Imagem: Divulgação
Grupo - que tem a proposta de fomentar a cultura do
teatro musical em Curitiba - apresenta a premiada obra de Rupert Holmes, criada
a partir do romance policial inacabado do inglês Charles Dickens. A leitura
preserva a estrutura original dos personagens e insere elementos de fácil
identificação com a plateia, como o jogo Detetive
A pergunta que move alguns dos melhores romances
policiais é o ponto de partida para o primeiro musical produzido pela Companhia
Projeto Broadway: quem matou Edwin Drood? A aura de mistério promete envolver o
público a partir de 29 de julho, no Teatro José Maria Santos, em
Curitiba, no musical O Mistério de Edwin Drood, de Hupert Holmes, inédito
do Brasil.
O elenco é composto por atores e atrizes com
formação em teatro musical e por uma orquestra, totalizando 25 artistas no
palco. Ex-alunos e alunos do curso de formação avançada da Escola Projeto
Broadway interpretam os personagens da trama que além do suspense, possui
traços de comédia e uma fina ironia. A direção geral é de Giovana Póvoas, a
direção musical é de Débora Bérgamo. Ao lado de Ricardo Bührer, elas assinam o
roteiro.
O trio idealizador da Companhia Projeto Broadway
também estará em cena e possui vasta experiência em atuação.
Apresentaram-se nos mais importantes palcos do Brasil, além de países como
Estados Unidos, Alemanha, França, Itália, Espanha, Portugal, Israel, Argentina,
Colômbia e Austrália. Giovana Póvoas tem a arte no DNA. A atriz e bailarina,
graduada pelo Instituto Stanislavsky e pela Royal Academy of Dance é filha
da cantora e compositora Daniela Mercury.
O musical O Mistério de Edwin Drood foi
escrito pelo compositor inglês Rupert Holmes a partir do romance policial
inacabado The Mystery of Edwin Drood, do escritor inglês Charles Dickens.
A estreia na Broadway em 1985 conquistou público, crítica e prêmios como Tony
Award naquele ano. O enredo se passa na Inglaterra vitoriana do final do
século 19 e se concentra na possibilidade do assassinato de Edwin Drood, que
desaparece após a ceia de Natal celebrada na casa de seu tio, Jasper. Todos os
presentes na celebração são considerados suspeitos.
O Mistério de Edwin Drood foi uma publicação
periódica, com fascículos planejados para serem distribuídos entre os meses de
abril de 1870 e fevereiro 1871. Dickens, o autor, morreu em junho de 1870,
deixando sua obra sem conclusão. Desde então, diversos autores propuseram
vários desfechos para a história. Nos anos 1980, Rupert Holmes, em sua
adaptação para o teatro musical, considerou mais interessante o fato de que
originalmente não havia desfecho “oficial”. A proposta de um final que
fosse decidido pela plateia, por meio de várias votações que acontecem durante
o espetáculo instigou a Companhia Projeto Broadway.
“O Ricardo Bührer trouxe a ideia de montarmos o
musical de autoria do Rupert Holmes porque combinava com o perfil do que
queríamos encenar. Rapidamente, nos apaixonamos pelo roteiro e, especialmente,
pela possibilidade de termos uns 200 finais diferentes”, explica a diretora
musical Débora Bérgamo. Giovana Póvoas, diretora geral, completa: “Não
queríamos nada muito ‘blockbuster’ e nem autoral, a princípio porque precisamos
nos consolidar no cenário. Esse musical vai além do simples entretenimento e,
embora não seja muito popular, trabalhamos com elementos da cultura pop
exercitamos a metalinguagem sobre esse texto, que permanece atual”.
Um dos elementos que prometem envolver a plateia é
a referência ao clássico jogo de tabuleiro Detetive. Os personagens têm nomes
associados a cores: Rosa, Bege, Violeta, entre outros. “Mantivemos nomes
originais como Edwin Drood e Jasper, mas acrescentamos as cores para facilitar
a proximidade com o espectador e também a decisão sobre o desfecho do espetáculo”,
explica Giovana. Edwin Drood é representado por duas atrizes, que se revezam
nas apresentações. “No musical composto por Holmes há um dueto romântico
executado por duas sopranos. O papel foi escrito para uma mulher interpretar”,
conta a diretora geral.
Projeto Independente
O musical O Mistério de Edwin Drood é
inédito no Brasil. Todos os custos da produção independente da Companhia
Projeto Broadway, em especial cenário e figurino, serão provenientes do apoio
do público por meio da plataforma on-line Catarse (https://www.catarse.me/musicaledwindrood).
A escolha, de acordo com Débora e Giovana, foi um processo natural. “Como somos
uma equipe de criativos com uma estrutura técnica e um elenco que foi
selecionado entre alunos da escola, apostamos neste formato”, explica Débora.
Giovana frisa que a comunicação em rede e o apoio
das madrinhas do projeto estão contribuindo significativamente para o alcance
da meta. As madrinhas participam ativamente das atividades da Companhia como
referências artísticas. São elas: Claudia Netto, atriz e cantora que já atuou
em diversos musicais, Regina Vogue, atriz e produtora cultural com uma
trajetória de mais cinco décadas e Daniela Mercury, cantora e compositora.
Daniela é mãe de Giovana, que cresceu influenciada pela artista que é um dos
maiores nomes da Música Popular Brasileira.
Sinopse
Jasper Black é um perturbado regente de coral que
se apaixona por Rosa, noiva de Edwin Drood, seu sobrinho. Enquanto sua mente
perturbada planeja diferentes formas de tirar Edwin de seu caminho, Rosa também
desperta o interesse de Anil Landless, irmão gêmeo da intrigante Violeta
Landless. Edwin e ele tornam-se rivais. Na véspera de Natal, Jasper convida um
grupo de pessoas para sua casa. Edwin desaparece depois do evento e todos são
considerados suspeitos.
Projeto Broadway
A Escola e a Companhia Projeto Broadway foram
criadas em Curitiba em agosto de 2016. A escola é a primeira deste segmento no
Sul do Brasil. Os projetos surgiram a partir do desejo dos diretores Ricardo
Bührer, Giovana Póvoas e Débora Bérgamo de fomentar a cultura do teatro musical
na cidade e contribuir com uma formação completa de atores. São quatro
semestres de curso, com aulas como canto, técnica vocal, dança, jazz musical,
interpretação baseada no Método Stanislavski, teoria musical, história do
teatro musical, entre outros.
Ficha Técnica
Adaptação do Roteiro: Débora Bérgamo, Giovana
Póvoas e Ricardo Buhrer. Versões: Ricardo Buhrer. Direção
Geral: Giovana Póvoas. Direção Musical: Débora Bérgamo. Arranjos:
Rodrigo Henrique. Assistência de Direção: Nicole Tacques. Direção
de Arte: Ignacio Hervas. Cenário e Figurino: Gelson Amaral. Design
de Luz: Giovanne Simão. Coreografia: Juliana Caillot. Produção
e Coordenação da campanha: Elaine Oliveira.
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Elenco: Ricardo Bührer (Jasper Black), Débora
Bérgamo (Senhorita Rosa), Giovana Póvoas (Violeta Landless), Ignacio Hervas
(Anil Landless), Ariadne Staut Melchioretto (Edwin Drood), Wesley Tatibana
(Reverendo Musgo), Helio Barbosa (Mestre de Cerimônias), Leo Castilhos
(Coveiro Terracota), Sandra Ávila (Senhora Escarlate), Gustavo
Godoy (Coadjuvante Bege), Madu Moreschi (Aprendiz Berilo), Mariana Surkamp
(Senhorita Turquesa), Luiza Germano (Senhorita Marsala), Demértrio Sanches
(Monsieur Caramel), Leo Shultz (Joshua, O Pintor), Luiza Seixas (Clarissa
Grey), Vivi Lhourinci (Limpet Shell), Madu Forti (Lucy Barnett), Paulo Pupo
(Sarah Whittaker), Renata Alcantara (Perola Wilde), Jamille Reddin (Safira
Potter), Bárbara Miranda (Joanne Greenwood), Josias Salomão (Emerard Stromer),
Hellman Padilha (Brown Lockhood).
Ensemble: Mariana Surkamp, Luiza Germano,
Demértrio Sanches, Leo Schultz, Luiza Seixas, Vivi Lhourinci, Madu Forti, Paola
Pupo, Renata Alcantara, Jamille Reddin, Bárbara Miranda, Josias Salomão,
Hellman Padilha.
Serviço
Musical O Mistério de Edwin Drood. Estreia
29 de julho, sábado, 20h. Teatro José Maria Santos. Ingressos: R$ 60,00. Temporada: 29
e 30 de julho/ Volta ao cartaz em setembro.
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