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Segmento responsável por identificar,
resgatar, restaurar e preservar patrimônios históricos exige profissionais
capacitados
A estrutura cultural de uma sociedade está pautada
na valorização e reconhecimento de seu patrimônio histórico. Elementos
como edifícios, monumentos e obras de arte de gerações anteriores, representam
a origem e o legado de lugares e populações. Considerando a importância de
manter viva esta memória o trabalho do conservador e do restaurador vem
ganhando cada vez mais espaço no país.
O restaurador é o profissional responsável por intervir
diretamente em obras de arte, edifícios, livros e demais patrimônios históricos
a fim de preservar ou recuperar sua significância para a sociedade.
Regulamentada em 2013 no Brasil, a profissão exige uma formação acadêmica
multidisciplinar, baseada em história, história da arte, física, química,
filosofia, ética e estética.
Segundo Rosina Parchen, coordenadora do curso de Restauro
e Conservação De Edifícios e Obras de Arte do Centro Europeu, de Curitiba
(PR), a formação em restauro permite que o profissional atue na elaboração de
projetos de restauração e revitalização de construções, painéis, telas,
esculturas e pinturas murais. “O curso garante ao aluno, todo o suporte teórico
e prático necessário para que ele reconheça as patologias e desenvolva soluções
de proteção e de intervenção em bens culturais”, detalha a especialista.
Embora a profissão apresente um papel social
extremamente relevante, são poucos os profissionais habilitados na área. “A
falta de especialistas capazes de elaborar um diagnóstico adequado e de
intervir nos elementos históricos originais com o conhecimento necessário, pode
causar danos irreparáveis a preservação das características importantes dos
elementos históricos e dos conjuntos onde estão inseridos”, afirma Rosina
Parchen.
Mercado de trabalho
Os principais campos de atuação destes
profissionais são os museus, órgãos oficiais de proteção ao patrimônio e
secretarias de cultura e ateliers especializados. Além disso, nos últimos anos,
com a crescente valorização de prédios e objetos históricos e de grande valor
afetivo na arquitetura, design e decoração o mercado de trabalho tem se
expandido também para instituições privadas.
“Os profissionais que atuam nesta área estão sendo
cada vez mais procurados para restaurarem e adequarem edificações históricas à
vida contemporânea. Muitos são os exemplos de empresas que tem fixado suas
instalações em prédios históricos, buscando personalidade e raízes culturais.
Nestes casos a presença de um restaurador é imprescindível”, completa Rosina
Parchen.
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