segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Formas e detalhes marcam joias de Gregório Garcia

Imagens: Divulgação





Com moldes em cera, joalheiro espanhol se especializou em desenvolver miniaturas

Formado como mestre ourives no Ateliê Escola em Madrid, o espanhol Gregório Garcia Fernandez decidiu se especializar em metalurgia e modelagem em cera na Camden Art Centre, em Londres. Lá, conheceu a brasileira Vírginia, com quem é casado até hoje, e veio morar no Rio de Janeiro, em 1976. Convidado para liderar a renovação da linha de joias da Indústria Beta, o casal se mudou para Manaus, onde ficou por dois anos. De volta ao Rio, Gregório trabalhou por 16 anos como supervisor técnico-criativo da H.Stern. Responsável pela produção internacional e controle de qualidade das oficinas da empresa, era também o representante da H.Stern em feiras internacionais.  

Gregório trabalhou em outros ateliês até abrir o seu próprio, em 2004. Cada peça criada por ele começa com um rascunho no papel, até chegar ao desenho final. O próximo passo é fazer a moldura em cera para só então finalizar o trabalho com a fundição no metal. São anéis, pulseiras e brincos artesanais e exclusivos.


Especialidade
O processo de fabricação de uma joia é predominantemente artesanal e, para chegar a um bom resultado final, cada peça deve ser manuseada com muita delicadeza e precisão. Utilizando espátulas de dentistas, lâminas, bisturis e palitos, Gregório especializou-se em fazer miniaturas. “Fazer miniaturas exige uma técnica bem mais apurada. Como são muitos detalhes, primeiro faço os moldes na cera para depois, quando estiver do jeito que eu quero, esculpir no metal. Meu maior orgulho é conseguir elaborar uma peça que tinha na cabeça. Ver uma peça feita”, afirma.

  
Inspiração
Não existe só uma fonte de inspiração, mas as formas envolventes e elementos encontrados na natureza são o segredo do sucesso das joias feitas por Gregório. “Cenas do cotiano, em geral, me inspiram. Se estou andando na rua e vejo uma arquitetura diferente, chego em casa e começo a rabiscar”, conta.

  
Cursos
Além das peças desenvolvidas, Gregório dá cursos em outros três ateliês. No ateliê Cecília Pardini, ele ensina como fazer modelagem cera. Esse processo amplia a liberdade de criação e permite a redução do tempo empregado na realização de peças tridimensionais ou de projetos que exijam grande complexidade como reentrâncias, saliências (alto e baixo relevo) ou texturas exclusivas. São seis aulas, com três horas e meia de duração. No Ateliê Ramos, Gregório dá curso de joalheria avançada, para quem já fez algum curso anteriormente. Já no Califórnia 120, o curso dado é pó de joalheria básica para quem quer começar na arte. São quatro horas por semana, com turmas de até seis alunos.

No Rio, Gregório deu aulas de joalheria no Senai durante dez anos.  Dois de seus alunos, inclusive, chegaram a ganhar medalha de Ouro no concurso mundial da Olimpíada do Conhecimento.


Mais informações sobre as peças de Gregório Garcia, podem ser obtidas por meio de sua página no Instagram:

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