quinta-feira, 20 de abril de 2017

Projeto artístico brasileiro desembarca na Síria nesta quinta-feira

Imagens: Divulgação


Os grafiteiros Rimon Guimarães e Zéh Palito entrarão na Síria para levar arte e esperança para uma população que tem sofrido muito com a guerra

Após quase duas semanas de muitas atividades no Líbano, onde pintaram escolas e alojamentos, e desenvolveram oficinas de arte para crianças e adolescentes em campos de refugiados na província de Beqaa, os grafiteiros curitibanos Rimon Guimarães e Zéh Palito entrarão na Síria nesta quinta-feira, dia 20 de abril, para levar arte e esperança para a população. Desde 2011, a Guerra na Síria já tirou a vida de mais de 400 mil pessoas, além de tirar de casa mais de 11 milhões de pessoas e gerar o número alarmante de 5 milhões de refugiados.

A ação artística, que será desenvolvida na Síria até o dia 29 de abril, faz parte do CONEXUS,projeto coletivo de arte contemporânea nômade, com curadoria da gaúcha Sheila Zago, que viaja pelo mundo promovendo artistas e desenvolvendo programas educacionais com parceiros locais.Ao desembarcarem na Síria, com o apoio da Embaixada Brasileira em Damascus, os grafiteiros e a curadora farão parte de uma residência artística na galeria Mustafa Ali. Dentro da proposta, juntos vão fazer pinturas, colaborar com artistas locais e ministrar oficinas para crianças e adolescentes. A agenda do CONEXUS em Damascus prevê, ainda, uma visita oficial à Faculdade de Belas Artes para conhecer a produção artística dos jovens artistas, a pintura do mural do Ministério da Cultura e oficinas dentro do projeto SOS Kinder Village e no Kafr Sousa Cultural Center, coordenado pela UNICEF.

“Em um momento de forte fluxo de imigração devido a conflitos internacionais, as pessoas procuram oportunidades para sobreviver, lugares para viver - esperar ou começar uma nova vida. Muitos acabam vivendo em condições não ideais entre campos de refugiados e assentamentos, onde a educação não é facilmente acessada e as crianças e adolescentes muitas vezes deixam de estudar. Nesse contexto, o Projeto CONEXUS está desenvolvendo programas educativos para atender jovens, tendo a arte como conector central dos projetos”, explica Sheila Zago.

Além disso, a curadora do projeto explica que as aulas de arte são ferramentas terapêuticas para pessoas que têm sofrido tanto nos últimos anos. “Acreditamos que a arte pode trazer algum alívio, perspectiva e habilidades para tornar a espera dessas pessoas menos dolorosa, bem como dar para eles uma voz para expressar o que estão experimentando”, completa.
Como é realizado de forma voluntária, o projeto depende de doações para cobrir despesas com transporte, alojamento, alimentação e materiais para o desenvolvimento das ações. As doações podem ser feitas pelo site Generosity (www.generosity.com/education-fundraising/cosmic-future-making-art-with-young-refugees).

O grupo vai recompensar os doadores com obras especiais. Mais informações pelo e-mail conexusprojectinfo@gmail.com ou na página oficial do Conexus no Facebook (www.facebook.com/conexusproject).

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