Exposição
“A Bossa, é Nossa!”, comemora os 60
anos da Bossa Nova.
Nascida
em 1958, a Bossa Nova nunca deixou saudades, e é homenageada com a
exposição “A Bossa, é Nossa!”, no Espaço Cultural IPO, onde
15 artistas produziram trabalhos inéditos, nas mais diferentes
linguagens e técnicas artísticas, trazendo a musicalidade, as
personalidades e a história deste gênero musical que colocou o
Brasil na atmosfera mundial da música. A mostra faz parte da 12a.
Primavera dos Museus, promovida pelo IBRAM (Instituto Brasileiro de
Museus), com a qual o Espaço Cultural participa pela segunda vez em
um evento oficial deste órgão federal.
Conheça
os artistas participantes, suas obras e ouça a bossa que os
inspirou...
“DESAFINADA”
- Obra da artista Ana Lectícia Mansur
– Trabalho em ténica mista sobre tela P.E.T., com dimensão:
120x100cm, ano 2016.
Em
linguagem naife, a artista
retrata a presença feminina na Bossa Nova, colocando-a em evidência
sobre o palco, assim como Nara Leão.
Desafinado
é uma canção do gênero bossa nova composta por Antônio Carlos
Jobim e Newton Mendonça e gravada por João Gilberto em 10 de
novembro de 1958, nos Estúdios Odeon, no Rio de Janeiro. A canção
é uma resposta à crítica da época, que considerava a bossa nova
como "música para cantores desafinados".A canção foi
posteriormente gravada por diversos artistas, incluindo Tom Jobim,
Herb Alpert,Nara Leão, Ella Fitzgerald e Stan Getz que, em 1963,
ganhou o Grammy de Melhor Performance de Jazz.
Link
para letra e clip da canção Desafinado:
“RETRATO
DE VINÍCIUS DE MORAES” - Obra do Artista e caricaturista Ari
Vicentini - Trabalho em
acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
O
artista espressa fielmente e em realismo contemporâneo, o retrato de
um dos criadores da Bossa Nova.
Marcus
Vinicius da Cruz de Mello Moraes, conhecido como Vinicius de
Moraes, nasceu em 19 de outubro de 1913, no Rio de Janeiro, com
ascendência nobre e de dotes artísticos. É um dos fundadores do
movimento revolucionário na música brasileira, chamado de “Bossa
Nova”, juntamente com Tom Jobim e João Gilberto.
Chega
de Saudade é uma canção escrita por Vinicius de Moraes(letra)
e por Antonio Carlos Jobim(música), no final dos anos dourados e,
gravada por diversos artistas, como João Gilberto, Elizeth Cardoso e
Os Cariocas. Esta canção tornou-se em um dos símbolos da Bossa
Nova.
Link
para letra e clip da canção Chega de Saudade:
“A
BOSSA, É NOSSA!” – Obra da Artista e
poeta Bia
Ferreira - Trabalho
em fine art e mista sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
Em
fine art, colorida e criada por Bia Ferreira, a obra retrata os
mentores e idealizadores do genêro musical batizado como “Bossa
Nova”, a imagem representa Nara Leão, João Gilberto, Tom Jobim e
Vinícius de Moraes, dividindo pictoricamente partirturas das canções
“Garota de Ipanema” e “Chega de Saudade” consideradas ícones
da Bossa e, conhecidas mundialmente.
Link
para letra e clip da canção Chega de Saudade:
“GAROTA
DE IPANEMA” - Obra da
artista visual e orientadora de artes Carla Schwab
- Trabalho em acrílica sobre tela P.E.T., com dimensão: 90x80cm,
ano 2018.
Dentro
de sua assinatura artística, as “Tramas e Rendas”, a artista
representa sua garota de Ipanema envolvida em sutil echarpe estampada
com o calçadão de Ipanema sobre a cabeça, num cenário tramado em
nuances azuis com mandalas policromáticas. "Garota
de Ipanema" é uma canção brasileira de bossa nova e MPB,
composta por TomJobim e letrada por Vinicius de Moraes em 1962, onde
Helô Pinheiro tornou-se musa inspiradora.
Link
para letra e clip da canção Garota de Ipanema:
“BECO
DAS GARRAFAS” - Obra do artista e curador Celso Parubocz -
Trabalho em acrílica sobre tela,
com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
Beco
das Garrafas é o nome atribuído a uma travessa sem saída da Rua
Duvivier em Copacabana no Rio de Janeiro, local artístico e boêmio
onde abrigava nas décadas de 1950 e 1960, um conjunto de casas
noturnas, é também considerado um dos locais do berço da Bossa
Nova.
Link
para letra e clip da canção Copacabana:
“MATRIBOSSA”
- Obra do artista e curador Eloir Jr. - Trabalho
em acrílica sobre tela P.E.T., com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
Dentro
de sua assinatura artística, as tradicionais matrioszkas e
Babuszkas, o artista as retrata no interior de um violão, um
passeio pictórico pelos calçadões de Copacabana e Ipanema, tendo
como cenário a presença paranista através das rosáceas de pinhão.
“Samba de uma nota só”, faz referência as sete notas musicais,
representadas pelas matrioshkas cantantes, cuja famosa canção é
musicalizada por Tom Jobim com letra de Newton Mendonça.
Link
para letra e clip da canção Samba de Uma Nota Só:
“INSENSATEZ”
- Obra da Artista, Professora e Colunista Katia Velo -
Trabalho em acrílica sobre tela,
com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
Com
presença policrátimaca, faturas plásticas e um gestual bastante
expressivo, revelam a assinatura artística de Katia Velo.
Natural
de São Paulo, Capital, nascida em 1966. Professora de arte,
colunista, fotógrafa, consultora cultural, artista plástica,
ensaísta e palestrante. Especialista em História da Arte Moderna e
Contemporânea pela EMBAP (2007); realizou cursos de Especialização
em Educação pela USP (1992-1994); bacharelada e Licenciada em
Letras – Faculdade Anhembi/Morumbi – SP (1991). Possui em seu
currículo, mais de 15 exposições individuais e 150 coletivas, além
de premiações em Salões de Arte. Criadora e idealizadora do
Projeto #doeumaflor (4ª. Edição). Participou por quase dez anos do
grupo CACEV – Centro de Arte Contemporânea Edilson Viriato. Expôs
na Argentina, Alemanha, Áustria, Estados Unidos, Espanha, França e
Polônia. Desde 2007 é diretora de Comunicação da APAP/PR. Exerceu
na Secretaria Municipal de Cultura de São José dos Pinhais os
cargos de chefia na divisão de música, literatura e artes plásticas
e atuou como assessora e curadora, respectivamente em 2004 e 2013.
Desde 2014 assina coluna na “Folha da Mulher”. Há treze anos
assina a coluna virtual cultural www.katiavelo.com.br.
Por sua atuação tem recebido premiações e
homenagens.
SOBRE
A OBRA:
A
cada trabalho, surge um novo desafio. Ao receber o convite do curador
e artista plástico Eloir Jr. não tinha a menor ideia do que poderia
produzir. Após assistir alguns documentários e ler sobre a Bossa
Nova, transportei-me para um Rio de Janeiro paradisíaco, de praias
quase desertas, de amigos próximos e conversas em bares. As músicas
que são quase sussurradas surgiram de uma necessidade de cantar em
um tom mais baixo, pois as pessoas começaram a morar em prédios e
até os pequenos incidentes como um barco à deriva virava poesia
como a música “Um Barquinho” de Ronaldo Bôscoli. Em um tempo
onde mulher com um violão era vista como uma “mulher à toa”
Nara Leão é a musa da Bossa Nova. A música escolhida para
realizar a obra foi “Insensatez” de João Gilberto. A música é
sobre “dor de cotovelo” como costumava-se falar sobre uma
desilusão amorosa e fala de coisas que tocam o coração. “Quem
semeia vento, dia a razão/Colhe sempre tempestade “, este trecho
da música, para mim, exemplifica perfeitamente o sentimento da Bossa
Nova em comunhão com a Primavera.
Link
para letra e clip da canção Insensatez:
https://www.letras.mus.br/vinicius-de-moraes/87319/
“ÁGUA
DE BEBER” - Obra da Artista Kézia Talisin – Trabalho
em técnica mista sobre tela, com dimensão de 100x70 cm, ano 2018
Entre
colagens com papéis de seda, tons quentes, texturas e grafitados
sonorizando a letra de Água
de Beber, a
artista retrata a melancolia e desilusão amorosa em poesia
neoconcretista. A canção de 1959, faz parte da bossa nova e foi
composta por Tom Jobim, com letra de Vinicius de Moraes.
Link
para letra e clip da canção Água de Beber:
“BOSSA
40o. GRAUS” – Obra da artista e arquiteta Luciana Martins
- Trabalho em acrílica sobre tela,
com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
Em
spatulée, entre sutis faturas plásticas e o próprio gestual, a
artista retrata o cartão postal carioca, cenário de tantas
inspirações da Bossa Nova e, compõe em seu trabalho uma analogia
entre a música “Rio 40o. Graus” de Fernanda Abreu com “Samba
do avião”, composta por Tom Jobim em 1962.
Link
para letra e clip da canção Samba do Avião:
“UM
CANTINHO E UM VIOLÃO” - Obra do artista Luiz Felix -
Trabalho em acrílica sobre tela,
com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
Linhas
desenhadas compõem a geografia da cidade maravilhosa, onde em Copacabana repousa um solitário violão vazado com a figura
personificada da Bossa Nova. A obra inspirada na canção “Corcovado”,
escrita por Tom Jobim em 1960, oferece o calor fluminense e ao mesmo
tempo um bucólico cantinho e um violão, pra fazer feliz a quem se
ama.
Link
para letra e clip da canção Corcovado:
“BOSSA
60” - obra do artista e designer Oswaldo Fontoura Dias -
Trabalho em acrílica e mista sobre
prancha rígida, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
A
conscientização em questões de responsabilidade social e
sustentabilidade são contextos foco no labore do artista e designer
Oswaldo Fontoura Dias, que utiliza em suas obras diversos materiais
recicláveis. Neste trabalho o artista retrata a postura figurativa
icônica de um dos pais da Bossa Nova.
Link
para letra e clip da canção Corcovado:
“PAISAGEM
SONORA” - obra do artista e músico Roberto Mattar –
Trabalho em técnica mista e colagem sobre tela, com dimensão:
80x60cm, ano 2018.
A
composição artística de Roberto Mattar, retrata sobreposições e
colagens de instrumentos musicais, desenvolvendo a poética da
paisagem do som e, desta forma estabelece um diálogo visual com a
música. Esta paisagem sonora de formas, sons, tons e cores,
experiencia os sentidos numa onda(Wave) do visível ao audível e,
exterioriza “coisas que só o coração pode entender”.
Wave
é a primeira música de um álbum de 1967, com mesmo nome, composta
por Tom Jobim com arranjos de Claus Ogerman.
Link
para letra e clip da canção Wave:
“CORCOVADO”
- Obra da artista Ruth Mara
– Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano
2018.
“Da janela vê-se o corcovado, o redentor que lindo”, são versos que através da música, colorem a geografia da cidade maravilhosa criada no trabalho da artista Ruth Mara, onde o violão se curva ao calçadão e mergulha no mar de Copacabana.
A
obra inspirada na canção “Corcovado”, escrita por Tom Jobim em
1960, oferece o calor fluminense na percepção desta artista.
Link
para letra e clip da canção Corcovado:
“MINHA
ALMA CANTA” - Obra da artista
aquarelista Sonia Madruga (convidada especial do RJ)
– Trabalho em aquarela com água da chuva sobre tela, com dimensão:
80x60cm, ano 2018.
Sonia
Madruga é carioca, e artista aquarelista convidada especialmente
para esta mostra em Curitiba, sendo sua obra “Minha Alma Canta”,
a representante do berço da Bossa. Em sua produção torna-se sui
generis, pois a água utilizada para aquarelar seus trabalhos é
benta e, também vem da chuva, desta forma Sonia “batiza” suas
obras, o que a torna criadora e madrinha.
...Rio,
céu, mar/Praia sem fim/Rio, você foi feito pra mim/Cristo
Redentor/Braços abertos sobre a Guanabara/Este samba é só
porque/Rio, eu gosto de você... esses, entre outros versos de inúmeras
canções da Bossa Nova, estão grafitados em seu trabalho, firmando
a riqueza natural de ser uma brasileira da cidade maravilhosa.
Link
para letra e clip da canção Samba do Avião:
“ELA
É CARIOCA” – Obra da artista Tânia Leal - Trabalho
em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.
O
Universo feminino é o tema pictórico preferido da artista Tania
Leal, nele se encontra suas belas figurações, e nesta obra “Ela é
carioca”, a artista retrata a presença feminina no movimento
musical da Bossa Nova.
Ela é Carioca, é uma das canções deste gênero musical
composta em 1963 por Tom Jobim, com letra de Vinícius de Moraes.
Link
para letra e clip da canção Ela é carioca:
https://www.letras.mus.br/vinicius-de-moraes/87323/
PANORAMA EXPOSITIVO
PANORAMA EXPOSITIVO
Crédito das imagens: Carla Schwab
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