quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Eduardo Kobra anuncia que fará grande festival de 3D em 2017 no Memorial da América Latina, em São Paulo

Imagem: Divulgação


O artista urbano fez as pinturas “Biblioteca” e “Abismo”, ambas em 3D,na praça Cívica do Memorial, em frente à escultura “Mão”, de Oscar Niemeyer, para anunciar que realizará em São Paulo do grande evento Chalk Festival.

      O conhecido artista urbano Eduardo Kobra anunciou que realizará no Brasil, em São Paulo, no segundo semestre de 2017, o “1º. Chalk Festival Brasil”, no Memorial da América Latina. O artista brasileiro assinará a curadoria do Festival ao lado de Denise Kowal, criadora e diretora do Sarasota Chalk Festival, principal evento de 3D no mundo, que este ano chegou a sua 10ª. edição. Para anunciar Festival, Kobra fez na Praça Cívica do Memorial da América Latina, em frente à escultura “Mão”, de Oscar Niemeyer, duas obras em 3D: “Biblioteca” e “Abismo”. As obras, realizadas em giz e tintas solúveis em água que não causam nenhum dano ao patrimônio, foram removidas, com água, no último dia 18.
        “Fui o introdutor das obras em 3D no Brasil e desde que fui convidado pela primeira vez para participar do Chalk Festival sonho em trazer o evento para o Brasil. Agora, eu e a Denise transformamos o sonho em realidade. Realizaremos o grande evento pela primeira vez no Brasil, aqui em São Paulo, no Memorial da América Latina”, conta Kobra.

Imagem: Divulgação

          De acordo com o artista, participarão do evento cerca de 100 artistas brasileiros e internacionais, sempre com obras em giz ou tintas solúveis em água, que são “apagadas”, com água, logo após o término do evento, que terá uma semana de duração. Além dos trabalhos em 3D, os artistas farão palestras no Memorial, compartilhando suas técnicas e experiências com demais artistas e o público em geral. Além disso, cada artista deverá para trazer uma obra – tela ou escultura – para ser exposta na Galaria de Arte do Memorial. “Ao final, essas obras serão leiloadas e parte do dinheiro arrecadado será destinado a uma ou mais instituições assistenciais”, conta, acrescentando que também dez muralistas (entre eles o próprio Kobra) participarão do evento, pintando containers.

Eduardo Kobra diz que a “Biblioteca” foi um desenho que já fez para o primeiro Chalk Festival de que participou, em 2011. “Além de ser uma pintura que permite muita interação com o público, trata de um tema fundamental: precisamos de mais leitura e de mais bibliotecas, bem equipadas e gratuitas, em nosso País”, afirma. “Já o outro 3D, ‘Abismo’, reflete muito da realidade atual do Brasil. Estamos à beira do precipício, mas é possível escapar ou mesmo não cair dentro dele”, afirma.

Imagem: Divulgação

Eduardo Kobra fez em junho de 2009 a primeira obra em 3D em uma calçada em São Paulo. O palco ou a tela foi um ponto nobre da cidade: a Praça Patriarca, em frente ao Viaduto do Chá, no centro histórico de São Paulo. Kobra pintou um carro antigo, resgatando um cenário do local (veja foto em anexo). Pouco depois foi notícia em todo o País. Já realizou 10 ações em 3D em diferentes cidades do Brasil, como em São Paulo e Rio de Janeiro. No ano passado bairro de Santa Cecília, em São Paulo fez uma cama em 3D para “falar” sobre a questão dos moradores de rua (veja foto no anexo). Kobra se apaixonou em 2007 pela misteriosa técnica da pintura em 3D, também conhecida como “anamórfica” ou “ilusionística”. Durante dois anos estudou a técnica intensamente, especialmente os trabalhos do norte-americano Kurt Wenner e do inglês Julian Beever. Seguro para realizar obras em 3D procurou a Subprefeitura da Sé, em São Paulo. Fez a primeira intervenção e se apaixonou ainda mais pelo projeto:  “É fascinante fazer em locais com grande movimento de pessoas. A arte em 3D nas ruas dá às pessoas não apenas a oportunidade de interagir com a obra, mas também de acompanhar o processo de criação do artista”, finaliza.

Imagem: Divulgação

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