Foto: Suamy Beydoun/Futura
Press/Estadão Conteúdo
Arte Urbana
Eduardo Kobra recebe a Medalha Anchieta
Nesta úlima terça-feira, 24 de maio, às 19h, o
muralista Eduardo Kobra recebeu no Salão Nobre da Câmara Municipal, a Medalha
Anchieta e o Diploma de Gratidão da Cidade de São Paulo. Também nesta semana está previsto o nascimento de Pedro, primeiro filho de Eduardo Kobra
e Andressa Munin.
O conhecido muralista paulistano Eduardo Kobra vive
dias de, literalmente, fortes emoções. Na terça-feira, dia 24 de maio, às
19h, Kobra recebeu em sessão solene no Salão Nobre do Palácio Anchieta, sede
da Câmara Municipal (Viaduto Jacareí, 100, 8º andar, Centro), a Medalha
Anchieta e o Diploma de Gratidão da Cidade de São Paulo. Essa homenagem é o
resultado de uma iniciativa do presidente da Câmara, o vereador Antonio Donato,
do PT.
Também nesta semana, provavelmente nesta mesma terça ou na quarta-feira, está previsto o
nascimento de Pedro, primeiro filho de Eduardo Kobra e Andressa Munin, sua
esposa. A medalha Anchieta é a maior honraria da cidade de São Paulo. O prêmio,
que vem sempre acompanhado do Diploma de Gratidão da Cidade de São Paulo, é
concedido a personalidades e instituições que, por meio de suas trajetórias,
conquistaram a admiração e o respeito do povo paulistano.
Segundo
o presidente da Câmara, é uma honra homenagear e agradecer a um artista como
Eduardo Kobra. “Ele hoje é requisitado e reconhecido no mundo inteiro, mas
nasceu, cresceu e se desenvolveu como artista ali no Campo Limpo. De lá, sua
arte hoje se espalha de Moscou a Nova Iorque, da avenida Paulista ao Capão
Redondo”, afirma.
Kobra
destaca que São Paulo tem importância crucial em seu trabalho. “Iniciei na arte
urbana através da pichação, no Jardim Martinica, no Campo Limpo, onde passei a
minha infância e adolescência. Depois, comecei a grafitar muros em muitas
regiões de São Paulo, até que descobri que havia um processo de destruição de
casas e de todo um importante patrimônio histórico. Foi aí que criei o projeto
‘Muro das Memórias’, para resgatar a São Paulo que não pode se perder. Hoje
faço minhas obras em diversos países, como Estados Unidos, Emirados Árabes,
Rússia, Grécia, França e México Japão, Taiti e Inglaterra, mas São Paulo
continua a ser o meu ponto de referência, a base do meu trabalho, a cidade onde
me reciclo e me encontro”, afirma. E acrescenta: “Meu trabalho não existiria se
eu não tivesse nascido ali onde nasci: no Campo Limpo. Ele só existe por isso.
Porque foi ali que conheci todo esse movimento de hip hop, essa galera que
tinha esse envolvimento com a street art, essa liberdade que a arte de rua
proporcionava e que mexia comigo”, diz Kobra.
Credito fotográfico: Divulgação
No último dia 16 de maio, Kobra entregou em Chicago,
Estados Unidos, um imenso mural do “Pai do Chicago Blues”, Muddy Waters, cujo
centenário foi celebrado em 2015. O mural “Muddy Waters”, com 20 metros de
largura por 40 metros de altura, fica em uma área nobre, na 17 N State Street,
próximo a dois ícones da cidade: o Chicago Theatre e a Harold Washington
Library Center.
Agora, está no Brasil, para acompanhar as últimas semanas de gravidez de sua
esposa, Andressa Munin, e o nascimento de seu primeiro filho. No dia 6 de
junho, o artista viaja para fazer uma pintura em 3D, em Tóquio, Japão, com o
Rio de Janeiro como tema. Depois, a partir do final de junho fará uma grande
intervenção no próprio Rio, de 2.500 metros quadrados, próxima ao Museu do
Amanhã, que deve ficar pronta antes do início dos Jogos Olímpicos. O assunto
será os próprios Jogos Olímpicos, mas Kobra ainda não definiu nem o tema nem a
arte. No início de agosto, segue para Cincinnati, nos EUA, para uma nova
pintura.
Kobra fez intervenções em diversos
países, como os murais “O Beijo”, na High Line, em Nova York, EUA; “A
Bailarina” (Maya Plisetskaya), em Moscou, Rússia; “Arthur Rubinstein”, em Lodz,
na Polônia; “Olhar a Paz”, em Los Angeles, Califórnia, EUA; “Fight for Street
Art (releitura da cena clássica de Andy Warhol e Jean Michael Basquiat), em
Williamsburg, Brooklyn, EUA; “Alfred Nobel”, na cidade de Boras, Suécia;
“Ritmos do Brasil”, em Tóquio, Japão; e “Bob Dylan - The Times They Are
a-Changin”, em Minneapolis, Minnesota, nos EUA. Também fez obras no México, Taiti,
Grécia, França, Itália e Inglaterra.
Sobre Eduardo Kobra:
Foto: Wikipédia
Kobra é um expoente da neo-vanguarda paulistana. Seu talento brota por volta de
1987, no bairro do Campo Limpo com o pixo e o graffiti, caros ao movimento Hip
Hop, e se espalha pela cidade.
Com os desdobramentos, que a arte urbana ganhou em São
Paulo, ele derivou - com o Studio Kobra, criado em 95 - para um muralismo
original - inspirado em muitos artistas, especialmente os pintores mexicanos e
no design do norte-americano
Eric Grohe, beneficiando-se das características de artista experimentador,
bom desenhista e hábil pintor realista. Suas criações são ricas em detalhes,
que mesclam realidade e um certo "transformismo" grafiteiro.
É interessante ressaltar que Kobra não faz intervenções sem pedir antes a
autorização do poder público ou do proprietário do imóvel. Kobra é autor do
projeto "Muro das Memórias", que busca transformar a paisagem urbana através da arte
e resgatar a memória da cidade. Os desenhos são a síntese do modo peculiar de
Eduardo Kobra criar - através do qual pinta, adere, interfere e sobrepõe cenas
e personagens das primeiras décadas do século XX.
Essas obras são uma junção de nostalgia e modernidade,
por meio de pinturas cenográficas, algumas monumentais. Através delas cria
portais para saudosos momentos da cidade.
"A ideia é
estabelecer uma comparação entre o ar romântico e o clima de nostalgia, com a
constante agitação de hoje", diz o artista.
Desde 2006 já foram entregues cerca de 30 murais em avenidas e ruas de São
Paulo. Em janeiro de 2009, entregou para o aniversário de São Paulo um mural de
1000 metros quadrados na av. 23 de Maio, que mostra cenas da década de 20. Kobra, que nunca faz
uma intervenção sem pedir antes a autorização do poder público ou do
proprietário do imóvel, pediu a autorização para a a obra. O então prefeito
Gilberto Kassab ("Lei da Cidade Limpa") prestigiou a
inauguração do muro da av. 23 de maio, o que é visto como um marco para a arte
de rua, porque pouco antes os fiscais de Kassab andavam destruindo várias obras
de artistas urbanos. Em janeiro de 2013,
Eduardo Kobra fez a impressionante obra “Oscar
Niemeyer”, para o aniversário de São Paulo.
Kobra, inquieto, estudioso e autodidata, também faz pesquisas com materiais
reciclados e novas tecnologias, como a pintura em 3D sobre pavimentos (muito
difundida por nomes internacionais, como Julian Beever e Kurt Wenner).
O artista
realizou diversas obras em 3D, como na Praça Patriarca, no centro da Cidade, a
primeira no Brasil; e na Avenida Paulista, símbolo da megalópole. A técnica
anamórfica consiste em "enganar os olhos".
A pintura é distorcida ou mesmo incompreensível na
maioria dos ângulos de visão, mas ao ver do ângulo correto, estipulado pelo
artista, se torna um 3D com incrível variação de profundidade e
realismo.
Paralelamente, Kobra desenvolve sua produção pessoal, que passa pela pesquisa
de materiais reciclados e novas tecnologias. Recicla e recria momentos e
formatos das histórias da Arte e das cidades, especialmente de São Paulo.
Kobra
participou de várias edições da Casa Cor São Paulo e da Bienal de Arquitetura
de São Paulo.
Eduardo Kobra começou como pichador, tornou-se grafiteiro e hoje se define como
um muralista. Tornou-se conhecido pelo seu projeto Muro das Memórias, onde faz
releituras de cenas da São Paulo antiga,
como o muro de 1.000m2 na av. 23 de maio. Nos últimos
anos também se dedicou muito a outros projetos, como surpreendentes obras em 3D
e o projeto Greenpincel, onde mostra (ou denuncia) imagens fortes de matança de
animais e destruição da natureza; e homenagens a personagens que marcaram a
história, em diferentes áreas, como Albert Einstein, Nelson Mandela, Madre
Teresa de Calcutá, Abraham Lincoln, Maya Plisetskaya Salvador Dali, Barquiat (grafiteiro),
Frida Kahlo, Andy Warhol e Bob Dylan..
Mural ‘A Lenda do Brasil’ foi inaugurado em novembro
de 2015.
Crédito fotográfico: Alan Teixeira
Kobra, inaugurou no dia 10 de novembro de 2015,
na região da Avenida Paulista, em São Paulo, um imenso mural de Ayrton Senna. O
artista trabalhou, com sua equipe de artistas, diariamente durante cerca
de um mês no local, das 8h às 19h,para que a obra estivesse pronta até dias
antes do Grande Prêmio de Fórmula-1 de Interlagos (que aconteceu dia 15 de
novembro). O mural “A Lenda do Brasil”, de 41 metros por 17,5
metros, fica na lateral inteira de um prédio na rua da Consolação, 2608
(esquina com a av. Paulista, em frente à Praça José Molina). Mostra, com cores
vivas, o piloto de capacete e olhar expressivo. Para o trabalho, foram
utilizados dois mil litros de tinta e 500 latas de spray. Senna é uma das
grandes referências da vida de Eduardo Kobra. “Tinha há muitos anos o sonho de
fazer um grande mural sobre esse exemplo de talento, determinação e superação”,
afirma Kobra, que já pintou diversos murais sobre o tricampeão mundial de
Fórmula 1 (nascido em 21 de março de 1960, em São Paulo, e que faleceu, ao
bater violentamente nos muros da curva Tamburello, no GP de São Marino, em
Imola, Itália, no dia 1º. de maio de 1994).
“É certamente a pessoa que mais pintei em minha vida.
Foram cerca de dez murais de pequeno e médio porte, além de uma tela. Embora eu
não seja muito ligado aos esportes, Senna sempre foi um dos meus grandes
ídolos. É para mim uma honra realizar agora um imenso mural em São Paulo sobre
esse notável paulistano e brasileiro”, diz Kobra, que acrescenta: “Senna
transformou o ato de dirigir carros de corrida em, além de um esporte, uma
verdadeira arte, que encantava a todos. Esta minha arte é uma homenagem e
também um agradecimento. Representa ainda, nesse momento tão difícil, uma
inspiração para o povo brasileiro de que é sim possível acreditar que
este pode ser um País vencedor”.
Antes de fazer o mural, Kobra procurou pelo Instituto Ayrton Senna, que aprovou
e apoiou o projeto.
Também no ano passado Kobra chamou a atenção de todo o País com o projeto
“São Paulo: uma realidade aumentada”, com dez intervenções - uma por dia, em
diferentes regiões da cidade, como Cracolândia, Paraisópolis e Capão
Redondo – que destacaram principalmente questões sociais da maior cidade do
País.
Veja a seguir as algumas das obras de Eduardo
Kobra em São Paulo, em outras cidades do País e no Exterior
Cidade de São Paulo
1 – Oscar Niemeyer, Praça Oswaldo Cruz, av.
Paulista, em São Paulo, São Paulo
2 - A Arte do Gol (projeto Muro das
Memórias), av. Hélio Pellegrino com av. Santo Amaro, em São Paulo, São Paulo
3 - Chico e Ariano, na avenida Pedroso de Morais,
Pinheiros, em São Paulo, São Paulo.
Credito fotográfico: Divulgação
4 - Mural da 23 de Maio (projeto Muro das
Memórias), av. 23 de Maio (próximo ao viaduto Tutóia), em São Paulo, São Paulo.
5 - Murais do Parque do Ibirapuera, ao lado do
MAM, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, São Paulo.
6 - Pensador, Senac Tatuapé, em São Paulo, São
Paulo.
7 – Muro das Memórias Caixa d’água, Senac Santo
Amaro, em São Paulo, São Paulo.
8 – AltaMira (projeto Greenpincel), rua
Maria Antônia, São Paulo, São Paulo.
9 - Muro das Memórias, Senac Tiradentes, em
São Paulo, São Paulo.
10 - Viver, Reviver e Ousar, Igreja do
Calvário, em Pinheiros, São Paulo, São Paulo.
11 – Sem Rodeio (Projeto Greenpincel), av. Faria
Lima, em São Paulo, São Paulo.
Credito fotográfico: Divulgação
11 – Muro das Memórias Senac Tiradentes, av.
Tiradentes, em São Paulo, São Paulo.
12 – Racionais MC’s, Capão Redondo, São
Paulo, São Paulo
Credito fotográfico: Divulgação
13 – Genial é Andar de Bike, Oscar Freire, São Paulo,
São Paulo
14 – A Lenda do Brasil, rua da Consolação, São Paulo
Em outras cidades do Brasil
1 - Belém Antigo, esquina da rua Castilhos França
com a rua Portugal, em Belém, Pará
2 - Candango, no Complexo Bancário, em Brasília.
3 - Novos Ventos, nos tanques da Linde Gases, na
rodovia Cônego Domênico Rangoni, no trecho do sistema Anchieta-Imigrantes, que
liga Cubatão a Guarujá, São Paulo.
4 – Gonzagão, Recife, Pernambuco.
5 - Brasil!, muro da usina
termelétrica de Macaé, Rio de Janeiro.
Exterior:
1 - O Beijo, na High Line, em Nova York, EUA
FOTO MURAL E ESCADA
2 - Arthur Rubinstein, em Lodz, na Polônia
3 - Artistas, em Wynwood, Miami, Flórida,
EUA
Credito fotográfico: Divulgação
4 - A Bailarina (Maya Plisetskaya), em
Moscou, Rússia
5 - Malala, em Roma, Itália
6 - Olhar a Paz, em Los Angeles, Califórnia, EUA
7 - Sarasota Antiga, em Sarasota, Flóriada, EUA
8 - Abraham Lincoln, em Lexington, Kentucky, EUA
9 – Fight for Street Art (releitura da cena
clássica de Andy Warhol e Jean Michael Basquiat), em Williamsburg, Brooklyn,
EUA
10 – Alfred Nobel, na cidade de Boras, Suécia
11 – MariArte, em San Miguel de Allende, México
12 – Ritmos do Brasil, em Tóquio, Japão
13 – O Beduíno, em Dubai, nos Emirados Árabes
14 – Mural ainda sem nome, Papeete, Taiti
15 - Bob Dylan, The Times They Are
a-Changin. Minneapolis, Minnesota, EUA
16 – Hamlet, West Palm Beach, Florida,
EUA
17 – Einstein vai à Praia, West Palm Beach,
Flórida, EUA
18 – Give Peace a Chance, Wynwood,
Miami, Flórida, EUA
19 – Stop Wars - Wynwood,
Miami, Flórida, EUA
20 – The Fallen Angel (O Anjo Caído),
Wynwood, Miami, Flórida, EUA
21 – Muddy Waters, Chicago, Illinois, EUA.
Síntese das linhas de trabalho de
Eduardo Kobra
Muro das Memórias – projeto mais antigo e
constante de Eduardo Kobra, que pinta São Paulo antiga. Há cerca de 40
trabalhos em São Paulo. Cria um contraste entre o antigo e o contemporâneo. Na
av. 23 de maio, em seu maior trabalho, de mil metros quadrados, as pessoas
passam em seus carros, como máquinas, a toda velocidade. O lado humano da
avenida está justamente nos rostos pintados no muro. O artista desenvolve trabalhos
do Muro das Memórias em outras cidades. Fez, por exemplo, lindas criações em
Belém (PA), Rio de Janeiro e Santa Maria (RS), além de cidades em diversos
países, como Estados Unidos, Suécia, França, Inglaterra, Rússia, Polônia,
México, Japão, Emirados Árabes e Taiti.
3D – Kobra é pioneiro nesta arte. Surpreendeu São
Paulo fazendo um carro em 3d na Praça do Patriarca. A obra tinha cerca de 30
metros de largura por oito de comprimento. De 98% das posições o espectador via
uma mancha no chão. De dois por cento via um carro, “real”, na frente. Fez um
Pelé na Av. Paulista; um Michael Jackson no Rio de Janeiro (junto com o artista
plástico Romero Brito); uma piscina no Rio (homenagem às Olimpíadas);
monumentos de Brasília na Esplanada dos Ministérios e um canyon com elementos
brasileiros e sul-africanos na Praça do Patriarca, em São Paulo, durante a Copa
do Mundo de 2010. Ao total, fez cerca de 20 trabalhos em 3D no Brasil. Em 2011,
participou e foi premiado no Sarasota Chalk Festival, maior evento de 3D do
mundo (ler em trabalhos internacionais, ao final do release).
Galeria de Céu Aberto – O artista começou a
colocar seus quadros em muros e outros espaços da cidade de São Paulo. Quer
mostrar para as pessoas que a arte é acessível, que todos podem entrar em
galerias. “Muita gente pensa que não gosta de arte simplesmente porque nunca
entrou em museus e galerias”, afirma Eduardo Kobra que há pouco mais de quatro
meses fez uma obra deste projeto em muro da Praça Panamericana.
Galeria – Kobra se firma como artista plástico.
Sua arte é cada vez mais encontrada também nas galerias. Em outubro de 2008,
fez na galeria Michelangelo, em São Paulo, a elogiada exposição “Lei da Cidade
que Pinta”, onde placas, outdoors, luminosos e outros materiais de comunicação
visual retirados pelos fiscais e funcionários da Prefeitura ressurgiram como
suporte para as obras de arte. Em julho de 2009 fez, também em São Paulo, na
galeria Pró Arte, a exposição “Visitas”, sucesso de crítica e público.
Greenpincel – O projeto que o artista desenvolve
desde março de 2011, buscando alertar e combater as agressões do homem aos
animais e ao planeta como um todo. Kobra entregou vários murais para
a cidade de São Paulo, dentro do projeto. Fez em julho um chocante mural de
“boas-vindas”, chamado “Welcome to Amazônia”, na Av. Rebouças, 167, com cerca
de 7mX5m. O cenário mostra um ambiente arrasado. Pouco antes, concluiu o
mural “CO2”, na rua Alvarenga, 2.400, com cerca de 10 m X 5 m, também parte
do seu projeto Greenpincel, iniciado com o mural “Navio Baleeiro” (obra crua e
forte, baseada em uma cena da caça de uma baleia pelo navio Yushin Maru),
realizado em março na rua Domingos de Morais, na Vila Mariana. No dia 26
de agosto, Kobra e outros artistas do Studio Kobra pintaram o mural “Sem
Rodeios”, na av. Brigadeiro Faria Lima, depois de ficar chocado com as imagens
nos jornais e sites do bezerro abatido pelo peão César Brosco durante a 56ª.
Festa do Peão de Barretos.
Em setembro, fez na rua Cayowa, em Perdizes, o
mural “Mar da Vergonha”, onde critica o massacre de centenas de golfinhos no
início de setembro, na pequena cidade de Taiji, na costa meridional da ilha
japonesa de Honshu. Em outubro do ano passado fez o mural Alta Mira, onde
critica a construção da usina, trabalho que atingiu grande repercussão de
público e mídia. Segundo Kobra, o Greenpincel denuncia e combate
artisticamente as várias formas de agressão do Homem à natureza. “Todas as
tragédias naturais que têm acontecido em nosso planeta mostram que proteger os
animais e a natureza como um todo é também uma forma de protegermos o ser
humano. Particularmente, sou um apaixonado por plantas e animais. São temas que
namoro há muito tempo e, por isso, decidi que já era hora de colocá-los também
dentro do meu trabalho como artista”, diz.
O Greenpincel marca uma nova etapa
nas obras de rua do artista, que buscam basicamente preservar a memória e
trazer beleza aos paulistanos, em meio à correria do dia-a-dia. “Gosto muito de
resgatar a história e levar beleza às ruas das cidades, o que faço
principalmente no projeto ‘Muro das Memórias’, mas há situações em que devemos
denunciar, mostrando artisticamente as agressões feitas contra o nosso
Planeta”, afirma.
Personalidades – Série que homenageia
personalidades importantes da história, como o arquiteto Oscar Niemeyer e o
compositor Adoniran Barbosa além de nomes como Madre Teresa de Calcutá, Nelson
Mandela, Martin Luther King e Albert Einstein.
Mosaicos – É fase mais recente do trabalho de
Kobra. Usa aspectos coloridos e figuras geométricas sobrepostas nas cenas. Esta
técnica dá profundidade e cor aos trabalhos. Alguns exemplos desta fase são os
já citados murais “O Beijo está no Ar”, em Nova York; e o trabalho de agora em
Moscou. Às vezes a técnica pode se mesclar a outros estilos ou linhas de
trabalho do artista. A homenagem a Oscar Niemeyer pertence à fase Personalidades e
também à fase Mosaicos.
Trabalhos Internacionais – Eduardo Kobra
fez intervenções nos Estados Unidos, Rússia, França, Itália Inglaterra,
Suécia, Polônia, Japão, Taiti, Emirados Árabes, México e Grécia.
Para mais informações, marcar entrevista com Eduardo
Kobra
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