Imagem: Divulgação
*Ana Regina Caminha Braga
Nosso país vem apresentando dados preocupantes na
educação. Segundo estatística divulgada em 2015, pela Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o professor brasileiro chega a
perder 20% do seu tempo em sala tentando colocar os alunos em ordem para, a
partir daí, então lecionar. Tais dados me preocupam, e devem ser levados em
consideração não só pelos órgãos responsáveis, mas por toda a sociedade, para
que medidas possam ser tomadas e esse quadro melhorado. Mas nós professores, também
podemos adotar algumas medidas para melhorar essa situação.
Planejar o que pretende ser executado em sala e
tentar prever esse tipo de situação pode facilitar a tarefa do professor no dia
a dia. Desde as primeiras séries é fundamental ao docente ter um planejamento
de aula, por exemplo, quando um aluno termina sua atividade antes da turma,
naquele momento o professor já deve ter algum tipo de atividade que possa
entretê-lo enquanto os demais finalizam a mesma tarefa. Esse tipo de atitude
evita que o aluno fique muito tempo desocupado e acabe tirando o foco dos
demais.
Inúmeras estratégias podem ser pensadas para
facilitar a vida do professor em sala, voltamos aos exemplos. Quando ele
percebe que existe em sala um aluno mais ativo que os demais, uma boa
estratégia é convidá-lo para ser seu ajudante em sala, para auxiliá-lo em
determinadas tarefas, assim a criança fica mais concentrada em sua nova função.
Nós professores devemos ter claro o nosso papel, devemos demonstrar nossa
autoridade em sala, não autoritarismo, mas sim o respeito.
Esse tipo de pesquisa nos ajuda a mapear não só o
ambiente de aprendizagem, como as condições de trabalhos dos docentes,
para que assim possamos redefinir políticas e adequa-las para o desenvolvimento
da educação brasileira. O Brasil é hoje, o país que mais perde tempo de aula,
já que a média apontada pela OCDE é de 13%, enquanto atingimos os tais 20%,
isso precisa ser analisado e melhorado.
Outro dado que me chamou a atenção nessa mesma
pesquisa, diz respeito à violência praticada contra professores. O país também
lidera o ranking em casos de intimidação verbal de docentes. São problemas
sérios, que em algum momento da vida acadêmica, nós, talvez, precisaremos
enfrentar. Não podemos negar que eles existem, mas temos que trabalhar para que
essa realidade melhore. A falta de respeito e a agressão em sala
tornam-se cada dia mais recorrentes e uma das únicas possibilidades de
cessarmos este problema é a prática de punição, policiamento e leis que possam
amparar tais situações.
*Ana Regina Caminha Braga (anaregina_braga@hotmail.com)
é escritora, psicopedagoga e especialista em educação especial e em gestão
escolar.
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