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Produção da
Cine Group terá quatro episódios e conta com participações de Chico Buarque,
Caetano Veloso Jorge Mautner e Paulo César Pinheiro, interagindo com
especialistas
em literatura brasileira
No
dia 3 de julho, às 22h, estreia no canal Arte 1 o programa “Poesia e Prosa com
Maria Bethânia”. A atração traz a cantora e compositora Maria Bethânia recebendo
convidados do universo acadêmico e musical para fazer um resgate da arte de
declamar poemas. A série da produtora Cine Group tem quatro episódios, nos
quais Bethânia emociona ao debater e desvendar poesias. O projeto democratiza a
escrita poética ao levar para lares de todo o país debates sobre as obras de
Clarice Lispector, Guimarães Rosa, Castro Alves e João
Cabral de Melo Neto. A produção conta com direção geral de Mônica Monteiro
e foi executada com recursos do canal Arte 1, do Grupo Bandeirantes.
Caio Carvalho, diretor executivo do canal, explica que o “Poesia e Prosa
com Maria Bethânia” promove um diálogo entre diferentes tipos de artes. É levar
para o público brasileiro algo que está presente mais na sala de aula, mas com
uma linguagem que ultrapassa o caráter acadêmico e torna a poesia sedutora e
acessível a todos: “Foi um privilégio para o canal Arte 1 abrir a sua tela para
a arte da poesia e da prosa com Maria Bethânia recebendo seus convidados
especiais com toda sua alma e talento.”
Mônica Monteiro, CEO da Cine Group e diretora-geral da atração, conta que o
programa está sendo produzido há um ano e Maria Bethânia participou de todas as
etapas. “A cantora é uma pessoa especial demais. Ela é pura, humana, estuda e
se dedica totalmente no que faz. Foi um processo grandioso em que a artista
escolheu os poetas e se preparou muito para estar ali, declamando, conversando,
visitando obras imortais. O resultado é um programa extremamente emocionante.
Um trabalho que me levou ao céu”, conta a diretora.
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Juntar artistas que fazem raras aparições, principalmente em programas de
televisão, com acadêmicos _especialistas nas obras dos poetas retratados_
mostra a força que “Poesia e Prosa com Maria Bethânia” nos cenário musical e
literário. O programa nasceu principalmente da vontade de Bethânia em levar
expressões artísticas distintas para todos os cantos, promovendo conhecimento
cultural e acadêmico em uma única experiência.
A historiadora Heloisa Starling trabalhou na idealização e coordenação da
pesquisa da série. “‘Poesia e Prosa com Maria Bethânia" apresenta a arte de bem
cuidar da palavra poética no Brasil. A televisão brasileira vai reunir pela
primeira vez compositores, especialistas em literatura brasileira, intelectuais
e professores em torno de Maria Bethânia com uma só intenção: explorar os
caminhos que fazem a poesia circular livremente entre o livro e a canção, entre
a prosa literária, a poesia da canção e o poema escrito. É preciso que os
brasileiros se sintam cada vez mais próximos dos escritores, dos poetas, dos
compositores populares. A cantora diz ‘os nomes dos poetas populares deveriam
estar na boca do povo’. Ela tem razão. Para estar na boca do povo, a
poesia também precisa ser transmitida pela TV. Maria Bethânia é hoje a mais
requintada intérprete do Brasil, capaz de explorar, por meio da voz e da
interpretação, com talento e audácia, as possibilidades de nossa língua
poética. Quem melhor do que ela para levar poesia à casa dos brasileiros?”,
comenta a pesquisadora.
O programa de TV é inspirado no “Caderno de Poesias” (Editora UFMG),
lançado pela cantora em dezembro do ano passado. O livro reúne poemas,
canções e textos literários selecionados por Maria Bethânia e ilustrados com
obras de renomados artistas plásticos brasileiros.
A
estreia traz o músico Caetano Veloso, irmão de Bethânia, e a professora da USP
(Universidade de São Paulo) Nádia Gotlib falando da linguagem, delicadeza e
percepção da escritora Clarice Lispector (1920-1977). Nádia é
biógrafa de Clarice Lispector. O programa contaráainda com o depoimento do artista plástico
e pesquisador Roberto Corrêa dos Santos. Ele é professor da UERJ (Universidade
do Estado do Rio de Janeiro) e organizador dos livros “As Palavras” e “O
Tempo”, baseados na obra de Clarice Lispector. Bethânia interpreta trechos
de contos e crônicas da escritora, como “As Três Experiências” e
“Maio, a Perigosa Yara”. A cantora e Caetano interpretam ainda canções compostas
para o espetáculo apresentado por Bethânia nos anos 1980, inspirado no livro “A
Hora da Estrela”. Cada programa tem meia hora de duração.
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O
segundo programa é sobre a obra de Guimarães Rosa (1908-1976). O escritor
revelou um sertão mágico por meio da sua linguagem e realizou uma das
obras mais significativas da literatura brasileira: “O Grande Sertão:
Veredas”. Embaixador, historiador e membro da Academia Brasileira de Letras,
Alberto da Costa e Silva participa da conversa ao lado do cantor e compositor
Paulo César Pinheiro, autor de “Matita Perê", clássico da música brasileira,
inspirado na obra do poeta. O programa contará com depoimentos do escritor
moçambicano Mia Couto e da escritora e pesquisadora Ana Maria Machado.
No terceiro episódio, é a vez de visitar o trabalho de João Cabral de
Melo Neto (1920-1999). O poeta não se interessava por uma poesia que
expressasse os seus sentimentos, mas que despertassem sentimentos no leitor. O professor Wander
Miranda, que dá aulas de teoria literária e literatura comparada na UFMG
(Universidade Federal de Minas Gerais) e o cantor, compositor e escritor Chico
Buarque de Hollanda são o convidados da edição. Ainda bem jovem, Chico fez
algo impensável na época e musicou trechos do poema “Morte e Vida Severina”, de
João Cabral de Melo Neto.
A série é encerrada com Bethânia recebendo Alberto da Costa Silva, a professora
de história e filosofia do colégio estadual Vicente Jannuzzi (RJ) Vânia
Aparecida e o cantor e compositor Jorge Mautner para falar de Castro Alves
(1847-1871), poeta que teve uma vida breve e intensa, morrendo aos 24 anos. “Navio
Negreiro”, sua principal obra, descreve os horrores da escravidão. Bethânia
recita esse poema e outros da fase romântica do escritor, como “Adormecida”. Ao
lado de Mautner, ela entoa “Negro Blues.”
“Poesia e
Prosa com Maria Bethânia”
Estreia: 3 de
julho, às 22h
Episódios
inéditos sempre aos domingos, às 22h
Reprises
terças-feiras, às 20h30, e sextas-feiras, às 13h30
Ficha técnica
Direção geral: Mônica
Monteiro
Direção
executiva: Fátima Pereira, Luciana Pireis e Mônica Monteiro
Direção e
montagem: Gabi Paschoal
Roteiro e
assistência de direção: Igor Miguel
Coordenação de
produção: Felipe Favoreto e Carol Cunha
Produção
executiva: Vanusa Spindler
Direção de
fotografia: Jacques Cheiuche
Coordenação de
pesquisa: Heloisa Starling
Consultoria: Ana
Basbaum
Cenografia: Gabi
Barreto
Trilha
composta: João Nabuco
Sobre o Arte 1
Com três anos no ar, o Arte 1 já recebeu a Menção Honrosa do Prêmio APCA, da Associação Paulista de Críticos de Arte, pela iniciativa de criação de um canal de cultura, em 2013. No ano seguinte, foi agraciado com o Prêmio ABCA 2014, na categoria de difusão das artes visuais na mídia. O Arte 1 conta com mais de 13 milhões de assinantes em todo o Brasil. O canal recebeu a classificação de “canal brasileiro de espaço qualificado” dada pela Ancine. Esse selo faz com que possa ser incluído pelas operadoras na cota de conteúdo nacional, conforme consta na nova lei da TV paga (12.485/2011). Atualmente, o canal está disponível na Sky (183), Net (53), Claro TV (31), Oi TV (85), GVT (84), Vivo TV (102 cabo, 555 satélite e 127 fibra) e operadoras independentes. Saiba mais em arte1.band.uol.com.br.
Sobre a Cine
Group
A produtora
brasileira Cine Group é especializada no desenvolvimento de programas de
televisão, documentários, vídeos, filmes publicitários, além de curtas e
longas-metragens. São 19 anos de experiência no mercado audiovisual. A
produtora mantém escritórios em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Moçambique
e Malawi. No portfólio, destacam-se trabalhos como “Boas Vindas”, “Médicos”,
“Mulheres de Aço”, “Rio Resgate”, “Deu Match”, “Esse Viver Ninguém Me
Tira”, “BRICS – A Nova Classe Média” e “Brasil DNA África”. Foi premiada pela
APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) três vezes. Primeiro, em 2011,
com a série “Chegadas e Partidas” (GNT). Depois, em 2013, com “Presidentes
Africanos” ganhou como Melhor Programa Jornalístico Documentário, exibido pelo
Discovery Channel e Band. Por último, com a segunda temporada de “O Inflitrado”
na categoria Melhor Programa de Variedades em 2014, a atração foi exibida pelo
History Channel. Saiba mais em cinegroup.com.br.
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