sábado, 25 de agosto de 2018

"A BOSSA, É NOSSA!"




Exposição “A Bossa, é Nossa!”, comemora os 60 anos da Bossa Nova.
Nascida em 1958, a Bossa Nova nunca deixou saudades, e é homenageada com a exposição “A Bossa, é Nossa!”, no Espaço Cultural IPO, onde 15 artistas produziram trabalhos inéditos, nas mais diferentes linguagens e técnicas artísticas, trazendo a musicalidade, as personalidades e a história deste gênero musical que colocou o Brasil na atmosfera mundial da música. A mostra faz parte da 12a. Primavera dos Museus, promovida pelo IBRAM (Instituto Brasileiro de Museus), com a qual o Espaço Cultural participa pela segunda vez em um evento oficial deste órgão federal.

Conheça os artistas participantes, suas obras e ouça a bossa que os inspirou...


DESAFINADA” - Obra da artista Ana Lectícia Mansur – Trabalho em ténica mista sobre tela P.E.T., com dimensão: 120x100cm, ano 2016.

Em linguagem naife, a artista retrata a presença feminina na Bossa Nova, colocando-a em evidência sobre o palco, assim como Nara Leão.
Desafinado é uma canção do gênero bossa nova composta por Antônio Carlos Jobim e Newton Mendonça e gravada por João Gilberto em 10 de novembro de 1958, nos Estúdios Odeon, no Rio de Janeiro. A canção é uma resposta à crítica da época, que considerava a bossa nova como "música para cantores desafinados".A canção foi posteriormente gravada por diversos artistas, incluindo Tom Jobim, Herb Alpert,Nara Leão, Ella Fitzgerald e Stan Getz que, em 1963, ganhou o Grammy de Melhor Performance de Jazz.

Link para letra e clip da canção Desafinado:



RETRATO DE VINÍCIUS DE MORAES” - Obra do Artista e caricaturista Ari Vicentini - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

O artista espressa fielmente e em realismo contemporâneo, o retrato de um dos criadores da Bossa Nova.
Marcus Vinicius da Cruz de Mello Moraes, conhecido como Vinicius de Moraes, nasceu em 19 de outubro de 1913, no Rio de Janeiro, com ascendência nobre e de dotes artísticos. É um dos fundadores do movimento revolucionário na música brasileira, chamado de “Bossa Nova”, juntamente com Tom Jobim e João Gilberto.
Chega de Saudade é uma canção escrita por Vinicius de Moraes(letra) e por Antonio Carlos Jobim(música), no final dos anos dourados e, gravada por diversos artistas, como João Gilberto, Elizeth Cardoso e Os Cariocas. Esta canção tornou-se em um dos símbolos da Bossa Nova.

Link para letra e clip da canção Chega de Saudade:



A BOSSA, É NOSSA!” – Obra da Artista e poeta Bia Ferreira - Trabalho em fine art e mista sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

Em fine art, colorida e criada por Bia Ferreira, a obra retrata os mentores e idealizadores do genêro musical batizado como “Bossa Nova”, a imagem representa Nara Leão, João Gilberto, Tom Jobim e Vinícius de Moraes, dividindo pictoricamente partirturas das canções “Garota de Ipanema” e “Chega de Saudade” consideradas ícones da Bossa e, conhecidas mundialmente.

Link para letra e clip da canção Chega de Saudade:



GAROTA DE IPANEMA” - Obra da artista visual e orientadora de artes Carla Schwab - Trabalho em acrílica sobre tela P.E.T., com dimensão: 90x80cm, ano 2018.

Dentro de sua assinatura artística, as “Tramas e Rendas”, a artista representa sua garota de Ipanema envolvida em sutil echarpe estampada com o calçadão de Ipanema sobre a cabeça, num cenário tramado em nuances azuis com mandalas policromáticas. "Garota de Ipanema" é uma canção brasileira de bossa nova e MPB, composta por TomJobim e letrada por Vinicius de Moraes em 1962, onde Helô Pinheiro tornou-se musa inspiradora.

Link para letra e clip da canção Garota de Ipanema:




BECO DAS GARRAFAS” - Obra do artista e curador Celso Parubocz - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

Beco das Garrafas é o nome atribuído a uma travessa sem saída da Rua Duvivier em Copacabana no Rio de Janeiro, local artístico e boêmio onde abrigava nas décadas de 1950 e 1960, um conjunto de casas noturnas, é também considerado um dos locais do berço da Bossa Nova.
Link para letra e clip da canção Copacabana:





MATRIBOSSA” - Obra do artista e curador Eloir Jr. - Trabalho em acrílica sobre tela P.E.T., com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

Dentro de sua assinatura artística, as tradicionais matrioszkas e Babuszkas, o artista as retrata no interior de um violão, um passeio pictórico pelos calçadões de Copacabana e Ipanema, tendo como cenário a presença paranista através das rosáceas de pinhão. “Samba de uma nota só”, faz referência as sete notas musicais, representadas pelas matrioshkas cantantes, cuja famosa canção é musicalizada por Tom Jobim com letra de Newton Mendonça.

Link para letra e clip da canção Samba de Uma Nota Só:



INSENSATEZ” - Obra da Artista, Professora e Colunista Katia Velo - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

Com presença policrátimaca, faturas plásticas e um gestual bastante expressivo, revelam a assinatura artística de Katia Velo.
Natural de São Paulo, Capital, nascida em 1966. Professora de arte, colunista, fotógrafa, consultora cultural, artista plástica, ensaísta e palestrante. Especialista em História da Arte Moderna e Contemporânea pela EMBAP (2007); realizou cursos de Especialização em Educação pela USP (1992-1994); bacharelada e Licenciada em Letras – Faculdade Anhembi/Morumbi – SP (1991). Possui em seu currículo, mais de 15 exposições individuais e 150 coletivas, além de premiações em Salões de Arte. Criadora e idealizadora do Projeto #doeumaflor (4ª. Edição). Participou por quase dez anos do grupo CACEV – Centro de Arte Contemporânea Edilson Viriato. Expôs na Argentina, Alemanha, Áustria, Estados Unidos, Espanha, França e Polônia. Desde 2007 é diretora de Comunicação da APAP/PR. Exerceu na Secretaria Municipal de Cultura de São José dos Pinhais os cargos de chefia na divisão de música, literatura e artes plásticas e atuou como assessora e curadora, respectivamente em 2004 e 2013. Desde 2014 assina coluna na “Folha da Mulher”. Há treze anos assina a coluna virtual cultural www.katiavelo.com.br. Por sua atuação tem recebido premiações e homenagens.

SOBRE A OBRA:
A cada trabalho, surge um novo desafio. Ao receber o convite do curador e artista plástico Eloir Jr. não tinha a menor ideia do que poderia produzir. Após assistir alguns documentários e ler sobre a Bossa Nova, transportei-me para um Rio de Janeiro paradisíaco, de praias quase desertas, de amigos próximos e conversas em bares. As músicas que são quase sussurradas surgiram de uma necessidade de cantar em um tom mais baixo, pois as pessoas começaram a morar em prédios e até os pequenos incidentes como um barco à deriva virava poesia como a música “Um Barquinho” de Ronaldo Bôscoli. Em um tempo onde mulher com um violão era vista como uma “mulher à toa” Nara Leão é a musa da Bossa Nova. A música escolhida para realizar a obra foi “Insensatez” de João Gilberto. A música é sobre “dor de cotovelo” como costumava-se falar sobre uma desilusão amorosa e fala de coisas que tocam o coração. “Quem semeia vento, dia a razão/Colhe sempre tempestade “, este trecho da música, para mim, exemplifica perfeitamente o sentimento da Bossa Nova em comunhão com a Primavera.

Link para letra e clip da canção Insensatez:
https://www.letras.mus.br/vinicius-de-moraes/87319/





ÁGUA DE BEBER” - Obra da Artista Kézia Talisin – Trabalho em técnica mista sobre tela, com dimensão de 100x70 cm, ano 2018

Entre colagens com papéis de seda, tons quentes, texturas e grafitados sonorizando a letra de Água de Beber, a artista retrata a melancolia e desilusão amorosa em poesia neoconcretista. A canção de 1959, faz parte da bossa nova e foi composta por Tom Jobim, com letra de Vinicius de Moraes.

Link para letra e clip da canção Água de Beber:








BOSSA 40o. GRAUS” – Obra da artista e arquiteta Luciana Martins - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

Em spatulée, entre sutis faturas plásticas e o próprio gestual, a artista retrata o cartão postal carioca, cenário de tantas inspirações da Bossa Nova e, compõe em seu trabalho uma analogia entre a música “Rio 40o. Graus” de Fernanda Abreu com “Samba do avião”, composta por Tom Jobim em 1962.

Link para letra e clip da canção Samba do Avião:




UM CANTINHO E UM VIOLÃO” - Obra do artista Luiz Felix - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

Linhas desenhadas compõem a geografia da cidade maravilhosa, onde em Copacabana repousa um solitário violão vazado com a figura personificada da Bossa Nova. A obra inspirada na canção “Corcovado”, escrita por Tom Jobim em 1960, oferece o calor fluminense e ao mesmo tempo um bucólico cantinho e um violão, pra fazer feliz a quem se ama.

Link para letra e clip da canção Corcovado:


BOSSA 60” - obra do artista e designer Oswaldo Fontoura Dias - Trabalho em acrílica e mista sobre prancha rígida, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

A conscientização em questões de responsabilidade social e sustentabilidade são contextos foco no labore do artista e designer Oswaldo Fontoura Dias, que utiliza em suas obras diversos materiais recicláveis. Neste trabalho o artista retrata a postura figurativa icônica de um dos pais da Bossa Nova.

Link para letra e clip da canção Corcovado:





PAISAGEM SONORA” - obra do artista e músico Roberto Mattar – Trabalho em técnica mista e colagem sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

A composição artística de Roberto Mattar, retrata sobreposições e colagens de instrumentos musicais, desenvolvendo a poética da paisagem do som e, desta forma estabelece um diálogo visual com a música. Esta paisagem sonora de formas, sons, tons e cores, experiencia os sentidos numa onda(Wave) do visível ao audível e, exterioriza “coisas que só o coração pode entender”.
Wave é a primeira música de um álbum de 1967, com mesmo nome, composta por Tom Jobim com arranjos de Claus Ogerman.

Link para letra e clip da canção Wave:



CORCOVADO” - Obra da artista Ruth Mara – Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

Da janela vê-se o corcovado, o redentor que lindo”, são versos que através da música, colorem a geografia da cidade maravilhosa criada no trabalho da artista Ruth Mara, onde o violão se curva ao calçadão e mergulha no mar de Copacabana.
A obra inspirada na canção “Corcovado”, escrita por Tom Jobim em 1960, oferece o calor fluminense na percepção desta artista.

Link para letra e clip da canção Corcovado:



MINHA ALMA CANTA” - Obra da artista aquarelista Sonia Madruga (convidada especial do RJ) – Trabalho em aquarela com água da chuva sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

Sonia Madruga é carioca, e artista aquarelista convidada especialmente para esta mostra em Curitiba, sendo sua obra “Minha Alma Canta”, a representante do berço da Bossa. Em sua produção torna-se sui generis, pois a água utilizada para aquarelar seus trabalhos é benta e, também vem da chuva, desta forma Sonia “batiza” suas obras, o que a torna criadora e madrinha.
...Rio, céu, mar/Praia sem fim/Rio, você foi feito pra mim/Cristo Redentor/Braços abertos sobre a Guanabara/Este samba é só porque/Rio, eu gosto de você... esses, entre outros versos de inúmeras canções da Bossa Nova, estão grafitados em seu trabalho, firmando a riqueza natural de ser uma brasileira da cidade maravilhosa.

Link para letra e clip da canção Samba do Avião:




ELA É CARIOCA” – Obra da artista Tânia Leal - Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

O Universo feminino é o tema pictórico preferido da artista Tania Leal, nele se encontra suas belas figurações, e nesta obra “Ela é carioca”, a artista retrata a presença feminina no movimento musical da Bossa Nova. Ela é Carioca, é uma das canções deste gênero musical composta em 1963 por Tom Jobim, com letra de Vinícius de Moraes.

Link para letra e clip da canção Ela é carioca:
https://www.letras.mus.br/vinicius-de-moraes/87323/

PANORAMA EXPOSITIVO
Crédito das imagens: Carla Schwab













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