Imagem: Divulgação
Temos aqui uma história sociopolítica da língua portuguesa numa perspectiva que privilegia a suspeita e a crítica das narrativas, procurando trazer para as discussões boa parte da diversidade de opiniões e concepções sobre a língua portuguesa.
Revisitamos aspectos da história das sociedades em que a língua
portuguesa está presente hegemonicamente como língua primeira de sua população,
ou primordialmente como língua segunda (assuntos do capítulo I).
Quisemos entender as bases dos discursos contemporâneos sobre a língua
portuguesa, em especial os que ocorrem subsumidos sob o termo lusofonia
(assunto do capítulo II). Este objetivo nos conduziu a curiosas fabulações como
a do Quinto Império (tão extensamente explorada pelo Padre Vieira) ou a do Império
da Língua Portuguesa (forjada, em diferentes chaves, pelo poeta Fernando Pessoa
e por Agostinho da Silva); bem como às diversas concepções político-imperiais
desde o milenarismo da corte de D. Manuel I, no século XVI, até a Comunidade
dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) no século XX.
De 1822 a 1974, a língua portuguesa foi, em geral, tema sociopolítico
de apenas dois países — Portugal e Brasil. Para acompanhar as questões postas
nesse período de um século e meio foi preciso passar em revista a história das
relações entre os dois países, ora próximos, ora distantes. O fim do
colonialismo português na África e na Ásia, em 1974, trouxe novos atores para a
cena, ampliando as questões sociopolíticas que envolvem a língua,
principalmente a gestão dos temas que são do interesse multilateral e sua
promoção internacional (assuntos que abordamos no capítulo II).
Embora vários aspectos da história sociopolítica da língua portuguesa
no Brasil tenham sido já analisados por filólogos e linguistas, achamos
importante repassá-los aqui porque sempre é possível oferecer interpretações
diferentes para os fatos.
Este livro foi tomando forma nos últimos dez ou quinze anos em decorrência do nosso envolvimento, acidental ou intencional, com questões de política da língua. O tema se mostrou mais exigente do que antevisto. Cobrava a cada passo um esforço de destrinçamento de uma complexa rede de fatos, narrativas e pressupostos ideológicos sem o qual pouco se poderia oferecer ao leitor. Esperamos que o conjunto aqui publicado contribua para uma compreensão mais detalhada de vários aspectos da história sociopolítica da língua portuguesa e para o trato dos desafios sociopolíticos que o presente e o futuro nos apresentam.
Serviço:
História sociopolítica da língua portuguesa
Carlos Alberto Faraco
ISBN: 978-85-7934-109-0
Dimensões 17 x 24 cm
valor: R$65,00
Carlos Alberto Faraco
ISBN: 978-85-7934-109-0
Dimensões 17 x 24 cm
valor: R$65,00
SOBRE O AUTOR
Carlos Alberto Faraco é professor titular (aposentado) de língua
portuguesa da Universidade Federal do Paraná. Fez mestrado em linguística na
Unicamp e doutorou-se em linguística românica na Inglaterra, tendo feito um
estágio de pós-doutorado em linguística na University of California. Foi reitor
da UFPR de 1990 a 1994. Foi professor de português no ensino médio de Curitiba.
Publicou vários livros entre os quais Linguística histórica; Linguagem escrita
e alfabetização; Linguagem & Diálogo: as ideias linguísticas do Círculo de
Bakhtin e Norma culta brasileira: desatando alguns nós. É autor de Português:
língua e cultura, livro didático para o ensino médio, e coautor dos livros
didáticos Prática de texto para estudantes universitários e Oficina de texto,
com o romancista Cristovão Tezza. Atualmente, é o coordenador da Comissão
Nacional do Brasil junto ao Instituto internacional da Língua Portuguesa
(IILP), da CPLP-Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.
SOBRE A PARÁBOLA EDITORIAL - a editora de quem ama as letras
Fundada em 2001, a Parábola Editorial é referência para quem busca
formação nas áreas de letras, linguística e educação. Com criterioso trabalho
editorial, primorosa seleção de autores e empenho cotidiano na divulgação e no
contato com livreiros e distribuidores, a companhia já soma quase 200 títulos
que fazem a diferença, acrescentam à escola e ao pensamento do Brasil. Não à
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doutorado e formação de docentes na área de letras de todo o país.
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