na história da colonização brasileira, os próprios colonizadores europeus, não viam a amamentação em sua cultura, como uma atividade nobre a mulher branca. Recorreram de início as índias que aqui habitavam, e tão logo foram culturalmente rejeitadas, sendo as mulheres negras escravizadas, as mais capazes para amamentarem e cuidarem de seus filhos. E durante este período de colonização, as escravas negras com ou sem filhos, eram comercializadas para este fim.
Crédito das imagens: Grupo Boticário
Crédito: Prefeitura Municipal de SJP-PR
Quinze
artistas coordenados pelos artistas visuais Eloir Jr. e Carla Schwab,
apresentam a exposição coletiva ”A CONTRIBUIÇÃO HISTÓRICA
DA MULHER NEGRA NO BRASIL”, no Museu Municipal Atílio Rocco
São
José dos Pinhais-PR
A
mostra busca resgatar a memória cultural que enriquece há séculos
a expressão negra, e permanece até Janeiro de 2019
Conheça
os artistas participantes e suas obras:
“Nossa
Senhora Aparecida” - Obra da
artista Ana Lectícia Mansur
– Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano
2018.
Entre
aguadas e camadas de tintas que compõem um fundo absoluto e
contemporâneo, a artista
faz surgir a padroeira da fé brasileira na mais privilegiada das
linguagens artísticas, a arte naïf. Nossa Senhora Aparecida,
a mãe negra do Brasil vestida em túnica exclusivamente criada pela
artista na cor vermelha, é devocionalmente agraciada na obra de Ana
Lectícia Mansur, cujo trabalho artístico culmina com o
tricentenário do encontro da imagem pelos pescadores Domingos
Garcia, Felipe Pedroso e João Alves.
“A
Benzedeira” - Obra do Artista e caricaturista Ari Vicentini
- Trabalho em acrílica sobre tela,
com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
A
obra retrata uma representante de comunidade afrodescendente do
Feixo, na Lapa-PR
Mesmo
com o avanço da medicina no século XXI e o surgimento de novas
técnicas de tratamento farmacológico, ainda há pessoas que
procuram o aconchego e as rezas destas magas das comunidades negras.
A
fé e a crença popular munem estas pessoas a procura destas
tradicionais mulheres que resistem ao tempo e conseguem manifestar
sua divindade através de gestos, ações, conhecimento sobre ervas
medicinais, simpatias e a própria oralidade sagrada que é proferida
a quem necessita. Há um respeito histórico e popular ao dom
recebido e oferecido, e ainda maior de quem vai em busca de uma cura.
“ZEZÉ
MOTTA-Senhora Liberdade” – Obra da Artista e poeta Bia
Ferreira - Trrabalho em
óleo e mista sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
A
obra criada por Bia Ferreira, retrata a grande atriz brasileira Zezé
Motta, resgatando na técnica mista e óleo sobre tela, um pouco da
trajetória desta importante ícone da teledramaturgia brasileira.
Maria
José Motta de Oliveira, conhecida como Zezé Motta, é
considerada uma das atrizes mais importantes da Teledramaturgia
brasileira. Começou a carreira em 1967, estrelando a peça
“Roda-Viva” de Chico Buarque. Em 1969 atuou em “Fígaro,
fígaro”, “Arena canta Zumbi” e “A Vida escrachada de Joana
Martini e Baby Stompanato”. Em 1974, atuou em “Godspell” e em
1999 participou do filme “Orfeu”. A carreira de cantora teve
início em 1971, em casas noturnas paulistas. De 1975 a 1979, lançou
três LPs. Nos anos 1980, lançou mais 03 discos. Como cantora
destacou-se com a música “Senhora Liberdade”. Ganhou
vários prêmios pela atuação no cinema e na televisão, mas seu
ápice foi desempenhando o papel de “Chica da Silva”,
tanto no cinema, como, mais tarde, na televisão. Além disso,
participa esporadicamente de discussões sobre o papel dos negros na
teledramaturgia.
“Origem”
- Obra da artista visual e orientadora de artes Carla
Schwab - Trabalho em acrílica
sobre tela, com dimensão: 90x80cm, ano 2018.
Tramas
e Rendas compõem a assinatura artística da artista e orientadora de
Artes Carla Schwab, e dentro deste milenar trabalho manual, a artista
faz surgir a identidade negra, a beleza, sutileza e toda a “Origem”
de hábitos e costumes de centenas de tribos africanas que
influenciaram a cultura brasileira. A policromia rendada por pincéis,
evidencia as características de um gigante continente, multifacetado
pela riqueza e detalhamento das tramas que emolduram o rosto de
impactante beleza negra.
“Peito
Preto” - Obra da Artista Cecifrance Aquino - Trabalho
em acrílica e mista sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
A
cultura materna europeia estabelecida no Brasil no século XIX, tão
pobre de amor e conhecimento, escolhe como modelo ideal utilizar-se
de amas africanas, trazidas para amamentar os filhos das damas e
cuidar deles. A mãe via a maternidade como um fardo indigno que
atrapalhava o que lhe cabia: o bom gerenciamento da casa.
Escravas
eram vendidas como amas e seus próprios bebês ignorados.
Logo
o negócio de amas-de-leite tornou-se altamente rentável...E com a
abolição logo surgiram as babás... século XX, afrodescendentes,
mal pagas, sem vínculo empregatício , doando suas vidas na criação
de filhos alheios: escravas contemporâneas?
A
obra em questão apresenta fotos de Albert Henschel, fotógrafo
alemão que se estabeleceu em Pernambuco tornando-se um dos primeiros
profissionais da área no século XIX. Entre anúncios em busca de
escravas, esta produção, quase uma assemblage, propõe num misto de
caos e azulejaria de influência portuguesa (encontrada na época em
construções de São Luiz do Maranhão e algumas cidades do
Nordeste) resgatar num flash, mais esta injustiça e desvantagem
histórica da mulher negra no Brasil.
“Drª
Vera Lúcia Laranjeira Manoel” - Obra do artista e curador
Celso Parubocz - Trabalho em
acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
Homenagem
a Drª Vera Lúcia Laranjeira Manoel, Advogada da Cidade de Ponta
Grossa, responsável pela manutenção do Clube Literário 13 de maio
em Ponta Grossa, bem como a preservação da mais antiga Manifestação
Cultural de nossa Cidade: O Carnaval. O artista vê
na imagem desta Mulher
Guerreira um símbolo de que não podemos deixar a vitimização
tomar conta dos nossos jovens, precisamos sim motivá-los a lutar
para adquirirem sempre mais qualidade de Vida e um Mundo melhor.
“Babuszka
Santa Escrava Anastácia” - Obra do artista e curador Eloir
Jr. - Trabalho em acrílica
sobre tela, com dimensão: 90x60cm, ano 2018.
Dentro
de sua assinatura artística, as tradicionais matrioszkas e
Babuszkas, o artista retrata um ícone da fé e da cultura
afro-brasileira.
Cultuada
como santa e heroína, a escrava Anastácia é considerada uma das
mais importantes personalidades religiosas negras da história
escravista do Brasil. Sua existência foi um combinação de luta
com bravura, resistência, doçura, beleza e fé. Em versões
populares e antigas escritas ou registros, narram sobre uma bela
mulher negra de olhos azuis, que não cedeu aos apelos sexuais de seu
senhor e, por isso, foi estuprada e recebeu a mordaça de folha de
flandres e a gargantilha de ferro. Anastácia nasceu em 12 de maio
de 1740, viveu na Bahia e em Minas Gerais e foi levada ao Rio de
Janeiro, sua data e local de morte são incertos, mas sabe-se que
seus restos mortais encontram-se na Igreja do Rosário no centro da
capital fluminense. A luta de Anastácia contra a escravidão e
assédios transformou-se em exemplo e até hoje sua força inspira a
fé de milhares de devotos que comemoram seu dia em 12 de maio.
“Uma
Cabeça Cheia de Cores” - Obra da Artista, Professora e
Colunista Katia Velo - Trabalho
em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
"Não
sou livre enquanto outra mulher for prisioneira, mesmo que as
correntes dela sejam diferentes das minhas."Com a frase da
escritora americana Audre Lorde, Marielle encerrou o encontro com as
mulheres do movimento, Jovens Negras Movendo as Estruturas, um pouco
antes de ser assassinada com quatro . O preconceito já traduz a
incapacidade de compreender o outro. Preconceito (pré-conceito)
opinião, julgamento, análise sem conhecimento. Violência só gera
violência, redundante, mas fatídico. Qualquer intervenção em um
momento crítico pode ser necessária, mas não resolve o que a
motiva. No Brasil, o desemprego, a miséria, a desigualdade social, o
descaso com a educação, a falta de oportunidade e a roubalheira sem
precedentes dos políticos, nos conduz a um pensamento coletivo do
tipo “se eles fazem, por que eu também não posso?”. Não
adianta só construir mais presídios, colocar mais policiais (ou
soldados) nas ruas, criar mais leis. Você até pode tentar estancar
o sangue colocando um torniquete, mas o problema continua e só vai
piorar. Os próximos passos: amputação e, consequentemente, morte.
Devemos e podemos mudar! Que a justiça, igualdade e oportunidade
possam ser a tríade do nosso Brasil! Não importa a cor, cargo,
opção sexual, sexo, religião, um crime é um crime! Preconceito é
crime! Basta!
“Selma
Alves” - Obra da Artista Kézia Talisin – Trabalho em
acrílica e colagem de papel sobre tela, com de 88x75 cm, ano 2018
A
tela "SELMA ALVES" foi inspirada nesta personalidade
natural de Nova Esperança-PR, residente em Paranaguá desde 1990,
que após a realização na profissão de magistério, foi em busca
do sonho de menina negra e pobre - "uma escola cheia de
crianças". Há dez anos as primeiras realizações do projeto
em meio a inúmeras dificuldades começaram a se concretizar. Hoje, o
Colégio atende 450 alunos do maternal ao ensino médio, 42
funcionários efetivos e 10 indiretos. Superando o desafio de
aceitar-se e acreditar em si mesma, além do preconceito, racismo e
descrédito.
“Miss
Brasil 2016, Raissa Santana” – Obra da artista e arquiteta
Luciana Martins - Trabalho
em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
Em
spatulée, entre sutis faturas plásticas e o próprio gestual,
evidencia-se um pantone de verdes, onde a artista e arquiteta Luciana
Martins, faz surgir a rainha da beleza negra nacional, Raissa
Santana, representando o Estado do Paraná, foi eleita a miss Brasil
2016, é escolhida por Luciana, para exaltar o encanto das
afrodescendentes que aqui se eternizam.
Raissa
Oliveira Santana, nasceu em Itaberaba-BA em 06/07/1995, aos seis
anos mudou com sua família para Umuarama no Paraná, onde reside até
hoje. Raissa se tornou a segunda mulher negra a ser eleita
nacionalmente como Miss, depois de exatos 30 anos da vitória da
gaúcha Deise Nunes.
“Quarto
de Despejo” - Obra do artista Luiz Felix - Trabalho
em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
O
gestual contemporaneo do artista, com desenhos de linha, hachuras e
aguadas de cor, ilustram a conceituada escritora negra, Carolina
Maria de Jesus e sua obra, Quarto de despejo: Diário de uma
favela.
Carolina
Maria de Jesus (1914/1977) nasceu em uma família extremamente pobre,
trabalhou desde muito cedo para auxiliar no sustento da casa. Com
isso, acabou não frequentando a escola, além de dois anos. Mudou-se
para São Paulo, indo morar na favela, para sustentar a si e seus
filhos, tornou-se catadora de papel. Guardava alguns desses papéis,
para registrar seu cotidiano na favela, denunciando a realidade
excludente em que viviam os negros. Em 1960, foi descoberta pelo
jornalista Audálio Dantas, que conheceu seus escritos. Assim, ela
escreveu o livro Quarto de Despejos, que vendeu mais de 100 mil
exemplares.
Tornou-se
uma escritora reconhecida, particularmente fora do país, sendo
incluída na antologia de escritoras negras, publicada em 1980 pela
Randon House, em Nova York. (Fonte: GGN, o Jornal de todos os Brasis)
“Black
Power” – obra do artista Márcio Prodócimo - Trabalho
em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
Com
figuração ímpar e muito própria de sua assinatura artística,
Márcio Prodócimo ilustra o seu cenário pictórico da pop art, e
nesta linguagem o artista cria a obra que homenageia as mulheres
negras da música brasileira.
O
poder e a força da madeixa negra cultuada no Brasil a partir da
década de 1970, é minuciosamente elaborada em notas musicais.
“Escravas
do Consumo” - obra do artista e designer Oswaldo Fontoura
Dias - Trabalho em acrílica e
mista sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
A
conscientização em questões de responsabilidade social e
sustentabilidade são contextos foco no labore do artista e designer
Oswaldo Fontoura Dias, que utiliza em suas obras diversos materiais
recicláveis. Neste trabalho, o artista integra embalagens cobertas
em acrílicas sobre prancha rígida, a figura de uma mulher negra,
censurada com um código de barras na face, nos propondo a reflexão
do consumo de uma sociedade escravocrata do Brasil colonial.
“Todas”
– Obra da artista Raquel
Frota - Trabalho em acrílica
sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
De forte impacto
gestual e visual, entre camadas de tintas e vestígios pictóricos,
a artista Raquel Frota batiza sua obra com signos e nomes próprios
de dezessete personalidades negras que contribuíram para a história
nacional brasileira. Entre Dandara, rainha dos Palmares e Anastácia
ícone da fé, Carolina Maria de Jesus, a escritora, Zeferina e
Maria Felipa, Adelina, Marielle entre outras, estão os martírios e
as lutas, conquistas e méritos, bem como a expressão cultural e
conhecimentos conquistados por estas negras mulheres, dignas Ahosi
do reino de Daomé.
“Ama
de Leite” – Obra da artista Tania Leal - Trabalho
em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
O
Universo feminino é o tema pictórico preferido da artista Tania
Leal, nele se encontra suas belas figurações, e nesta obra “Ama
de Leite”, a artista exalta a doçura, a beleza e o
aleitamento materno que as mulheres negras nutriam aos filhos da
sociedade branca. Na história da colonização brasileira, os
próprios colonizadores europeus, não viam a amamentação em sua
cultura, como uma atividade nobre a mulher branca. Recorreram de
início as índias que aqui habitavam, e tão logo foram
culturalmente rejeitadas, sendo as mulheres negras escravizadas, as
mais capazes para amamentarem e cuidarem de seus filhos. E durante
este período de colonização, as escravas negras com ou sem filhos,
eram comercializadas para este fim.
Crédito das imagens: Katia Velo e equipe do Museu
Quinze artistas coordenados pelos artistas visuais Eloir Jr. e Carla Schwab, apresentam a exposição coletiva ”A CONTRIBUIÇÃO HISTÓRICA DA MULHER NEGRA NO BRASIL”,
no Espaço Cultural da Câmara
Municipal de Ponta Grossa-PR
A
mostra busca resgatar a memória cultural que enriquece há séculos
a expressão negra, e permanece até 07 de Setembro de 2018.
Conheça
os artistas participantes e suas obras:
“Nossa
Senhora Aparecida” - Obra da
artista Ana Lectícia Mansur
– Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano
2018.
Entre
aguadas e camadas de tintas que compõem um fundo absoluto e
contemporâneo, a artista
faz surgir a padroeira da fé brasileira na mais privilegiada das
linguagens artísticas, a arte naïf. Nossa Senhora Aparecida,
a mãe negra do Brasil vestida em túnica exclusivamente criada pela
artista na cor vermelha, é devocionalmente agraciada na obra de Ana
Lectícia Mansur, cujo trabalho artístico culmina com o
tricentenário do encontro da imagem pelos pescadores Domingos
Garcia, Felipe Pedroso e João Alves.
“A
Benzedeira” - Obra do Artista e caricaturista Ari Vicentini
- Trabalho em acrílica sobre tela,
com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
A
obra retrata uma representante de comunidade afrodescendente do
Feixo, na Lapa-PR
Mesmo
com o avanço da medicina no século XXI e o surgimento de novas
técnicas de tratamento farmacológico, ainda há pessoas que
procuram o aconchego e as rezas destas magas das comunidades negras.
A
fé e a crença popular munem estas pessoas a procura destas
tradicionais mulheres que resistem ao tempo e conseguem manifestar
sua divindade através de gestos, ações, conhecimento sobre ervas
medicinais, simpatias e a própria oralidade sagrada que é proferida
a quem necessita. Há um respeito histórico e popular ao dom
recebido e oferecido, e ainda maior de quem vai em busca de uma cura.
“ZEZÉ
MOTTA-Senhora Liberdade” – Obra da Artista e poeta Bia
Ferreira - Trrabalho em
óleo e mista sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
A
obra criada por Bia Ferreira, retrata a grande atriz brasileira Zezé
Motta, resgatando na técnica mista e óleo sobre tela, um pouco da
trajetória desta importante ícone da teledramaturgia brasileira.
Maria
José Motta de Oliveira, conhecida como Zezé Motta, é
considerada uma das atrizes mais importantes da Teledramaturgia
brasileira. Começou a carreira em 1967, estrelando a peça
“Roda-Viva” de Chico Buarque. Em 1969 atuou em “Fígaro,
fígaro”, “Arena canta Zumbi” e “A Vida escrachada de Joana
Martini e Baby Stompanato”. Em 1974, atuou em “Godspell” e em
1999 participou do filme “Orfeu”. A carreira de cantora teve
início em 1971, em casas noturnas paulistas. De 1975 a 1979, lançou
três LPs. Nos anos 1980, lançou mais 03 discos. Como cantora
destacou-se com a música “Senhora Liberdade”. Ganhou
vários prêmios pela atuação no cinema e na televisão, mas seu
ápice foi desempenhando o papel de “Chica da Silva”,
tanto no cinema, como, mais tarde, na televisão. Além disso,
participa esporadicamente de discussões sobre o papel dos negros na
teledramaturgia.
“Origem”
- Obra da artista visual e orientadora de artes Carla
Schwab - Trabalho em acrílica
sobre tela, com dimensão: 90x80cm, ano 2018.
Tramas
e Rendas compõem a assinatura artística da artista e orientadora de
Artes Carla Schwab, e dentro deste milenar trabalho manual, a artista
faz surgir a identidade negra, a beleza, sutileza e toda a “Origem”
de hábitos e costumes de centenas de tribos africanas que
influenciaram a cultura brasileira. A policromia rendada por pincéis,
evidencia as características de um gigante continente, multifacetado
pela riqueza e detalhamento das tramas que emolduram o rosto de
impactante beleza negra.
“Peito
Preto” - Obra da Artista Cecifrance Aquino - Trabalho
em acrílica e mista sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
A
cultura materna europeia estabelecida no Brasil no século XIX, tão
pobre de amor e conhecimento, escolhe como modelo ideal utilizar-se
de amas africanas, trazidas para amamentar os filhos das damas e
cuidar deles. A mãe via a maternidade como um fardo indigno que
atrapalhava o que lhe cabia: o bom gerenciamento da casa.
Escravas
eram vendidas como amas e seus próprios bebês ignorados.
Logo
o negócio de amas-de-leite tornou-se altamente rentável...E com a
abolição logo surgiram as babás... século XX, afrodescendentes,
mal pagas, sem vínculo empregatício , doando suas vidas na criação
de filhos alheios: escravas contemporâneas?
A
obra em questão apresenta fotos de Albert Henschel, fotógrafo
alemão que se estabeleceu em Pernambuco tornando-se um dos primeiros
profissionais da área no século XIX. Entre anúncios em busca de
escravas, esta produção, quase uma assemblage, propõe num misto de
caos e azulejaria de influência portuguesa (encontrada na época em
construções de São Luiz do Maranhão e algumas cidades do
Nordeste) resgatar num flash, mais esta injustiça e desvantagem
histórica da mulher negra no Brasil.
“Drª
Vera Lúcia Laranjeira Manoel” - Obra do artista e curador
Celso Parubocz - Trabalho em
acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
Homenagem
a Drª Vera Lúcia Laranjeira Manoel, Advogada da Cidade de Ponta
Grossa, responsável pela manutenção do Clube Literário 13 de maio
em Ponta Grossa, bem como a preservação da mais antiga Manifestação
Cultural de nossa Cidade: O Carnaval. O artista vê
na imagem desta Mulher
Guerreira um símbolo de que não podemos deixar a vitimização
tomar conta dos nossos jovens, precisamos sim motivá-los a lutar
para adquirirem sempre mais qualidade de Vida e um Mundo melhor.
“Babuszka
Santa Escrava Anastácia” - Obra do artista e curador Eloir
Jr. - Trabalho em acrílica
sobre tela, com dimensão: 90x60cm, ano 2018.
Dentro
de sua assinatura artística, as tradicionais matrioszkas e
Babuszkas, o artista retrata um ícone da fé e da cultura
afro-brasileira.
Cultuada
como santa e heroína, a escrava Anastácia é considerada uma das
mais importantes personalidades religiosas negras da história
escravista do Brasil. Sua existência foi um combinação de luta
com bravura, resistência, doçura, beleza e fé. Em versões
populares e antigas escritas ou registros, narram sobre uma bela
mulher negra de olhos azuis, que não cedeu aos apelos sexuais de seu
senhor e, por isso, foi estuprada e recebeu a mordaça de folha de
flandres e a gargantilha de ferro. Anastácia nasceu em 12 de maio
de 1740, viveu na Bahia e em Minas Gerais e foi levada ao Rio de
Janeiro, sua data e local de morte são incertos, mas sabe-se que
seus restos mortais encontram-se na Igreja do Rosário no centro da
capital fluminense. A luta de Anastácia contra a escravidão e
assédios transformou-se em exemplo e até hoje sua força inspira a
fé de milhares de devotos que comemoram seu dia em 12 de maio.
“Uma
Cabeça Cheia de Cores” - Obra da Artista, Professora e
Colunista Katia Velo - Trabalho
em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
"Não
sou livre enquanto outra mulher for prisioneira, mesmo que as
correntes dela sejam diferentes das minhas."Com a frase da
escritora americana Audre Lorde, Marielle encerrou o encontro com as
mulheres do movimento, Jovens Negras Movendo as Estruturas, um pouco
antes de ser assassinada com quatro . O preconceito já traduz a
incapacidade de compreender o outro. Preconceito (pré-conceito)
opinião, julgamento, análise sem conhecimento. Violência só gera
violência, redundante, mas fatídico. Qualquer intervenção em um
momento crítico pode ser necessária, mas não resolve o que a
motiva. No Brasil, o desemprego, a miséria, a desigualdade social, o
descaso com a educação, a falta de oportunidade e a roubalheira sem
precedentes dos políticos, nos conduz a um pensamento coletivo do
tipo “se eles fazem, por que eu também não posso?”. Não
adianta só construir mais presídios, colocar mais policiais (ou
soldados) nas ruas, criar mais leis. Você até pode tentar estancar
o sangue colocando um torniquete, mas o problema continua e só vai
piorar. Os próximos passos: amputação e, consequentemente, morte.
Devemos e podemos mudar! Que a justiça, igualdade e oportunidade
possam ser a tríade do nosso Brasil! Não importa a cor, cargo,
opção sexual, sexo, religião, um crime é um crime! Preconceito é
crime! Basta!
“Selma
Alves” - Obra da Artista Kézia Talisin – Trabalho em
acrílica e colagem de papel sobre tela, com de 88x75 cm, ano 2018
A
tela "SELMA ALVES" foi inspirada nesta personalidade
natural de Nova Esperança-PR, residente em Paranaguá desde 1990,
que após a realização na profissão de magistério, foi em busca
do sonho de menina negra e pobre - "uma escola cheia de
crianças". Há dez anos as primeiras realizações do projeto
em meio a inúmeras dificuldades começaram a se concretizar. Hoje, o
Colégio atende 450 alunos do maternal ao ensino médio, 42
funcionários efetivos e 10 indiretos. Superando o desafio de
aceitar-se e acreditar em si mesma, além do preconceito, racismo e
descrédito.
“Miss
Brasil 2016, Raissa Santana” – Obra da artista e arquiteta
Luciana Martins - Trabalho
em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
Em
spatulée, entre sutis faturas plásticas e o próprio gestual,
evidencia-se um pantone de verdes, onde a artista e arquiteta Luciana
Martins, faz surgir a rainha da beleza negra nacional, Raissa
Santana, representando o Estado do Paraná, foi eleita a miss Brasil
2016, é escolhida por Luciana, para exaltar o encanto das
afrodescendentes que aqui se eternizam.
Raissa
Oliveira Santana, nasceu em Itaberaba-BA em 06/07/1995, aos seis
anos mudou com sua família para Umuarama no Paraná, onde reside até
hoje. Raissa se tornou a segunda mulher negra a ser eleita
nacionalmente como Miss, depois de exatos 30 anos da vitória da
gaúcha Deise Nunes.
“Quarto
de Despejo” - Obra do artista Luiz Felix - Trabalho
em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
O
gestual contemporaneo do artista, com desenhos de linha, hachuras e
aguadas de cor, ilustram a conceituada escritora negra, Carolina
Maria de Jesus e sua obra, Quarto de despejo: Diário de uma
favela.
Carolina
Maria de Jesus (1914/1977) nasceu em uma família extremamente pobre,
trabalhou desde muito cedo para auxiliar no sustento da casa. Com
isso, acabou não frequentando a escola, além de dois anos. Mudou-se
para São Paulo, indo morar na favela, para sustentar a si e seus
filhos, tornou-se catadora de papel. Guardava alguns desses papéis,
para registrar seu cotidiano na favela, denunciando a realidade
excludente em que viviam os negros. Em 1960, foi descoberta pelo
jornalista Audálio Dantas, que conheceu seus escritos. Assim, ela
escreveu o livro Quarto de Despejos, que vendeu mais de 100 mil
exemplares.
Tornou-se
uma escritora reconhecida, particularmente fora do país, sendo
incluída na antologia de escritoras negras, publicada em 1980 pela
Randon House, em Nova York. (Fonte: GGN, o Jornal de todos os Brasis)
“Black
Power” – obra do artista Márcio Prodócimo - Trabalho
em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
Com
figuração ímpar e muito própria de sua assinatura artística,
Márcio Prodócimo ilustra o seu cenário pictórico da pop art, e
nesta linguagem o artista cria a obra que homenageia as mulheres
negras da música brasileira.
O
poder e a força da madeixa negra cultuada no Brasil a partir da
década de 1970, é minuciosamente elaborada em notas musicais.
“Escravas
do Consumo” - obra do artista e designer Oswaldo Fontoura
Dias - Trabalho em acrílica e
mista sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
A
conscientização em questões de responsabilidade social e
sustentabilidade são contextos foco no labore do artista e designer
Oswaldo Fontoura Dias, que utiliza em suas obras diversos materiais
recicláveis. Neste trabalho, o artista integra embalagens cobertas
em acrílicas sobre prancha rígida, a figura de uma mulher negra,
censurada com um código de barras na face, nos propondo a reflexão
do consumo de uma sociedade escravocrata do Brasil colonial.
“Todas”
– Obra da artista Raquel
Frota - Trabalho em acrílica
sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
De forte impacto
gestual e visual, entre camadas de tintas e vestígios pictóricos,
a artista Raquel Frota batiza sua obra com signos e nomes próprios
de dezessete personalidades negras que contribuíram para a história
nacional brasileira. Entre Dandara, rainha dos Palmares e Anastácia
ícone da fé, Carolina Maria de Jesus, a escritora, Zeferina e
Maria Felipa, Adelina, Marielle entre outras, estão os martírios e
as lutas, conquistas e méritos, bem como a expressão cultural e
conhecimentos conquistados por estas negras mulheres, dignas Ahosi
do reino de Daomé.
“Ama
de Leite” – Obra da artista Tania Leal - Trabalho
em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
O
Universo feminino é o tema pictórico preferido da artista Tania
Leal, nele se encontra suas belas figurações, e nesta obra “Ama
de Leite”, a artista exalta a doçura, a beleza e o
aleitamento materno que as mulheres negras nutriam aos filhos da
sociedade branca. Na história da colonização brasileira, os
próprios colonizadores europeus, não viam a amamentação em sua
cultura, como uma atividade nobre a mulher branca. Recorreram de
início as índias que aqui habitavam, e tão logo foram
culturalmente rejeitadas, sendo as mulheres negras escravizadas, as
mais capazes para amamentarem e cuidarem de seus filhos. E durante
este período de colonização, as escravas negras com ou sem filhos,
eram comercializadas para este fim.
Espaço Cultural da Câmara Municipal de Ponta Grossa-PR
Imagens: DivulgaçãoQuinze artistas curitibanos, coordenados pelos artistas visuais Eloir Jr. e Carla Schwab, apresentam a exposição coletiva ”A CONTRIBUIÇÃO HISTÓRICA DA MULHER NEGRA NO BRASIL”, na Casa da Cultura de Colombo-PR. A mostra busca resgatar esta memória cultural que enriquece há séculos a expressão negra, e permanece de 03 a 30 de Julho de 2018.
Conheça
os artistas participantes e suas obras:
“Nossa
Senhora Aparecida” - Obra da
artista Ana Lectícia Mansur
– Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano
2018.
Entre
aguadas e camadas de tintas que compõem um fundo absoluto e
contemporâneo, a artista
faz surgir a padroeira da fé brasileira na mais privilegiada das
linguagens artísticas, a arte naïf. Nossa Senhora Aparecida,
a mãe negra do Brasil vestida em túnica exclusivamente criada pela
artista na cor vermelha, é devocionalmente agraciada na obra de Ana
Lectícia Mansur, cujo trabalho artístico culmina com o
tricentenário do encontro da imagem pelos pescadores Domingos
Garcia, Felipe Pedroso e João Alves.
“A
Benzedeira” - Obra do Artista e caricaturista Ari Vicentini
- Trabalho em acrílica sobre tela,
com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
A
obra retrata uma representante de comunidade afrodescendente do
Feixo, na Lapa-PR
Mesmo
com o avanço da medicina no século XXI e o surgimento de novas
técnicas de tratamento farmacológico, ainda há pessoas que
procuram o aconchego e as rezas destas magas das comunidades negras.
A
fé e a crença popular munem estas pessoas a procura destas
tradicionais mulheres que resistem ao tempo e conseguem manifestar
sua divindade através de gestos, ações, conhecimento sobre ervas
medicinais, simpatias e a própria oralidade sagrada que é proferida
a quem necessita. Há um respeito histórico e popular ao dom
recebido e oferecido, e ainda maior de quem vai em busca de uma cura.
“ZEZÉ
MOTTA-Senhora Liberdade” – Obra da Artista e poeta Bia
Ferreira - Trrabalho em
óleo e mista sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
A
obra criada por Bia Ferreira, retrata a grande atriz brasileira Zezé
Motta, resgatando na técnica mista e óleo sobre tela, um pouco da
trajetória desta importante ícone da teledramaturgia brasileira.
Maria
José Motta de Oliveira, conhecida como Zezé Motta, é
considerada uma das atrizes mais importantes da Teledramaturgia
brasileira. Começou a carreira em 1967, estrelando a peça
“Roda-Viva” de Chico Buarque. Em 1969 atuou em “Fígaro,
fígaro”, “Arena canta Zumbi” e “A Vida escrachada de Joana
Martini e Baby Stompanato”. Em 1974, atuou em “Godspell” e em
1999 participou do filme “Orfeu”. A carreira de cantora teve
início em 1971, em casas noturnas paulistas. De 1975 a 1979, lançou
três LPs. Nos anos 1980, lançou mais 03 discos. Como cantora
destacou-se com a música “Senhora Liberdade”. Ganhou
vários prêmios pela atuação no cinema e na televisão, mas seu
ápice foi desempenhando o papel de “Chica da Silva”,
tanto no cinema, como, mais tarde, na televisão. Além disso,
participa esporadicamente de discussões sobre o papel dos negros na
teledramaturgia.
“Origem”
- Obra da artista visual e orientadora de artes Carla
Schwab - Trabalho em acrílica
sobre tela, com dimensão: 90x80cm, ano 2018.
Tramas
e Rendas compõem a assinatura artística da artista e orientadora de
Artes Carla Schwab, e dentro deste milenar trabalho manual, a artista
faz surgir a identidade negra, a beleza, sutileza e toda a “Origem”
de hábitos e costumes de centenas de tribos africanas que
influenciaram a cultura brasileira. A policromia rendada por pincéis,
evidencia as características de um gigante continente, multifacetado
pela riqueza e detalhamento das tramas que emolduram o rosto de
impactante beleza negra.
“Peito
Preto” - Obra da Artista Cecifrance Aquino - Trabalho
em acrílica e mista sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
A
cultura materna europeia estabelecida no Brasil no século XIX, tão
pobre de amor e conhecimento, escolhe como modelo ideal utilizar-se
de amas africanas, trazidas para amamentar os filhos das damas e
cuidar deles. A mãe via a maternidade como um fardo indigno que
atrapalhava o que lhe cabia: o bom gerenciamento da casa.
Escravas
eram vendidas como amas e seus próprios bebês ignorados.
Logo
o negócio de amas-de-leite tornou-se altamente rentável...E com a
abolição logo surgiram as babás... século XX, afrodescendentes,
mal pagas, sem vínculo empregatício , doando suas vidas na criação
de filhos alheios: escravas contemporâneas?
A
obra em questão apresenta fotos de Albert Henschel, fotógrafo
alemão que se estabeleceu em Pernambuco tornando-se um dos primeiros
profissionais da área no século XIX. Entre anúncios em busca de
escravas, esta produção, quase uma assemblage, propõe num misto de
caos e azulejaria de influência portuguesa (encontrada na época em
construções de São Luiz do Maranhão e algumas cidades do
Nordeste) resgatar num flash, mais esta injustiça e desvantagem
histórica da mulher negra no Brasil.
“Drª
Vera Lúcia Laranjeira Manoel” - Obra do artista e curador
Celso Parubocz - Trabalho em
acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
Homenagem
a Drª Vera Lúcia Laranjeira Manoel, Advogada da Cidade de Ponta
Grossa, responsável pela manutenção do Clube Literário 13 de maio
em Ponta Grossa, bem como a preservação da mais antiga Manifestação
Cultural de nossa Cidade: O Carnaval. O artista vê
na imagem desta Mulher
Guerreira um símbolo de que não podemos deixar a vitimização
tomar conta dos nossos jovens, precisamos sim motivá-los a lutar
para adquirirem sempre mais qualidade de Vida e um Mundo melhor.
“Babuszka
Santa Escrava Anastácia” - Obra do artista e curador Eloir
Jr. - Trabalho em acrílica
sobre tela, com dimensão: 90x60cm, ano 2018.
Dentro
de sua assinatura artística, as tradicionais matrioszkas e
Babuszkas, o artista retrata um ícone da fé e da cultura
afro-brasileira.
Cultuada
como santa e heroína, a escrava Anastácia é considerada uma das
mais importantes personalidades religiosas negras da história
escravista do Brasil. Sua existência foi um combinação de luta
com bravura, resistência, doçura, beleza e fé. Em versões
populares e antigas escritas ou registros, narram sobre uma bela
mulher negra de olhos azuis, que não cedeu aos apelos sexuais de seu
senhor e, por isso, foi estuprada e recebeu a mordaça de folha de
flandres e a gargantilha de ferro. Anastácia nasceu em 12 de maio
de 1740, viveu na Bahia e em Minas Gerais e foi levada ao Rio de
Janeiro, sua data e local de morte são incertos, mas sabe-se que
seus restos mortais encontram-se na Igreja do Rosário no centro da
capital fluminense. A luta de Anastácia contra a escravidão e
assédios transformou-se em exemplo e até hoje sua força inspira a
fé de milhares de devotos que comemoram seu dia em 12 de maio.
“Uma
Cabeça Cheia de Cores” - Obra da Artista, Professora e
Colunista Katia Velo - Trabalho
em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
"Não
sou livre enquanto outra mulher for prisioneira, mesmo que as
correntes dela sejam diferentes das minhas."Com a frase da
escritora americana Audre Lorde, Marielle encerrou o encontro com as
mulheres do movimento, Jovens Negras Movendo as Estruturas, um pouco
antes de ser assassinada com quatro . O preconceito já traduz a
incapacidade de compreender o outro. Preconceito (pré-conceito)
opinião, julgamento, análise sem conhecimento. Violência só gera
violência, redundante, mas fatídico. Qualquer intervenção em um
momento crítico pode ser necessária, mas não resolve o que a
motiva. No Brasil, o desemprego, a miséria, a desigualdade social, o
descaso com a educação, a falta de oportunidade e a roubalheira sem
precedentes dos políticos, nos conduz a um pensamento coletivo do
tipo “se eles fazem, por que eu também não posso?”. Não
adianta só construir mais presídios, colocar mais policiais (ou
soldados) nas ruas, criar mais leis. Você até pode tentar estancar
o sangue colocando um torniquete, mas o problema continua e só vai
piorar. Os próximos passos: amputação e, consequentemente, morte.
Devemos e podemos mudar! Que a justiça, igualdade e oportunidade
possam ser a tríade do nosso Brasil! Não importa a cor, cargo,
opção sexual, sexo, religião, um crime é um crime! Preconceito é
crime! Basta!
“Selma
Alves” - Obra da Artista Kézia Talisin – Trabalho em
acrílica e colagem de papel sobre tela, com de 88x75 cm, ano 2018
A
tela "SELMA ALVES" foi inspirada nesta personalidade
natural de Nova Esperança-PR, residente em Paranaguá desde 1990,
que após a realização na profissão de magistério, foi em busca
do sonho de menina negra e pobre - "uma escola cheia de
crianças". Há dez anos as primeiras realizações do projeto
em meio a inúmeras dificuldades começaram a se concretizar. Hoje, o
Colégio atende 450 alunos do maternal ao ensino médio, 42
funcionários efetivos e 10 indiretos. Superando o desafio de
aceitar-se e acreditar em si mesma, além do preconceito, racismo e
descrédito.
“Miss
Brasil 2016, Raissa Santana” – Obra da artista e arquiteta
Luciana Martins - Trabalho
em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
Em
spatulée, entre sutis faturas plásticas e o próprio gestual,
evidencia-se um pantone de verdes, onde a artista e arquiteta Luciana
Martins, faz surgir a rainha da beleza negra nacional, Raissa
Santana, representando o Estado do Paraná, foi eleita a miss Brasil
2016, é escolhida por Luciana, para exaltar o encanto das
afrodescendentes que aqui se eternizam.
Raissa
Oliveira Santana, nasceu em Itaberaba-BA em 06/07/1995, aos seis
anos mudou com sua família para Umuarama no Paraná, onde reside até
hoje. Raissa se tornou a segunda mulher negra a ser eleita
nacionalmente como Miss, depois de exatos 30 anos da vitória da
gaúcha Deise Nunes.
“Quarto
de Despejo” - Obra do artista Luiz Felix - Trabalho
em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
O
gestual contemporaneo do artista, com desenhos de linha, hachuras e
aguadas de cor, ilustram a conceituada escritora negra, Carolina
Maria de Jesus e sua obra, Quarto de despejo: Diário de uma
favela.
Carolina
Maria de Jesus (1914/1977) nasceu em uma família extremamente pobre,
trabalhou desde muito cedo para auxiliar no sustento da casa. Com
isso, acabou não frequentando a escola, além de dois anos. Mudou-se
para São Paulo, indo morar na favela, para sustentar a si e seus
filhos, tornou-se catadora de papel. Guardava alguns desses papéis,
para registrar seu cotidiano na favela, denunciando a realidade
excludente em que viviam os negros. Em 1960, foi descoberta pelo
jornalista Audálio Dantas, que conheceu seus escritos. Assim, ela
escreveu o livro Quarto de Despejos, que vendeu mais de 100 mil
exemplares.
Tornou-se
uma escritora reconhecida, particularmente fora do país, sendo
incluída na antologia de escritoras negras, publicada em 1980 pela
Randon House, em Nova York. (Fonte: GGN, o Jornal de todos os Brasis)
“Black
Power” – obra do artista Marcio Prodocimo - Trabalho
em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
Com
figuração ímpar e muito própria de sua assinatura artística,
Márcio Prodócimo ilustra o seu cenário pictórico da pop art, e
nesta linguagem o artista cria a obra que homenageia as mulheres
negras da música brasileira.
O
poder e a força da madeixa negra cultuada no Brasil a partir da
década de 1970, é minuciosamente elaborada em notas musicais.
“Escravas
do Consumo” - obra do artista e designer Oswaldo Fontoura
Dias - Trabalho em acrílica e
mista sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
A
conscientização em questões de responsabilidade social e
sustentabilidade são contextos foco no labore do artista e designer
Oswaldo Fontoura Dias, que utiliza em suas obras diversos materiais
recicláveis. Neste trabalho, o artista integra embalagens cobertas
em acrílicas sobre prancha rígida, a figura de uma mulher negra,
censurada com um código de barras na face, nos propondo a reflexão
do consumo de uma sociedade escravocrata do Brasil colonial.
“Todas”
– Obra da artista Raquel
Frota - Trabalho em acrílica
sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
De forte impacto
gestual e visual, entre camadas de tintas e vestígios pictóricos,
a artista Raquel Frota batiza sua obra com signos e nomes próprios
de dezessete personalidades negras que contribuíram para a história
nacional brasileira. Entre Dandara, rainha dos Palmares e Anastácia
ícone da fé, Carolina Maria de Jesus, a escritora, Zeferina e
Maria Felipa, Adelina, Marielle entre outras, estão os martírios e
as lutas, conquistas e méritos, bem como a expressão cultural e
conhecimentos conquistados por estas negras mulheres, dignas Ahosi
do reino de Daomé.
“Ama
de Leite” – Obra da artista Tania Leal - Trabalho
em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
O
Universo feminino é o tema pictórico preferido da artista Tania
Leal, nele se encontra suas belas figurações, e nesta obra “Ama
de Leite”, a artista exalta a doçura, a beleza e o
aleitamento materno que as mulheres negras nutriam aos filhos da
sociedade branca. Na história da colonização brasileira, os
próprios colonizadores europeus, não viam a amamentação em sua
cultura, como uma atividade nobre a mulher branca. Recorreram de
início as índias que aqui habitavam, e tão logo foram
culturalmente rejeitadas, sendo as mulheres negras escravizadas, as
mais capazes para amamentarem e cuidarem de seus filhos. E durante
este período de colonização, as escravas negras com ou sem filhos,
eram comercializadas para este fim.
Panorama Expositivo
Casa da Cultura de Colombo-PR - Imagem: Divulgação
Crédito: Carla Schwab
Crédito: Carla Schwab
Crédito: Carla Schwab
Crédito: Carla Schwab
Crédito: Carla Schwab
Crédito: Carla Schwab
Crédito: Carla Schwab
Crédito: Carla Schwab
Logo divulgação
16ª
SEMANA NACIONAL DE MUSEUS
Promovida
pelo IBRAM (Instituto Brasileiro de Museus)
Quinze artistas curitibanos, coordenados pelos artistas visuais Eloir Jr. e Carla Schwab, apresentam a exposição coletiva ”A CONTRIBUIÇÃO HISTÓRICA DA MULHER NEGRA NO BRASIL”, no Espaço Cultural IPO. A mostra busca resgatar esta memória cultural que enriquece há séculos a expressão negra.
Quinze artistas curitibanos, coordenados pelos artistas visuais Eloir Jr. e Carla Schwab, apresentam a exposição coletiva ”A CONTRIBUIÇÃO HISTÓRICA DA MULHER NEGRA NO BRASIL”, no Espaço Cultural IPO. A mostra busca resgatar esta memória cultural que enriquece há séculos a expressão negra.
Conheça
os artistas participantes e o conceito de suas obras:
“Nossa
Senhora Aparecida” - Obra da
artista Ana Lectícia Mansur
– Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano
2018.
Entre
aguadas e camadas de tintas que compõem um fundo absoluto e
contemporâneo, a artista
faz surgir a padroeira da fé brasileira na mais privilegiada das
linguagens artísticas, a arte naïf. Nossa Senhora Aparecida,
a mãe negra do Brasil vestida em túnica exclusivamente criada pela
artista na cor vermelha, é devocionalmente agraciada na obra de Ana
Lectícia Mansur, cujo trabalho artístico culmina com o
tricentenário do encontro da imagem pelos pescadores Domingos
Garcia, Felipe Pedroso e João Alves.
“A
Benzedeira” - Obra do Artista e caricaturista Ari Vicentini
- Trabalho em acrílica sobre tela,
com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
A
obra retrata uma representante de comunidade afrodescendente do
Feixo, na Lapa-PR
Mesmo
com o avanço da medicina no século XXI e o surgimento de novas
técnicas de tratamento farmacológico, ainda há pessoas que
procuram o aconchego e as rezas destas magas das comunidades negras.
A
fé e a crença popular munem estas pessoas a procura destas
tradicionais mulheres que resistem ao tempo e conseguem manifestar
sua divindade através de gestos, ações, conhecimento sobre ervas
medicinais, simpatias e a própria oralidade sagrada que é proferida
a quem necessita. Há um respeito histórico e popular ao dom
recebido e oferecido, e ainda maior de quem vai em busca de uma cura.
“ZEZÉ
MOTTA-Senhora Liberdade” – Obra da Artista e poeta Bia
Ferreira - Trrabalho em
óleo e mista sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
A
obra criada por Bia Ferreira, retrata a grande atriz brasileira Zezé
Motta, resgatando na técnica mista e óleo sobre tela, um pouco da
trajetória desta importante ícone da teledramaturgia brasileira.
Maria
José Motta de Oliveira, conhecida como Zezé Motta, é
considerada uma das atrizes mais importantes da Teledramaturgia
brasileira. Começou a carreira em 1967, estrelando a peça
“Roda-Viva” de Chico Buarque. Em 1969 atuou em “Fígaro,
fígaro”, “Arena canta Zumbi” e “A Vida escrachada de Joana
Martini e Baby Stompanato”. Em 1974, atuou em “Godspell” e em
1999 participou do filme “Orfeu”. A carreira de cantora teve
início em 1971, em casas noturnas paulistas. De 1975 a 1979, lançou
três LPs. Nos anos 1980, lançou mais 03 discos. Como cantora
destacou-se com a música “Senhora Liberdade”. Ganhou
vários prêmios pela atuação no cinema e na televisão, mas seu
ápice foi desempenhando o papel de “Chica da Silva”,
tanto no cinema, como, mais tarde, na televisão. Além disso,
participa esporadicamente de discussões sobre o papel dos negros na
teledramaturgia.
“Origem”
- Obra da artista visual e orientadora de artes Carla
Schwab - Trabalho em acrílica
sobre tela, com dimensão: 90x80cm, ano 2018.
Tramas
e Rendas compõem a assinatura artística da artista e orientadora de
Artes Carla Schwab, e dentro deste milenar trabalho manual, a artista
faz surgir a identidade negra, a beleza, sutileza e toda a “Origem”
de hábitos e costumes de centenas de tribos africanas que
influenciaram a cultura brasileira. A policromia rendada por pincéis,
evidencia as características de um gigante continente, multifacetado
pela riqueza e detalhamento das tramas que emolduram o rosto de
impactante beleza negra.
“Peito
Preto” - Obra da Artista Cecifrance Aquino - Trabalho
em acrílica e mista sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
A
cultura materna europeia estabelecida no Brasil no século XIX, tão
pobre de amor e conhecimento, escolhe como modelo ideal utilizar-se
de amas africanas, trazidas para amamentar os filhos das damas e
cuidar deles. A mãe via a maternidade como um fardo indigno que
atrapalhava o que lhe cabia: o bom gerenciamento da casa. Escravas
eram vendidas como amas e seus próprios bebês ignorados. Logo
o negócio de amas-de-leite tornou-se altamente rentável...E com a
abolição logo surgiram as babás... século XX, afrodescendentes,
mal pagas, sem vínculo empregatício , doando suas vidas na criação
de filhos alheios: escravas contemporâneas? A
obra em questão apresenta fotos de Albert Henschel, fotógrafo
alemão que se estabeleceu em Pernambuco tornando-se um dos primeiros
profissionais da área no século XIX. Entre anúncios em busca de
escravas, esta produção, quase uma assemblage, propõe num misto de
caos e azulejaria de influência portuguesa (encontrada na época em
construções de São Luiz do Maranhão e algumas cidades do
Nordeste) resgatar num flash, mais esta injustiça e desvantagem
histórica da mulher negra no Brasil.
“Drª
Vera Lúcia Laranjeira Manoel” - Obra do artista e curador
Celso Parubocz - Trabalho em
acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
Homenagem
a Drª Vera Lúcia Laranjeira Manoel, Advogada da Cidade de Ponta
Grossa, responsável pela manutenção do Clube Literário 13 de maio
em Ponta Grossa, bem como a preservação da mais antiga Manifestação
Cultural de nossa Cidade: O Carnaval. O artista vê
na
imagem desta Mulher Guerreira um símbolo de que não podemos deixar
a vitimização tomar conta dos nossos jovens, precisamos sim
motivá-los a lutar para adquirirem sempre mais qualidade de Vida e
um Mundo melhor.
“Babuszka
Santa Escrava Anastácia” - Obra do artista e curador Eloir
Jr. - Trabalho em acrílica
sobre tela, com dimensão: 90x60cm, ano 2018.
Dentro
de sua assinatura artística, as tradicionais matrioszkas e
Babuszkas, o artista retrata um ícone da fé e da cultura
afro-brasileira.
Cultuada
como santa e heroína, a escrava Anastácia é considerada uma das
mais importantes personalidades religiosas negras da história
escravista do Brasil. Sua existência foi um combinação de luta
com bravura, resistência, doçura, beleza e fé. Em versões
populares e antigas escritas ou registros, narram sobre uma bela
mulher negra de olhos azuis, que não cedeu aos apelos sexuais de seu
senhor e, por isso, foi estuprada e recebeu a mordaça de folha de
flandres e a gargantilha de ferro. Anastácia nasceu em 12 de maio
de 1740, viveu na Bahia e em Minas Gerais e foi levada ao Rio de
Janeiro, sua data e local de morte são incertos, mas sabe-se que
seus restos mortais encontram-se na Igreja do Rosário no centro da
capital fluminense. A luta de Anastácia contra a escravidão e
assédios transformou-se em exemplo e até hoje sua força inspira a
fé de milhares de devotos que comemoram seu dia em 12 de maio.
“Uma
Cabeça Cheia de Cores” - Obra da Artista, Professora e
Colunista Katia Velo - Trabalho
em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
"Não
sou livre enquanto outra mulher for prisioneira, mesmo que as
correntes dela sejam diferentes das minhas."Com a frase da
escritora americana Audre Lorde, Marielle encerrou o encontro com as
mulheres do movimento, Jovens Negras Movendo as Estruturas, um pouco
antes de ser assassinada com quatro . O preconceito já traduz a
incapacidade de compreender o outro. Preconceito (pré-conceito)
opinião, julgamento, análise sem conhecimento. Violência só gera
violência, redundante, mas fatídico. Qualquer intervenção em um
momento crítico pode ser necessária, mas não resolve o que a
motiva. No Brasil, o desemprego, a miséria, a desigualdade social, o
descaso com a educação, a falta de oportunidade e a roubalheira sem
precedentes dos políticos, nos conduz a um pensamento coletivo do
tipo “se eles fazem, por que eu também não posso?”. Não
adianta só construir mais presídios, colocar mais policiais (ou
soldados) nas ruas, criar mais leis. Você até pode tentar estancar
o sangue colocando um torniquete, mas o problema continua e só vai
piorar. Os próximos passos: amputação e, consequentemente, morte.
Devemos e podemos mudar! Que a justiça, igualdade e oportunidade
possam ser a tríade do nosso Brasil! Não importa a cor, cargo,
opção sexual, sexo, religião, um crime é um crime! Preconceito é
crime! Basta!
“Selma
Alves” - Obra da Artista Kézia Talisin – Trabalho em
acrílica e colagem de papel sobre tela, com de 88x75 cm, ano 2018
A
tela "SELMA ALVES" foi inspirada nesta personalidade
natural de Nova Esperança-PR, residente em Paranaguá desde 1990,
que após a realização na profissão de magistério, foi em busca
do sonho de menina negra e pobre - "uma escola cheia de
crianças". Há dez anos as primeiras realizações do projeto
em meio a inúmeras dificuldades começaram a se concretizar. Hoje, o
Colégio atende 450 alunos do maternal ao ensino médio, 42
funcionários efetivos e 10 indiretos. Superando o desafio de
aceitar-se e acreditar em si mesma, além do preconceito, racismo e
descrédito.
“Miss
Brasil 2016, Raissa Santana” – Obra da artista e arquiteta
Luciana Martins - Trabalho
em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
Em
spatulée, entre sutis faturas plásticas e o próprio gestual,
evidencia-se um pantone de verdes, onde a artista e arquiteta Luciana
Martins, faz surgir a rainha da beleza negra nacional, Raissa
Santana, representando o Estado do Paraná, foi eleita a miss Brasil
2016, é escolhida por Luciana, para exaltar o encanto das
afrodescendentes que aqui se eternizam.
Raissa
Oliveira Santana, nasceu em Itaberaba-BA em 06/07/1995, aos seis
anos mudou com sua família para Umuarama no Paraná, onde reside até
hoje. Raissa se tornou a segunda mulher negra a ser eleita
nacionalmente como Miss, depois de exatos 30 anos da vitória da
gaúcha Deise Nunes.
“Quarto
de Despejo” - Obra do artista Luiz Felix - Trabalho
em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
O
gestual contemporaneo do artista, com desenhos de linha, hachuras e
aguadas de cor, ilustram a conceituada escritora negra, Carolina
Maria de Jesus e sua obra, Quarto de despejo: Diário de uma
favela.
Carolina
Maria de Jesus (1914/1977) nasceu em uma família extremamente pobre,
trabalhou desde muito cedo para auxiliar no sustento da casa. Com
isso, acabou não frequentando a escola, além de dois anos. Mudou-se
para São Paulo, indo morar na favela, para sustentar a si e seus
filhos, tornou-se catadora de papel. Guardava alguns desses papéis,
para registrar seu cotidiano na favela, denunciando a realidade
excludente em que viviam os negros. Em 1960, foi descoberta pelo
jornalista Audálio Dantas, que conheceu seus escritos. Assim, ela
escreveu o livro Quarto de Despejos, que vendeu mais de 100 mil
exemplares.
Tornou-se
uma escritora reconhecida, particularmente fora do país, sendo
incluída na antologia de escritoras negras, publicada em 1980 pela
Randon House, em Nova York. (Fonte: GGN, o Jornal de todos os Brasis)
“Black
Power” – obra do artista Márcio Prodócimo - Trabalho
em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
Com
figuração ímpar e muito própria de sua assinatura artística,
Márcio Prodócimo ilustra o seu cenário pictórico da pop art, e
nesta linguagem o artista cria a obra que homenageia as mulheres
negras da música brasileira.
O
poder e a força da madeixa negra cultuada no Brasil a partir da
década de 1970, é minuciosamente elaborada em notas musicais.
“Escravas
do Consumo” - obra do artista e designer Oswaldo Fontoura
Dias - Trabalho em acrílica e
mista sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
A
conscientização em questões de responsabilidade social e
sustentabilidade são contextos foco no labore do artista e designer
Oswaldo Fontoura Dias, que utiliza em suas obras diversos materiais
recicláveis. Neste trabalho, o artista integra embalagens cobertas
em acrílicas sobre prancha rígida, a figura de uma mulher negra,
censurada com um código de barras na face, nos propondo a reflexão
do consumo de uma sociedade escravocrata do Brasil colonial.
“Todas”
– Obra da artista Raquel
Frota - Trabalho em acrílica
sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
De forte impacto
gestual e visual, entre camadas de tintas e vestígios pictóricos,
a artista Raquel Frota batiza sua obra com signos e nomes próprios
de dezessete personalidades negras que contribuíram para a história
nacional brasileira. Entre Dandara, rainha dos Palmares e Anastácia
ícone da fé, Carolina Maria de Jesus, a escritora, Zeferina e
Maria Felipa, Adelina, Marielle entre outras, estão os martírios e
as lutas, conquistas e méritos, bem como a expressão cultural e
conhecimentos conquistados por estas negras mulheres, dignas Ahosi
do reino de Daomé.
“Ama
de Leite” – Obra da artista Tania Leal - Trabalho
em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
O
Universo feminino é o tema pictórico preferido da artista Tania
Leal, nele se encontra suas belas figurações, e nesta obra “Ama
de Leite”, a artista exalta a doçura, a beleza e o
aleitamento materno que as mulheres negras nutriam aos filhos da
sociedade branca. Na história da colonização brasileira, os
próprios colonizadores europeus, não viam a amamentação em sua
cultura, como uma atividade nobre a mulher branca. Recorreram de
início as índias que aqui habitavam, e tão logo foram
culturalmente rejeitadas, sendo as mulheres negras escravizadas, as
mais capazes para amamentarem e cuidarem de seus filhos. E durante
este período de colonização, as escravas negras com ou sem filhos,
eram comercializadas para este fim.
PANORAMA EXPOSITIVO - ESPAÇO CULTURAL IPO
Exposição
“A Contribuição Histórica da Mulher Negra no Brasil”
De:
13/05 a 14/06/2018 - Horário Livre
Local:
Espaço Cultural IPO
Endereço:
Rua Goiás, 60 - Água Verde
Térreo
41
– 3314-1500
Curitiba-PR
Entrada
franca
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