Imagem: Divulgação
Ana Regina Caminha Braga
Um ensino básico de qualidade é direito de todas as
crianças e adolescentes e está assegurado tanto pela Constituição, quanto pelo
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Por isso, as diretrizes
curriculares do ensino básico passaram por mudanças. Mas como realizar tais
modificações pensando no papel e responsabilidade do professor dentro do espaço
escolar?
O ambiente escolar recebe alunos de diversas
culturas, relações familiares e com especificidades de sua região. E toda essa
diversidade deve ser respeitada em sala de aula. Para lidar e atender esta
complexidade é necessário que as instituições, por meio de seus docentes e
equipe pedagógica, estruturem um currículo que tenha condições de atender a
esta diversidade de maneira significativa, tanto para o professor, quanto para
os alunos, pois a realização deve acontecer para ambos os lados.
Esse desenvolver implica no planejamento do
professor e na atuação do aluno em sala, já que ambos têm sua própria
subjetividade que influenciam nessa organização. Por isso, é tão importante que
o professor planeje suas aulas e assim, possa compreender e refletir com o
aluno seus valores, potencialidades, dificuldades, história de vida e
aprendizagens prévias.
Hoje a educação pensa no aluno, que estabelece sua
conexão com o aprender desde sua vida uterina, mas isso não basta, é importante
levar em consideração todas as estruturas cognitivas, afetivas e sociais do
professor. Para que assim ele tenha a oportunidade de dedicar um tempo às
pesquisas, estudos e trocas de experiências direcionadas, dentro dos momentos
de permanência sejam na escola ou na universidade.
Essa democratização do currículo acaba permitindo
que tanto as escolas, quanto professores se organizem em uma variedade de
representações. Além de se ajustar aos mais diversos interesses e visões de
mundo. A organização do currículo deve acontecer independente da condição
social, cognitiva ou geográfica em que se encontram professores, alunos e
sociedade. Nós como professores, devemos colocar nossos alunos no centro
do diálogo sem assumir uma postura duvidosa da prática pedagógica.
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Ana Regina Caminha Braga (anaregina_braga@hotmail.com)
é escritora, psicopedagoga e especialista em educação especial e em gestão
escolar.
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