Imagens: Divulgação
Os grafiteiros Rimon Guimarães e Zéh Palito
entrarão na Síria para levar arte e esperança para uma população que tem
sofrido muito com a guerra
Após quase duas semanas de muitas atividades no
Líbano, onde pintaram escolas e alojamentos, e desenvolveram oficinas de
arte para crianças e adolescentes em campos de refugiados na província de
Beqaa, os grafiteiros curitibanos Rimon Guimarães e Zéh Palito
entrarão na Síria nesta quinta-feira, dia 20 de abril, para levar arte e
esperança para a população. Desde 2011, a Guerra na Síria já tirou a vida de mais
de 400 mil pessoas, além de tirar de casa mais de 11 milhões de pessoas e gerar
o número alarmante de 5 milhões de refugiados.
A ação artística, que será desenvolvida na Síria
até o dia 29 de abril, faz parte do CONEXUS,projeto coletivo de arte
contemporânea nômade, com curadoria da gaúcha Sheila Zago, que viaja pelo mundo
promovendo artistas e desenvolvendo programas educacionais com parceiros
locais.Ao desembarcarem na Síria, com o apoio da Embaixada Brasileira em
Damascus, os grafiteiros e a curadora farão parte de uma residência artística
na galeria Mustafa Ali. Dentro da proposta, juntos vão fazer pinturas,
colaborar com artistas locais e ministrar oficinas para crianças e adolescentes.
A agenda do CONEXUS em Damascus prevê, ainda, uma visita oficial à Faculdade de
Belas Artes para conhecer a produção artística dos jovens artistas, a pintura
do mural do Ministério da Cultura e oficinas dentro do projeto SOS Kinder
Village e no Kafr Sousa Cultural Center, coordenado pela UNICEF.
“Em um momento de forte fluxo de imigração devido a
conflitos internacionais, as pessoas procuram oportunidades para sobreviver,
lugares para viver - esperar ou começar uma nova vida. Muitos acabam vivendo em
condições não ideais entre campos de refugiados e assentamentos, onde a
educação não é facilmente acessada e as crianças e adolescentes muitas vezes
deixam de estudar. Nesse contexto, o Projeto CONEXUS está desenvolvendo
programas educativos para atender jovens, tendo a arte como conector central
dos projetos”, explica Sheila Zago.
Além disso, a curadora do projeto explica que as
aulas de arte são ferramentas terapêuticas para pessoas que têm sofrido tanto
nos últimos anos. “Acreditamos que a arte pode trazer algum alívio, perspectiva
e habilidades para tornar a espera dessas pessoas menos dolorosa, bem como dar
para eles uma voz para expressar o que estão experimentando”, completa.
Como é realizado de forma voluntária, o projeto
depende de doações para cobrir despesas com transporte, alojamento, alimentação
e materiais para o desenvolvimento das ações. As doações podem ser feitas pelo
site Generosity (www.generosity.com/education-fundraising/cosmic-future-making-art-with-young-refugees).
O grupo vai recompensar os doadores com obras
especiais. Mais informações pelo e-mail conexusprojectinfo@gmail.com ou na
página oficial do Conexus no Facebook (www.facebook.com/conexusproject).
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