Imagem: Divulgação
A curadoria é hoje um fenômeno global. Sobretudo nas últimas duas
décadas, instituições culturais, galerias, bienais, feiras e mesmo escolas de
arte - de todos os tamanhos, tipos e procedências - têm investido alto em
projetos curatoriais. A contínua expansão de programas e cursos de formação em
curadoria têm mostrado que os curadores estão empenhados em expandir os métodos
de apresentação da arte, e não apenas, apostando em processos mais
experimentais e novas formas de pensar a prática curatorial.
O termo curadoria é utilizado, comumente, como a modalidade técnica de
fazer a arte ir a público. É, no entanto, um ofício que compreende muito mais
do que fazer exposições - ele vai além das paredes de uma instituição, das
normativas expositivas, bem como do que é tradicionalmente chamado de
programação e educação. Ela é uma prática que se dá, principalmente, no campo
expandido, e cujo papel multidimensional inclui uma variedade de atividades que
ora se somam ora atuam sozinhas, tais como: crítica, edição, educação,
financiamento, programas públicos, etc..
A curadoria, ou o “curatorial”, é, portanto hoje, aquilo que já não
cabe mais em papéis; que ultrapassa as formas pré-estabelecidas e que se
organiza como um processo, uma função e um método. A curadoria transformou-se
num campo de pensamento.
Atualmente, poderíamos dizer que a linha entre o que é e o que não é
curadoria tem se tornado cada vez mais tênue, senão vaga e uma questão
completamente em aberto. Diante disso, propomos com o Arco-íris Grupo
de Estudos abordar a ideia de curadoria como um campo expandido, e em
constante desdobramento a partir de quatro eixos que consideramos fundamentais
para a construção de um pensamento curatorial na contemporaneidade: curadoria
como pesquisa, curadoria como encontro, curadoria como prática artística e
curadoria como educação.
Isto posto, realizá-lo no Instituto Arco-íris* é condição fundamental
para sua plena ocorrência, pois proporcionará uma série de debates, ações e
oficinas em torno dos quatro eixos elencados acima através da constituição de
diferentes esferas públicas, recorrentes tanto dos desejos e intenções
individuais dos participantes quanto do contexto que envolve o Instituto
Arco-íris - a Travessa Ratcliff, o centro velho, os grupos de usuários do
sistema de saúde, a arquitetura da sede.
* O Instituto Arco-Íris, fundado em 1997 e localizado na Travessa Ratcliff no
centro de Florianópolis, é um espaço que prioriza ações de promoção à saúde,
fundamentalmente a prevenção dirigida às populações em situação de maior
vulnerabilidade à epidemia de Aids.
Mais informações: WWW. http://grupodeestudosarco.wix.com/arcoiris
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