Créditos: Isabelle Neri
O artista e o curador da mostra.
A
mostra reúne mais de 60 obras, produzidas em diferentes técnicas de
reprodução gráfica
Crédito: Isabelle Neri
A
mostra “Emblemas da Cultura Brasileira: Retrospectiva da obra
gráfica de Claudio Tozzi”, que ficaria em cartaz na Caixa Cultural
Curitiba até o 6 de janeiro, foi prorrogada e permanece em cartaz
até o dia 17 de fevereiro. A exposição é uma oportunidade rara de
conhecer a obra gráfica do artista, nos últimos 50 anos, e
apresenta soluções técnicas coerentes com cada fase de sua
produção pictórica, utilizando variados processos de reprodução
gráfica: serigrafia, xerox, litografia, gravura em metal, zinc
off-set e digitografia.
A
produção de Tozzi tem absoluta coerência de linguagem entre sua
pintura e o meio de reprodução utilizado em cada fase. Assim as
cores chapadas dos astronautas e multidões da década de 60 são
reproduzidas pelo processo de serigrafia. Os parafusos mais
simbólicos e contidos exigem uma técnica mais intimista: a gravura
em metal.
“Sempre
propus realizar trabalhos que fossem inseridos no espaço da cidade,
atitude resultante de estudos e reflexões de minha formação em
arquitetura e design urbano”, disse Claudio Tozzi. Atualmente, sua
produção exige técnicas e superposições de retículas gráficas
que permitem ao expectador uma percepção mais ampla da forma e da
cor através da somatória ótica de retículas com variações de
seus matizes.
A
mostra é resultado de uma pesquisa do curador e historiador Manuel
Neves, realizada na École dês hautes Etudes em Sciences Sociais em
Paris, que investigou a produção da arte brasileira na segunda
metade da década de 60, onde a obra de Claudio Tozzi ocupa destacado
lugar. A pesquisa em idioma francês (ainda não publicada no Brasil)
que tem como título: “Image Pop: Pop art presence et negation dans
l’art brésilien des années soixante“, foi editada na Europa
pela Édition Universitaires Européennes, Sarrebruck.
Segundo
o curador Manuel Neves, Claudio Tozzi é um artista fundamental na
cena contemporânea brasileira. Sua obra, como a dos artistas mais
importantes de sua geração, articula uma mudança radical no
estatuto da imagem artística, tomando e reprogramando os modelos
visuais projetados pelos meios de comunicação e a indústria do
espetáculo, para produzir uma obra figurativa, chamada genericamente
no mundo anglo-saxão pop art.
As
imagens referentes à exposição englobam toda a produção de Tozzi
em suas diversas fases: multidões, bandido da luz vermelha,
astronautas, parafusos, cor pigmento luz, recortes até a mais
recente - territórios.
Crédito: Isabelle Neri
Nasceu
em São Paulo, onde vive. Estudou no Colégio de Aplicação da
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de
São Paulo (1956 a 1962) e na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da
Universidade de São Paulo (1964 a 1969), onde trabalha como
professor. É Doutor pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da
Universidade de São Paulo (FAUUSP).
Participou
de várias exposições coletivas e individuais, entre elas: Jovem
Arte Contemporânea no Museu de Arte Contemporânea da Universidade
de São Paulo; Panorama da Arte Brasileira no Museu de Arte Moderna
de São Paulo; Brasil 500 anos – Arte Contemporânea; Arte e
Sociedade; Subversão dos Meios no Centro Cultural Itaú; The World
Goes Pop na Tate Modern (Londres); International Pop no Walker Art
Center, Dallas Museum of Art e Philadelphia Museum of Art e nas
Bienais de São Paulo, Veneza, Paris, Medelin (Colômbia), Havana,
Makurazaki (Japão) e do Mercosul; no Museu da Casa Brasileira em São
Paulo, Museu de Arte Moderna no Rio de Janeiro, Museu Andrade Muricy
em Curitiba, Museu de Arte Moderna de Cascavel, Museu de Arte Moderna
de Londrina e em diversas galerias no Brasil e no Exterior.
Recebeu
vários prêmios dentre os quais Prêmio de viagem ao Exterior, no
Salão Nacional; Press Prize Awards 2016 – Artes Plásticas Miami,
Fort Landerdale; Prêmio Trajetória 2016, Associação Brasileira de
Críticos de Arte.
Créditos: Isabelle Neri
Incentivo
à cultura:
A
CAIXA investiu mais de R$ 385 milhões em cultura nos últimos cinco
anos. Em 2018, nas unidades da CAIXA Cultural em Brasília, Curitiba,
Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo, está
prevista a realização de 244 projetos de Artes Visuais, Cinema,
Dança, Música, Teatro e Vivências.
A
CAIXA Cultural Curitiba oferece, desde 2004, uma programação
diversificada, com opções gratuitas ou a preços populares,
estimulando a inclusão e a cidadania. O espaço, situado no centro
da capital, conta com duas galerias, um teatro, uma sala de oficinas
e tem 70 atrações previstas na programação de 2018.
Serviço:
Artes
Visuais: Emblemas da Cultura Brasileira: Retrospectiva da obra
gráfica de Claudio Tozzi
Local: CAIXA
Cultural Curitiba - Galeria Térreo - Rua Conselheiro Laurindo, 280,
Centro - Curitiba (PR)
Visitação: 7
de novembro a 17 de fevereiro de 2019
Horário: terça
a sábado, das 10h às 20h, e domingo, das 10h às 19h
Entrada
franca
Classificação
etária: Livre para todos os públicos
Informações: (41)
2118-5427
Patrocínio: CAIXA
e Governo Federal
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