Foto imagem: Divulgação
A autora de “Vampire academy”
ambienta sua nova trama na Ásia e discute temas
como desigualdade e opressão
O povoado onde Fei mora com a
irmã mais nova, Zhang Jing, fica no alto de uma gigantesca montanha. Uma
avalanche ocorrida há muito tempo fechou todas as saídas e, atualmente, os
moradores não têm como descer dali. Eles também não têm terra fértil para plantar
alimentos: toda a sua comida vem, por meio de um sistema da cabos, de Beiguo, a
cidade que fica na base da montanha. Em troca da exígua ração diária, o povoado
envia todos os metais preciosos extraídos de suas minas.
Há mais um detalhe importante:
todos os moradores do povoado são surdos. É uma característica que os acomete
há dezenas de anos, geração após geração. E a situação está prestes a ficar
pior, pois alguns deles começaram a ficar também cegos. Com menos gente
capacitada para o trabalho, menos minérios descem para Beiguo, menos comida
chega: as pessoas estão começando a morrer de fome.
O desespero bate mais forte em
Fei quando ela percebe que a visão da irmã está ficando comprometida. Ao mesmo
tempo, algo extraordinário acontece e a protagonista começa a ouvir. Junto com
um antigo amigo de infância, Fei decide pedir socorro e os dois empreendem uma
jornada perigosa para conseguir descer a montanha. Mas, chegando lá embaixo, a
menina descobre que tudo é bem diferente do que imaginava. Há comida farta e
muita gente nunca nem ouviu falar de seu povoado.
Em “Silêncio”, a autora
Richelle Mead – famosa pela série “Vampire Academy” – narra a aventura de Fei
enquanto aproveita para tocar em assuntos como a desigualdade social e a
opressão. Além disso, mergulha o leitor nos costumes e na cultura da Ásia, um
continente habitualmente não muito explorado pelas tramas juvenis.
TRECHO:
“E o que me deixa ainda mais confusa: por que isso está acontecendo
justo comigo? Os relatos dos antigos contam que as pessoas começaram a perder a
audição em grupos. Se agora a capacidade de ouvir está voltando para nós, não
seria de esperar que isso acontecesse com mais de uma pessoa de cada vez?
Ontem, antes de ir me deitar, fiz questão de verificar todos os registros no
salão de trabalho e cheguei até a perguntar a alguns dos outros aprendizes se
alguma coisa de diferente havia acontecido, ou se haviam registrado alguma
conversa incomum no povoado. Fingi que era tudo curiosidade por ter ficado
longe do meu posto de observação por um dia inteiro, mas, lá no fundo, tinha a
esperança secreta de que houvesse mais alguém passando pelo menos que eu,
alguém com quem fosse possível conversar e entender melhor isso tudo.”
Fotografia:www.richelle.com
Richelle Mead é autora das
séries “Vampire Academy” e “Bloodlines”, seu spin-off. É fascinada por
mitologia e folclore. Nasceu em Michigan, mas mora atualmente em Seattle.
Mais sobre a autora em WWW.richellemead.com
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